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Desporto

Súmula da jornada de 30/1 de Novembro/Dezembro

2 Dezembro, 2013 - 09:09

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Ora seja muito bem-vinda essa alternância de liderança, a que já não estávamos muito habituados, e até já havia entrado no domínio da saudade a ascensão do “rei leão” ao trono. Pois é, o fim-de-semana acabou por confirmar o mau momento vivido para as bandas do Dragão, colocar a negro as cores do azul e branco e provocar uma alternância entre as duas principais cidades lusas.

Ora seja muito bem-vinda essa alternância de liderança, a que já não estávamos muito habituados, e até já havia entrado no domínio da saudade a ascensão do “rei leão” ao trono. Pois é, o fim-de-semana acabou por confirmar o mau momento vivido para as bandas do Dragão, colocar a negro as cores do azul e branco e provocar uma alternância entre as duas principais cidades lusas.
O leão é agora “rei” de facto e de direito e não deixou dúvidas absolutamente algumas na pretensão ao lugar, vergando o Paços à derrota mais expressiva da época, sendo que o Sporting já havia conseguido a marca de quatro golos de vantagem por mais três vezes. Os leões contam agora a seu lado com a águia que soube sobrevoar os Arcos de Vila do Conde, defendendo-se bem das águas do Rio Ave, cujo caudal já vinha perdendo volume e ultrapassaram, quer pela direita, quer pela esquerda, o rival Porto que chumbou, decididamente, no exame coimbrão, onde nem a “cábula” (leia-se a facilidade concedida na grande penalidade) do Capela salvaram o dragão do desastre e o levaram a conclui um Novembro como “almas penadas”.
A ronda teve ainda o condão de trazer os arsenalistas de volta às vitórias, mais de dois meses depois, embora os números expressivos frente ao Olhanense sejam enganadores por não traduzirem as dificuldades e angústias sofridas pelos bracarenses. E é assim que a entrada no mês de Natal trouxe a inversão de hábitos e tendências com a mudança dos ares sombrios e carregados para os lados do norte, sinal de tormenta eminente pois os raios e os coriscos já se fizeram notar.

Voltemos, porém, o olhar cá para o nosso lado e comecemos por remeter as honras da jornada para o Cerveira, que as merece por inteiro, após triunfo suado mas preciosíssimo nas Neves, sendo, a partir de agora, o único conjunto que ainda não sabe o que é o desgosto de sofrer uma derrota. E só não lidera porque a presença na Taça de Portugal lhe não deixou realizar o jogo com a Barca.
Reagiu bem a equipa da vila das artes ao percalço da Taça e foi ao Alferes Pinto Ribeiro atirar o candidato Neves para fora dos lugares de decisão, pelo menos por enquanto. Um golo único e algo madrugador bastou para se afirmar como mais sério candidato à conquista do ceptro de campeão, contando depois com a aplicação dos atletas e concretamente a acção salvífica do guarda-redes em grandes defesas entre as quais uma grande penalidade, que nem essa atenuou as duras críticas ao negativíssimo trabalho de Pedro Rocha, a coroar um mês de terror para os comandados de Fernando Rego que após a queda da taça parece começar a dizer adeus ao campeonato.
Já que falamos na vila das artes, este foi um fim-de-semana em grande para aquelas bandas, pois ao clube da sede do concelho alia-se o Campos com uma vitória por dois a um, também preciosa e muito interessante sobre a Ponte da Barca, tal como o Neves em marcação de passo na fuga à dianteira.
Já agora completemos o Vale do Minho, num fim-de-semana bem positivo, diremos quase perfeito, pois apenas o Courense não averbou os três pontos, mas conseguiu um nulo em Vila Fria, campo sempre difícil, enquanto Monção e Melgacense triunfaram pela margem mínima nos seus encontros. Os de Deuladeu ganharam em Darque, que é agora o único conjunto que não saboreou uma vitória, conseguiram-no através de dois golos e da “oferta” dum ao adversário, ao passo que os da terra de Inês Negra, após tanta insistência, lá conseguiram derrubar a muralha do Lanheses por uma única vez, quando a esperança já definhava, e mantiveram-se colados ao seu adversário.
Extra Vale, como fizemos constar na antevisão, três jogos de expectativa, emoção e interesse pela ansiedade do desfecho. O líder Castelense saboreou a primeira derrota na Correlhã, sofrendo um golo em cada metade, sem resposta, e relançando os cornelianos na luta pela grande decisão, embora se tenham mantido no primeiro lugar, graças ao empate registado noutro duelo emocionante como foi o Vitorino de Piães/Atl. Arcos, com quatro golos todos concretizados na etapa complementar. E foi na conjugação destes dois encontros com a sua vitória que o Cerveira conquistou as honras da jornada e os benefícios em triplicado.
Finalmente num encontro de luta pela lanterna vermelha, o Moreira do Lima foi às Lagoas e ao contrário de se afundar antes ganhou o primeiro jogo e “afogou” os locais nas suas próprias águas, com os dois golos conseguidos na segunda metade para juntar ao empate a um que registavam ao intervalo.

Numa pincelada agora pela divisão secundária distrital, os Raianos fizeram jus ao posto de liderança e seguraram-no com “chapa cinco” enfiada ao Gandra e salvando a honra do Vale, já que o Castanheira, além de derrotado em sua casa pelo Arcozelo, acabou relegado para o incómodo lugar de lanterna vermelha, permutando com o Lanhelas que, finalmente, conseguiu o sabor da vitória à custa da equipa B da prova, o Darquense, nesta competição onde, a partir desta ronda já toda a gente sabe o que é ganhar, mas simultaneamente todos sabem quanto a derrota amarga, como azeda foi a do Moreira em terras de Chafé, num encontro com sete golos e diferença mínima, nela se incluindo duas “ofertas” generosas do guardião Marco, bem aproveitadas pela equipa do outro Marco, o Alexandre, timoneiro da casa.
Na perseguição do líder Raianos, perfilaram-se na linha da frente, além do Vila Franca e do Arcozelo, com os seus triunfos na condição de forasteiros, curiosamente pela mesma margem de dois a um, tendo os da terra das rosas conseguido o triunfo em local tremendamente difícil, como é a Arcela onde “habita” o Fachense, enquanto o conjunto limiano a conquistou em Castanheira, também Ancorense e Paçô, com os primeiros a mostrar algumas dificuldades caseiras perante as Águias do Souto, enquanto o Paçô se desvencilhou, com mais facilidades quiçá que as esperadas, em Perre, onde venceu, confortavelmente, por três a um.
Resta uma divisão de pontos entre Távora e Caminha, a atrasá-los a ambos, num encontro que teve um golo para cada lado.

Grande confusão e contas baralhadas é o saldo da ronda undécima do nacional de seniores. Nenhum do trio da dianteira conseguiu vencer e o melhor resultado foi mesmo o empate do Fafe, frente ao Valenciano, numa decisão que poderá satisfazê-los a ambos, já que mantém os fafenses invencíveis e na rota da dianteira e os valencianos em momento de boas prestações, continuando a amealhar pontos, além de saborosos muito preciosos.
Decididamente, o líder Limianos não se dá bem com o “sabor” das alheiras e voltou a sucumbir perante o Mirandela, sem apelo nos dois a zero averbados, mas mantendo essa condição de liderança, já que, além do empate fafense, o vizinho e rival Vianense também saiu derrotado em Vila Verde, valendo aos locais o golo único para melhor garantias de poder saltar em breve desses lugares indesejados. Derrota também tangencial, embora por dois a um, foi a registada pelo Bragança nas Pedras Salgadas, que teve como consequência a permuta de lugares entre os dois conjuntos transmontanos, com a equipa do nordeste a ficar atrás da outra da terra quente.
Resta a equipa de Santa Maria que foi ao vizinho Ninense adiar para as calendas a primeira vitória dos comandados de Rogério Amorim, cujo destino de despromoção começa a ganhar forma e contornos definitivos.
Está bonita esta prova com um quinteto espaçado por quatro pontos numa luta directa para dois postos!

Uma palavra final ao Inatel que da primeira à terceira ronda levou a equipa de Longos Vales do primeiro ao último posto da tabela, que reparte agora com o campeão em título, Adecas, no único jogo com vitória dos locais e derrota dos sanjoaninos, já que os outros dois encontros terminaram empatados, em um o Anais/Cepões e nuns três a três o Cabaços/Cardielos.
Em síntese, um fim-de-semana repleto de emoções a prometer continuidade nos vindouros. Claro, e o próximo já não demora muito.

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