Um fim-de-semana de S. Martinho encurtado em termos de “ volume” de jogos, mas dos mais empolgantes em termos emotivos e um tanto ou quanto “atraente” para discussões acaloradas extra quatro linhas. Antes, porém, de avançar com a pequena resenha dos jogos de futebol a nível de seniores, matéria exclusiva do “Prolongamento”, rubrica das Segundas-feiras, deixem-nos aclarar e para que conste a quem apenas se inclina para o “grafado” pelo sítio desta Rádio, que, além das três rubricas diárias “fora de jogo”, de Segunda a Sexta, onde são explanadas as principais notícias do dia em matéria desportiva, cada ciclo equivalente a um fim-de-semana engloba quatro grandes blocos radiofónicos, com a “Primeira Mão”, nas noites de Sexta-feira, “Tarde Desportiva”, nas tardes domingueiras (quatro horas), “Prolongamento”, nas Segundas-feiras e “Tamanhos da Bola”, pelas Terças-feiras. É certo que o “Prolongamento” é dedicado ao futebol de seniores, unicamente, mas os restantes blocos englobam as modalidades e todos os jogos oficiais em que intervêm equipas do Vale do Minho. Assim, na noite de Sexta-feira é divulgada agenda de todas as modalidades, bem como na hora final de Domingo desfilam resultados, classificações e indicação de jornada seguinte em todas as modalidades e escalões. Aliás, desde há três anos a esta parte, esta Rádio tem um programa exclusivamente dedicado às modalidades e à formação – Hóquei, Basquetebol, Futsal, Futebol de Sete e de onze nas camadas de formação – para contrastar com o “Prolongamento” onde não entra o futebol dos seniores e que imageticamente assume o título de “Tamanhos da Bola”. E os senhores dirigentes, técnicos e mesmo atletas dos clubes sabem disso, pois, pontualmente, são chamados a manifestar as suas reacções. A não ser que haja por aí algum clube que desconheçamos ou alguma competição oficial que nos tenha escapado, o que nos custa a acreditar dado o cuidado imenso em nos mantermos a par e passo de todos os acontecimentos. Cremos, sinceramente, que dificilmente haverá rádio que divulgue, semanalmente, tanta informação sobre as modalidades quanto a Rádio Vale do Minho, que, a título de curiosidade, num fim-de-semana normal, divulga 19 resultados de hóquei em patins (motivado pelo Valença H C), 10 resultados de Basquetebol (participações de BC Valença e Monção B C), 31 resultados de futsal (Estrela de Monção, Moreira, Castanheira, Zona Fut, Friestense e Cerveira Futsal), 43 resultados de futebol de sete (inúmeros clubes), 57 resultados de escalões de formação em futebol de onze e 48 de seniores, ou seja, 208 resultados com as correspondentes tabelas classificativas. Por favor, não exijam mais a quem faz tudo isto apenas de forma voluntariosa e absolutamente gratuita.
A presente súmula relaciona-se com o “Prolongamento”, habitual programa das Segundas e neste apenas poderemos mencionar um encontro relativo à divisão principal da nossa Associação, já que o único jogo disputado foi o dérbi entre o Desportivo de Monção e o Courense, no Manuel Lima. Um golo único, a meio da segunda metade, garantiu os três pontos ao clube da terra de Deuladeu e impôs a primeira derrota fora do seu reduto ao clube de Paredes de Coura, num jogo com arbitragem algo desastrada. Em plena crise directiva e de resultados, esta vitória monçanense pode ter sido um balão de oxigénio para os da terra de Deuladeu, num encontro que não provocou alterações na tabela, a não ser o atraso dos courenses na ascensão pelos lugares de topo e a aproximação dos locais ao degrau imediato da escada de classificação.
Dois foram os jogos adiados na divisão secundária, concretamente o Ancorense/Gandra e ainda o Moreira/Paçô, realçando a não realização deste último, pois o Raianos acabou por receber os louros por inteiro da ronda, ao lhe ser concedida não só a manutenção no topo da tabela, senão a liderança isolada, na conjugação de vitórias em três campos. Desde logo, a sua, em cumprimento do que se impunha, averbando triunfo no Ilídio Couto, onde o Lanhelas continua sem saborear o triunfo e persiste em manter-se na cauda da tabela. Uma grande penalidade para primeiro golo e outro ainda no decurso da primeira metade possibilitaram aos monçanenses averbar três pontos preciosos, quebrar a tradição naquele campo e distanciar-se na dianteira pelos atrasos dos anfitriões Chafé e Perre, ambos derrotados nos seus recintos, com destaque para a equipa do Olival que vai na terceira consecutiva, em vésperas de visitar a Tomada. Os limienses do Arcozelo marcaram um único golo e com ele prolongaram o “sofrimento” e gelaram as expectativas dos vianenses. Por sua vez, o Chafé, em ascensão assinalável, caiu por terra no seu pelado, colocando-se bem cedo em desvantagem no marcador e numérica, perdendo por dois a zero e privado do guarda-redes e outro atleta, tentando, mesmo assim, uma recuperação extraordinária que passou pelos três a um, reduzindo ainda mas não conseguindo ir além da derrota tangencial por dois a três.
O Castanheira voltou a claudicar no seu terreno à custa da derrota infligida pela equipa de Vila Franca do Lima, que ofertou duas “rosas” aos locais e galgou ao terceiro posto voltando a assumir a luta pelos lugares de ascensão.
Mais dois encontros com vitórias normais e diremos mesmo previsíveis para os que jogaram como anfitriões, ou seja, do Távora frente às Águias do Souto, por três a um, e do Fachense perante o Darquense, equipa B, provocando apenas sensação a magreza do resultado, um único golo e o momento de obtenção já pela etapa complementar da partida.
No nacional de seniores, houve também um único encontro por antecipação, optando o Fafe por jogar o encontro da Taça no próximo Domingo e o do campeonato ontem frente ao Pedras Salgadas. Confirmada a previsão da vitória fafense, traduzida em dois a zero, eis a equipa fafense no topo da tabela, de forma condicionada, é certo, mas ultrapassando o ex-líder Vianense e o ex- parceiro Limianos, que poderão reaver os “prejuízos” se vencerem na próxima semana, altura em o Fafe não pontuará. No entanto, por ora é que conta e candeia que vai à frente…
A terminar, falemos de Taça que transbordou de emoção no clássico dos clássicos. Magnânimo é o vocábulo que adaptamos ao Benfica/Sporting deste Sábado à noite, em pleno estádio da Luz. Teve de tudo o embate entre os dois gigantes lisboetas: muitos golos, situações caricatas, decisões controversas, instabilidade de marcador, prolongamento, declarações acaloradas, comentários “picantes”, mas também muito futebol. Verdadeiro espectáculo em que no final acabaria por ser o leão a tombar perante a águia, aliás num fim-de-semana em que o vermelho obteve duplo triunfo sobre o verde, estendendo ao clássico do futsal.
A normalidade traduzida nos resultados, apenas neste particular, diz-nos que nos restantes encontros prevaleceu o poder do mais forte, concretamente na eliminação caseira do actual detentor do troféu, o Vitória que sucumbiu no seu estádio perante o dragão que era obrigado a vencer para regressar ao seu estádio com algo positivo, bem como no regresso dos arsenalistas aos triunfos, desta feita em Olhão, onde lhe terá valido muito o golo madrugador de Éder mal o jogo havia começado, embora só a proximidade do minuto nonagésimo e o espectro do prolongamento resolvessem a questão em favor dos bracarenses para algum sossego da massa adepta que, apesar de tudo, manterá os nervos em franja por mais quinze dias… até à Luz!
Apesar de eliminados, Santa Maria, Ac. Viseu e Cova da Piedade, sobretudo estes, merecem aceno de simpatia pela luta e pelo empenho colocados, obrigando adversários a redobrar esforços para não serem surpreendidos. Os de Galegos caíram no Bonfim pela margem mínima e os outros dois conjuntos só baquearam na lotaria das grandes penalidades, quase abafando o fado coimbrão e derrubando as cristas aos galos.
Após todas estas emoções, a nível de grandes, uma pausa no clubismo para, a uma só voz, gritarmos bem alto: Portugal, Portugal, Portugal rumo ao Brasil. Vêm aí os suecos. Vamos jogar com os “ases” e outros trunfos para ganharmos. Força Portugal.
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