PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Alto Minho

Trabalhadores dos estaleiros lamentam perda de mais um negócio pela empresa

9 Janeiro, 2013 - 08:19

149

0

A comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) lamentou a perda de mais um negócio, no caso a habitual reparação do ‘Lobo Marinho’, ferryboat construído na empresa há uma década.

A comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) lamentou a perda de mais um negócio, no caso a habitual reparação do ‘Lobo Marinho’, ferryboat construído na empresa há uma década.

“Pelo que nos disseram foi por uma questão de preço, no orçamento apresentado pelos ENVC. Não é normal ter uma empresa com 630 trabalhadores parados quando, por exemplo, a Lisnave fez 77 reparações nos primeiros nove meses de 2012”, disse à agência Lusa o porta-voz da comissão de trabalhadores, António Costa.

O ferryboat ‘Lobo Marinho’, que assegura as ligações marítimas entre ilhas da Madeira e do Porto Santo, fez na segunda-feira a última viagem antes de rumar aos estaleiros Astican, em Las Palmas (Ilhas Canárias, Espanha), para uma reparação a realizar em doca seca.

Esta intervenção vai decorrer durante pelo menos cinco semanas e surge na altura em que o navio assinala dez anos de serviço, o que obriga a uma intervenção mais profunda, orçada em cerca de um milhão de euros.

“Lamentamos esta situação porque é um navio que foi construído em Viana, que conhecemos bem. Não podemos entender como normal que o navio vá fazer essa reparação para Espanha e mais uma vez temos uma administração que deixa fugir um negócio”, acusou ainda António Costa.

A isto acrescenta que “desde outubro” que não entra qualquer reparação na empresa, apesar de uma promessa da administração da chegada de um navio dentro de semanas.

“Pararam quase por completo os estaleiros de Viana”, disse ainda.

Sérgio Gonçalves, diretor executivo da empresa Porto Santo Line, responsável pela operação do ‘Lobo Marinho’, admitiu à Lusa que esta manutenção tem sido realizada habitualmente nos ENVC. Contudo, a opção recaiu desta vez pela empresa de Las Palmas, onde o navio já esteve em 2007 e 2008, porque “deu todas as garantias” e foi a entidade que apresentou a “melhor proposta”.

Últimas