Súmula da jornada de 7/8 de Maio

Foi, como se esperava, um fim-de- semana carregado de emoções, com misto de euforias e amarguras. Mas o próximo não o será em menor quantidade de uns e outros sentimentos, ou não estivesse a época prestes a findar. Mas também já há muito tempo que não tínhamos tantas decisões deixadas para os instantes derradeiros, nomeadamente a decisão de outorga do maior galardão do futebol nacional. Ei-lo por aí com a Liga na obrigação de ter dois troféus em campos distintos ou não haverá entrega no momento da consagração.
Por falar em consagração, a nossa saudação vai hoje para vários conjuntos que garantiram títulos ou promoções: começando por Chaves, que volta a colocar futebol de primeira em Trás-os- Montes, passando pelo Porto, cuja equipa B garantiu o título de campeão da grande maratona que é a II Liga, até Távora, onde a equipa do Monte Aval garantiu ascensão ao principal escalão distrital, além do Benfica, pelo título de Iniciados, sem esquecer Sporting e Benfica, que em Futsal conquistaram as Taças Masculina e Feminina ou ainda o modesto Anha, também vencedor da Taça desta modalidade, em Juniores A. Inversamente, um aceno e se possível até breve, Académica.
Pois bem, começando do mais abrangente para o mais aproximado, Sporting e Benfica entrarão em mais uma semana de ansiedade tenebrosa para saber qual deles arrebatará o título mais desejado que nunca. Ambos cumpriram os objectivos da ronda, com os leões em “despedida de gala” de Alvalade, com “la manita” diante do Setúbal, que, de queda em queda, teve uma segunda volta horrível e lutará para não ser despromovido, enquanto o Benfica também cumpriu missão, na Madeira, vencendo o Marítimo, por dois a zero, e deitando borda fora a grande esperança leonina. Pese a dita ansiedade, quiçá já nem os sportinguistas acreditam no título, nem os benfiquistas admitem outro cenário.
No fundo, o ponto tão imprescindível para o Braga, conquistado com o nulo em Coimbra, serviu para despedida da Académica, um facto que veio ensombrar a Queima, mas um triunfo expressivo do Tondela, em Paços de Ferreira, por um a quatro, autêntico murro no estômago dos pacenses, mantém o possível “milagre” da manutenção dos beirões, já que o desaire sadino em Alvalade e a derrota do União da Madeira, no Bessa, por esse golo solitário do Boavista, que “pagou” de forma ingrata o favor da manutenção axadrezada da semana passada, sustentam a ansiedade desse trio para uma jornada derradeira onde um deles deixará o principal escalão.
A Europa está decididamente consagrada a Braga e Arouca, mas ainda surgirá um espaço sendo o Estoril um dos candidatos se no fecho da ronda tirar os pontos ao Arouca, mas o próprio Paços de Ferreira ainda mantém a expectativa intacta pois também o Rio Ave se associou permitindo a vitória do Porto por três a um e o regresso dos portistas aos triunfos, como meio de melhor se aclimatar à Taça. Tranquilos e cumprindo calendário, Nacional e Belenenses repartiram dois golos para cada lado e o Guimarães mostrou que é “rei” dentro dos seus limites territoriais e o Moreirense pagou com quatro a ousadia.
A II Liga teve festa no sul com projecção e reflexos a norte. No jogo em que um deles subiria, Portimonense e Chaves empataram em um golo e os flavienses fizeram a festa, com “ajuda” algarvia, garantindo o regresso ao escalão maior, mas o empate teve efeito secundário, pois o Porto B entrou em campo com o título de campeão, que até confirmou com triunfo sobre o Benfica B, por três a um, não deixando os encarnados sossegados no que à manutenção concerne.
Com final electrizante, Feirense conseguiu remontar diante do Gil Vicente e ganhar por três a dois, mantendo a chama e galgando a posto promovível em parceria com Portimonense, mas com vantagem directa, tornando escaldante a derradeira ronda onde também o Freamunde mantém expectativa em caso de igualdade pontual do trio, depois de ter triunfado por magro um a zero diante do Penafiel.
No fundo, mantém-se três vagas em aberto com seis candidatos a evitá-las. Além do Benfica B, também Mafra e Ac. Viseu que empataram entre si a um golo, tal como Atlético que conseguiu também um ponto em Famalicão, em empate a dois golos ou ainda o Farense, com triunfo sobre Aves, por dois a um, e Leixões, derrotado em casa pelo Olhanense, em dois a zero, prometem um final emotivo e até dramático até ao último apito.
A penúltima ronda de Portugal Prio manteve as expectativas e simultaneamente as aflições para dupla Vianense/Neves, já que obtiveram resultados absolutamente contrários e, por isso, se emparceiraram. O triunfo do Neves, em Argozelo, pelo magro golo apontado, possibilitou-lhe a continuação na luta em face da derrota do Vianense no Marítimo B, por três a dois, e a distância recuperável para Camacha que aguentou um nulo em Pedras Salgadas. Ora, a qualquer deste trio poderá acontecer uma das três hipóteses, mantendo-se, assim, tremenda a jornada final. Apesar da derrota por dois a um em Mirandela, o Limianos garantiu a permanência. Na série de subidas, ao Fafe, apesar de manter a invencibilidade, o empate em um golo na lanterna vermelha, Pedras Rubras, hipotecou-lhe a subida directa, ficando agora dependente de Vizela, guindado à liderança, com o triunfo caseiro perante o Vilaverdense com um golo solitário que poderá equivaler à II Liga. Além disso, o empate das Pedras confirmou-lhe a última posição, já que o Anadia foi triunfar a Gondomar, igualmente por um golo único, sendo mais expressiva a vitória do Estarreja diante do Bragança, por três a um.
A antepenúltima jornada do principal campeonato vianense mais não trouxe senão a continuidade das situações em decisão, porquanto se registaram resultados idênticos numa e noutra banda. Na dianteira, além da festa de campeão da Barca, perante o seu público, com triunfo por três a um diante do Campos, o Atl. Arcos manteve o segundo posto pelo seu triunfo em casa da lanterna vermelha, Moreira de Lima, saldado em quatro a um, mas o Cerveira continua em espreita após triunfo caseiro perante o Courense, num dérbi que terminou com grande penalidade no final do encontro a selar o triunfo dos da vila das artes.
No fundo e no que resta na manutenção, Paçô e Vila Franca continuam o mano a mano depois dos empates conseguidos na jornada, em encontro caseiro dos arcuenses, com seis golos divididos com o Correlhã, contrariamente à equipa da “rosas” que também empatou, mas em um golo e à beira-mar diante do Castelense, num dérbi atraente.
Tranquilos na tabela e sem grandes objectivos nos seus jogos, salvo a honra na busca do melhor resultado, jogando em casa, nem Valenciano nem Desportivo de Monção regressaram aos triunfos, começando a não saber o que isso é. O Valenciano, em recepção ao Lanheses, ainda conseguiu um empate a um golo, mas o Desportivo, que também chegou a ele, acabou por consentir mais um do Vitorino de Piães, que assim venceu no Manuel Lima, baixando os monçanenses um lugar em troca com o Chafé que no grande dérbi vianense foram até ao vizinho Vila Fria triunfar com um golo obtido na primeira metade da partida.
Na divisão secundária, o Távora, apesar das dificuldades inesperadas perante o Darquense, acabou por triunfar por três a dois e lá consumou a subida ao principal campeonato, juntando-se ao Arcozelo, que voltou a terras do Âncora, mas desta vez conseguindo um empate, suficiente para poder festejar o título em casa na ronda vindoura.
Pela nossa área de referência, tivemos de saldo positivo uma vitória do Melgacense, com um golo em cada parte diante do Perre e um empate em três golos do Moreira na recepção ao Lanhelas, com os caminhenses numa excelente recuperação na recta final do encontro, em contraste com derrota copiosa do Raianos, por cinco a dois, em terras da Facha, com algumas “ofertas” incluídas, bem como do Longos Vales na recepção ao Ancorense, em partida atípica, com nove golos, sendo quatro locais e cinco forasteiros, três destes últimos na conversão de grandes penalidades, que conduziram a equipa sanjoanina ao lugar de lanterna vermelha, embora em parceira com o Castanheira, que registou o terceiro triunfo, este por dois a um na recepção ao Gandra.
E apesar do nulo entre Vianense B e Bertiandos, a jornada foi altamente produtiva, com quatro dezenas de golos, sendo duas dúzias para os visitados, neles se incluindo os quatro com que o Cardielense havia brindado o Anais, que respondera com dois, em partida realizada já há mais de um mês.
Pincelando o Hóquei, o Valença H C cumpriu o e no derradeiro jogo caseiro, com triunfo por sete a três diante da Escola Livre, e falta-lhe uma vitória para cumprir o sonho da principal divisão nacional, sendo obrigado a vencer pois também Espinho, por seis a dois diante da Póvoa, e Riba D’Ave, por sete a um, perante o Marco averbaram vitórias. Já no campeonato principal, o Benfica, com triunfo expressivo de sete a três diante do Paço D’Arcos, ficou a um ponto do título, quiçá porque o Porto nem jogou, tendo-se ainda registado uma igualdade em cinco golos no dérbi minhoto entre Juventude de Viana e Barcelos, com despromoção de Cambra perante a derrota infligida pelo Sporting e um resultado estranhíssimo como foi o triunfo da Candelária em terras de Oliveira de Azeméis, por conclusivos onze a cinco!
No Futsal, houve distribuição de Taças, com Anha a vencer em Juniores Masculinos, diante de Ponte da Barca e o Sporting a levar de vencida o Benfica, na final da Póvoa de Varzim, com triunfo por quatro a dois, “vingando” a derrota sofrida pelas meninas, pois as encarnadas ganharam às leoas.
O Futebol de Sete iniciou a segunda volta, com mais uma maratona de quarenta e três jogos e a formação cumpriu mais uma ronda em todos os torneios e escalões, aproximando-se do final em Juvenis e Iniciados da II Divisão Distrital, tendo na primeira sido confirmada a despromoção do Moreira, em Juvenis.