PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

Trabalhadores da Europac Kraft Viana em greve até sábado

23 Março, 2012 - 08:19

260

0

A produção de pasta de papel e energia está parada, desde quarta-feira, na Europac Kraft Viana, num protesto dos 300 trabalhadores contra o congelamento dos salários e que se vai prolongar por quatro dias.

A produção de pasta de papel e energia está parada, desde quarta-feira, na Europac Kraft Viana, num protesto dos 300 trabalhadores contra o congelamento dos salários e que se vai prolongar por quatro dias.

“É uma forma de protesto perante a incompreensível e inaceitável posição da administração, de rutura com as negociações do acordo de empresa, em que as únicas propostas que apresentaram foram a retirada de regalias e o congelamento dos aumentos salariais para 2012”, explicou hoje à Lusa Augusto Silva.

O porta-voz da Comissão de Trabalhadores da antiga Portucel-Viana disse ainda que esta paralisação de quatro dias, que arrancou às 00:00 de quarta-feira para se prolongar até às 00:00 de sábado, foi decidida em plenário e levou à “paragem total” da empresa.

“A nossa última proposta, para a revisão do acordo de empresa, era de apenas uma revisão económica, mas a última resposta que tivemos da empresa foi o congelamento dos salários e a retirada de alguns direitos”, apontou ainda.

Os trabalhadores recordam que a unidade de Viana do Castelo, detida pelo grupo espanhol Europac, “tem acumulado resultados superiores a 100 milhões de euros de lucros nos últimos quatro anos”, tendo a central de energia que a empresa opera produzido, em 2011, “eletricidade suficiente para abastecer toda a cidade”.

“São números que também resultam do empenho dos trabalhadores que devia ser recompensado. Mas, ao contrário, o que temos é zero por cento de aumentos, corte no apoio ao grupo desportivo e o fim do funcionamento 24 horas por dia do posto de enfermagem”, disse ainda.

A comissão de trabalhadores acrescenta que desde quarta-feira que a produção da máquina de pasta de papel assim como a central de energia estão paradas, o mesmo acontecendo com setores como manutenção e armazéns, traduzindo-se numa paralisação “muito próxima dos 100 por cento”.

Os representantes dos trabalhadores solicitaram à administração uma reunião para segunda-feira, para tentar “retomar a paz social” na empresa, mas a sua realização ainda não está confirmada.

Últimas