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Viana do Castelo

Trabalhadores dos ENVC pedem

6 Janeiro, 2012 - 20:22

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Os órgãos representativos dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) decidiram hoje, em plenário, pedir a intervenção do Presidente da República, admitindo o “dramático cenário” que a empresa pode enfrentar.

Os órgãos representativos dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) decidiram hoje, em plenário, pedir a intervenção do Presidente da República, admitindo o “dramático cenário” que a empresa pode enfrentar.

Na comunicação feita no final da reunião de hoje à tarde, o porta-voz da comissão de trabalhadores anunciou a aprovação de uma moção que, entre outras medidas, solicita a “intervenção urgente” de Cavaco Silva.

“Na ajuda à solução deste grave problema nacional, solicitando-lhe de imediato audiência com caráter de muito urgente”, explicou ainda António Barbosa.

Neste plenário participou grande parte dos 650 trabalhadores dos estaleiros, que foram informados das conclusões do encontro dos respetivos representantes com o ministro da Defesa, na quarta-feira, em Lisboa.

“Ficou a garantia do empenho pessoal do senhor ministro para encontrar no único parceiro, formalmente interessado em participar nos estaleiros, a solução do futuro da nossa empresa. Lamentavelmente, não tivemos garantia de que, caso falhe o negócio com o tal parceiro, os nossos estaleiros não encerrarão as portas”, afirmou António Barbosa.

Assim, acrescentou, “face a tão dramático cenário”, os trabalhadores “reafirmam a sua firme determinação em defender com todas as suas energias e argumentações os estaleiros, como único polo da construção naval, como empresa estratégica da nossa indústria e uma referência insubstituível da região Norte de Portugal”.

A moção aprovada pelos trabalhadores também solicita ao governo que, “caso não se concretize a parceria empresarial prevista”, assuma “as suas responsabilidades como pessoa de bem, viabilizando os ENVC, com o compromisso de que os trabalhadores tudo farão por esta empresa, num clima de seriedade, ética e equidade”.

Ficou já marcado para 16 de janeiro um novo plenário geral de trabalhadores, exigindo-se entretanto o desbloqueio das verbas necessárias para a aquisição da matéria-prima para a construção de dois navios asfalteiros, avaliados em 128 milhões de euros, encomendados pela Venezuela.

Confirmaram ainda que durante o dia de hoje foi desbloqueado o pagamento dos salários do mês de dezembro aos trabalhadores.

FONTE: LUSA

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