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Alto Minho

Trabalhadores dos Estaleiros apelam à suspensão da reprivatização à semelhança da TAP

21 Dezembro, 2012 - 08:42

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) apelaram ontem ao Governo para que estenda a “sensatez” da suspensão da privatização da TAP ao idêntico processo lançado no maior construtor naval português.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) apelaram ontem ao Governo para que estenda a “sensatez” da suspensão da privatização da TAP ao idêntico processo lançado no maior construtor naval português.

“Com esta decisão, o Governo deu um sinal de sensatez porque a TAP é uma empresa estratégica, tal como são os ENVC. Esperamos, porque ainda estão a tempo, que repensem a decisão anterior e suspendam também a reprivatização dos estaleiros em função desse interesse”, disse à agência Lusa o porta-voz da comissão de trabalhadores.

Segundo António Costa, as duas empresas, além de “estratégicas”, enquadram-se no processo de “reindustrialização” do país, definido pelo ministério da Economia.

O Governo decidiu ontem, em Conselho de Ministros, não vender a transportadora aérea nacional ao grupo Synergy, de Gérman Efromovich.

“A decisão sobre a TAP devia ser extensível aos ENVC como forma de relançar a atividade marítima em Portugal, porque continuamos a fretar navios ao estrangeiro”, apontou ainda o representante dos trabalhadores.

Fonte governamental explicou hoje à agência Lusa que a decisão sobre o vencedor da reprivatização dos ENVC ainda não foi tomada. Contudo, há poucos dias, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, admitiu uma decisão “até final do ano”.

“Obviamente que esta incerteza mexe com os trabalhadores. Está em causa o futuro da nossa empresa, dos nossos postos de trabalho, e a ausência de notícias está a gerar muita angústia”, apontou, por seu turno, António Costa.

Na corrida à compra de 95 % do capital social dos estaleiros, com propostas vinculativas apresentadas em novembro, estão os brasileiros da Rio Nave e os russos da JSC River Sea Industrial Trading.

A 08 de novembro, o Governo recebeu a avaliação técnica realizada pela Empordef – holding pública das indústrias de Defesa – sobre as duas propostas, ambas salvaguardando os cerca de 630 postos de trabalho atuais dos ENVC.

Por sua vez, a 15 de novembro, foi igualmente enviada aos ministérios das Finanças e da Defesa uma avaliação, realizada pela comissão de fiscalização, garantindo o cumprimento dos critérios de transparência no processo.

Desde essa data que a decisão sobre o futuro dono dos ENVC está nas mãos do Governo, devendo ser tomada em Conselho de Ministros até final do ano e ratificada depois em assembleia-geral da empresa, detida totalmente pela Empordef.

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