PUBLICIDADE
3
AVANÇAR

Menu

+

0

0

Viana do Castelo

Trabalhadores da Aurélio Martins Sobreiro param no Natal antes do encerramento total

21 Dezembro, 2012 - 16:11

135

0

Mais de 120 trabalhadores da Aurélio Martins Sobreiro entram hoje em férias de Natal mas só uma parte regressará em janeiro e apenas para concluir as duas obras em curso antes do total encerramento da empresa.

Mais de 120 trabalhadores da Aurélio Martins Sobreiro entram hoje em férias de Natal mas só uma parte regressará em janeiro e apenas para concluir as duas obras em curso antes do total encerramento da empresa.

Fonte daquela construtora explicou à agência Lusa que as condições atmosféricas das últimas semanas condicionaram a conclusão das duas últimas empreitadas que estavam em curso.

Por isso, a 07 de janeiro, no regresso da pausa de Natal, ainda haverá trabalho para alguns dos profissionais da empresa.

“Para as especialidades ainda necessárias. Evidentemente que nesta altura não é para todos os trabalhadores, porque só estamos a terminar estas duas obras, o que implica uma muito menor presença”, explicou a fonte.

A empresa entrou este mês em processo de despedimento coletivo dos 124 trabalhadores, pelo que uma “grande parte” já não deverá regressar à atividade operacional depois desta paragem.

Nesta altura, a Aurélio Martins Sobreiro está apenas a concluir duas empreitadas, de saneamento e no portinho de Vila Praia de Âncora, ambas no concelho de Caminha, pelo que manterá apenas a estrutura e especialidades “estritamente necessárias” durante o mês de janeiro.

Um processo que resulta da rejeição dos credores do plano de viabilização apresentado pelo administrador de insolvência.

Essa decisão levou o tribunal de Viana do Castelo a ordenar o encerramento imediato da empresa, fundada em 1970.

O administrador de insolvência da Aurélio Martins Sobreiro tinha já explicado à agência Lusa que os vínculos laborais com os atuais 124 trabalhadores deverão cessar, no limite, “até 15 de fevereiro de 2013”.

Segundo Nuno Oliveira da Silva, o plano de viabilização daquela construtora foi chumbado pelos credores em outubro, já que necessitava de uma maioria de dois terços de votos favoráveis.

Em assembleia e com votação por escrito, 47,9 % dos credores votaram contra o plano de viabilização e 52,1 % a favor, o que se revelou insuficiente para a sua aprovação. Nesta votação participaram credores representativos de 29,5 milhões de euros, dos quais 2,8 milhões são relativos apenas aos trabalhadores.

No entanto, em termos de trabalhadores, esse crédito deverá “disparar” para cerca de cinco milhões de euros, com o despedimento dos 124 que ainda restavam.

O património da empresa, com centenas de bens móveis, começará a ser vendido a partir do início do próximo ano, para garantir o pagamento de parte dos créditos devidos.

Contudo, Nuno Oliveira da Silva admite que será possível liquidar “na totalidade” os créditos dos trabalhadores.

Com sede em Viana do Castelo, a empresa dedica-se à construção civil e obras públicas e em novembro de 2011, com mais de 800 credores a reclamarem cerca de 40 milhões de euros, a administração pediu a insolvência.

O plano de insolvência previa a viabilização através da conversão de créditos em capital social e o despedimento de cerca de vinte trabalhadores, como forma de adequar a empresa à “realidade atual da construção civil e obras públicas”.

Além de obras em todo o país, a Aurélio Martins Sobreiro chegou a estar presente, com atividade própria, em Angola e Moçambique.

Últimas