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Alto Minho

Trabalhadores dos Estaleiros dizem-se “preocupadíssimos” com o futuro

31 Janeiro, 2013 - 08:16

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Os representantes dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) dizem-se “preocupadíssimos” face à “falta de respostas” do Governo sobre o futuro daquela empresa pública.

Os representantes dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) dizem-se “preocupadíssimos” face à “falta de respostas” do Governo sobre o futuro daquela empresa pública.

“Saímos de Viana do Castelo preocupados e voltamos preocupadíssimos. Ninguém nos deu qualquer garantia ou respostas sobre o nosso futuro”, afirmou o porta-voz da Comissão de Trabalhadores dos ENVC, António Costa, após uma reunião, em Lisboa, com os secretários de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino, e do Tesouro, Maria Luís Albuquerque.

Em declarações à agência Lusa, António Costa disse que os trabalhadores esperavam “clarificar” o futuro dos estaleiros, há mais de um ano em processo de reprivatização, mas as suas expectativas saíram goradas.

“Não obtivemos qualquer informação no sentido de acalmar as nossas preocupações, pelo contrário, o que é de lamentar. Não temos respostas a perguntas objetivas como se há garantia de conclusão do processo de reprivatização ou se a Venezuela mantém o interesse no contrato dos navios asfalteiros”, sublinhou ainda o porta-voz da Comissão de Trabalhadores.

Além do impasse no processo de reprivatização, que deveria ter sido concluído em dezembro, a preocupação dos 625 trabalhadores prende-se com o contrato rubricado em 2011 entre os ENVC e a empresa de petróleos da Venezuela, no valor de 128 milhões de euros.

Apesar das várias renegociações contratuais que já sofreu, a última das quais em outubro de 2012, a construção ainda não arrancou, o mesmo acontecendo com a aquisição de matéria-prima, como aço.

“Cada vez estamos mais preocupados até porque a empresa está na eminência de entrar em incumprimento no único contrato que ainda tem na carteira”, explicou António Costa.

Em novembro foram selecionados para a última fase do negócio, com propostas vinculativas de compra de 95% do capital social da empresa, dois grupos, de capitais russos e brasileiros.

O processo ficou entretanto parado devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao governo português, alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC entre 2006 e 2010.

“A cada dia que passa estamos mais preocupados, mas não vamos baixar os braços”, advertiu António Costa.

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