As corporações de bombeiros do Alto Minho não fogem à regra e estão também a sentir dificuldades de ordem financeira, devido à diminuição do transporte de doentes não urgentes.
De acordo com o presidente da Federação Distrital de Viana do Castelo, em média, as corporações registaram quebras de 10 a 15 por cento, mas houve casos em que a diminuição deste tipo de serviço rondou os 60 e 70 por cento, dependendo da realidade de cada concelho.
Luís Brandão Coelho reconhece que a situação se está a agravar de ano para ano, uma vez que a diminuição da procura se tem feito sentir.
Além da viabilidade financeira das corporações, está em causa “alguma contracção” no que respeita aos recursos humanos, tendo esta falta de procura provocado a não contratação de pessoas e a não renovação de contractos de trabalho. Em 2012 e, segundo o responsável, houve “cinco ou seis postos de trabalho que se perderam no distrito”.
Face a este cenário, Luís Brandão Coelho mostra-se apreensivo, mas refere que o primeiro trimestre de 2013 não permite fazer “uma leitura muito correcta” do impacto deste tipo de serviço na actividade das corporações.
Recorde-se que o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Soares, afirmou, esta quarta-feira, que a diminuição de serviços de transporte de doentes não urgentes “põe em causa a viabilidade financeira das corporações, havendo algumas que podem fechar e outras já a despedir pessoal”.
Segundo o responsável nacional, o transporte de doentes não urgentes foi, “até há cerca de dois anos, uma das principais fontes de receitas das corporações”.
No distrito de Viana do Castelo, esta é também uma realidade que a Federação Distrital confirma afectar as 12 corporações de voluntários. Refira-se que, no distrito, existe apenas um corpo municipal de bombeiros.
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