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Valença

Tribunal leva a julgamento quatro arguidos no caso do desaparecimento de empresário galego

11 Fevereiro, 2010 - 15:03

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O Tribunal de Valença decidiu levar a julgamento os quatro indivíduos alegadamente envolvidos no caso do desaparecimento, naquela cidade, do empresário galego Guillermo Collarte, em outubro de 1999.

O Tribunal de Valença decidiu levar a julgamento os quatro indivíduos alegadamente envolvidos no caso do desaparecimento, naquela cidade, do empresário galego Guillermo Collarte, em outubro de 1999, disse hoje à Lusa fonte judicial. Segundo a fonte, a decisão foi tomada na quarta-feira, após o debate instrutório, tendo a juíza concluído que "há fortes indícios" do envolvimento dos quatro arguidos no desaparecimento de Collarte. Entre os quatro acusados pelo Ministério Público (MP), conta-se o antigo vereador do CDS-PP na Câmara de Valença, José Lopes Rodrigues, que em outubro de 2009 garantiu à Lusa estar inocente. "Só tive o azar de ter estado com o homem errado no dia errado, mais nada. Mas quem não deve não teme e eu tenho a certeza que o tribunal vai facilmente perceber que estou inocente", disse, na altura, aquele antigo vereador. José Lopes Rodrigues acrescentou que era muito amigo do empresário desaparecido, de quem era "representante" em Portugal, e sustenta "desconhecer por completo" o que lhe poderá ter acontecido. "Não sei se está vivo ou morto, não faço a mínima ideia. Sinto-me abalado e, até, envergonhado pela acusação, mas quem não deve não teme", acrescentou o ex-autarca, escusando-se a revelar quaisquer outros pormenores sobre o dia em que o empresário galego foi visto pela última vez. Os outros arguidos são dois empresários da Galiza que teriam sociedade com Guillermo Collarte em negócios imobiliários em Portugal, e um português com cadastro por assalto a bancos, que terá sido contratado expressamente para consumar o rapto. O objetivo do rapto seria a obtenção de uma recompensa económica. Segundo a acusação do Ministério Público, os factos remontam a 05 de outubro de 1999, quando Guillermo Collarte manteve uma reunião de negócios com os sócios arguidos neste processo, no edifício do mercado municipal, cuja construção estava em curso na altura. Daí, convenceram Collarte, cujo estado de saúde era "muito delicado", o que o impedia de se deslocar sozinho, a ir até ao terreno do antigo Hotel Valenciano, próximo da estação de caminhos de ferro de Valença, juntamente com José Lopes Rodrigues. Este, alegando que iria buscar uns papéis, terá deixado Collarte sozinho, aparecendo então o indivíduo contratado para o raptar, que o meteu na mala do carro e o levou para parte incerta, desconhecendo-se até hoje o paradeiro do empresário. O Ministério Público acusa os arguidos de agirem de acordo com um plano previamente acordado entre todos, sendo o objetivo do rapto pedir um resgate a Collarte. Em fevereiro de 2008, por ordem do MP, foram realizadas buscas em Valença, para tentar localizar o corpo do empresário, mas sem êxito. Guillermo Collarte já tinha anteriormente sido vítima de um sequestro na Galiza.

FOnte: Lusa

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