Súmula da jornada de 28/29 de Maio

Houve mais tristezas que alegrias no cair do pano sobre os campeonatos e seus efeitos a nível distrital. Para maiores tristezas, contribuiu o facto de, atempadamente, serem conhecidos os respectivos campeões e promovidos, inversamente aos que eram candidatos a despromoções. E se dentre estes últimos havia dois candidatos para um lugar acabaram por tombar três – Vila Franca, por direito próprio e Paçô arrastado pelo Vianense, que aliando ao Neves ditaram uma época deficiente entre os nossos representantes nacionais, apenas se salvando o Limianos. No entanto, apraz-nos a excepção das meninas de Zona Fut que conquistaram o Torneio Extraordinário em Futsal.
Ponto final sobre o principal campeonato distrital, com campeão pré-anunciado e consumado há semanas, facto que retira sempre emoções à prova na recta final, sendo a última jornada apenas marcada pela ultrapassagem, em cima da meta, do conjunto de Cerveira sobre o Atlético dos Arcos. Os da vila das artes defrontavam Vila Franca, a quem despromoviam, automaticamente, se ganhassem, mas ainda acreditavam que o Lanheses pudesse fazer algumas das suas em terras de Valdevez, tanto que os arcuenses se quereriam poupar para a Taça. E tal aconteceu, já que à inesperada derrota dos arcuenses, em seu terreno, por dois a zero diante do Lanheses, contrapôs o conjunto cerveirense com triunfo folgado perante os da terra das rosas, cravejando quatro “espinhos” que os obrigaram a parar na divisão secundária e garantiram aos cerveirenses o direito de participação na Taça de Portugal, por via do segundo lugar conquistado.
É certo que o Atl. dos Arcos ainda pode chegar também à Taça de Portugal, mas essas não deverão ser as contas do Desportivo de Monção, que se despedia diante do Paçô, também eles com ouvidos no Rafael Pedreira. E os arcuenses até poderiam ter vantagem no Manuel Lima, a meio da etapa complementar, mas Mota parou o tiro dos onze metros e logo em seguida cumpriu-se o lema que “quem não marca, sofre”, por três vezes, números do triunfo dos monçanenses que recuperaram um lugar na tabela, ficando-se pelo oitavo. O pior para o Paçô nem foram os três tentos dos de Deuladeu, pois situação idêntica pairava para o seu “parceiro”, mas os três e mais dois com que o Vianense era “brindado” na Beira Baixa, a ponto de o fazerem baixar a si e arrastar este.
O campeonato despediu-se com um dérbi emotivo entre Valenciano e Courense, em partida vibrante com sete golos e vitória tangencial dos locais, que já tinham o sexto posto reservado, contribuindo ainda o Vila Fria com mais quatro, além do ponto de honra do Campos, saldando-se o Castelense/Correlhã por igualdade em um golo, que impediu os cornelianos de ascender ao quarto posto, por onde permaneceu o Vitorino de Piães em face do empate em um golo conseguido, por antecipação, no terreno do campeão, no mesmo momento em que se despedia também a lanterna vermelha, Moreira do Lima, com um nulo perante o Chafé.
Com a conclusão desta derradeira ronda onde se marcaram vinte e seis golos, ficou completo o campeonato que, contrariamente às emoções levadas a finalíssima na época passada, teve na Barca um campeão madrugador, garantiu ao Cerveira a presença na Taça de Portugal, “conquistou” as presenças de Neves e Vianense, além de Arcozelo e Távora, mas “excluiu” Moreira do Lima, Vila Franca e Paçô.
A divisão secundária também perdeu bem cedo as emoções com as garantias de Arcozelo em posição de subida, que até se despediu da prova com triunfo em dois a um no terreno do Vianense B, tal como do Távora, retornado ao campeonato maior, com despedida em goleada de quatro a zero diante do Lanhelas.
Na despedida dos “nossos” merece destaque o Longos Vales que, na derradeira hipótese, conseguiu deixar a lanterna vermelha, mesmo que tivesse esperado duas horas pela notícia, dado o triunfo por quatro a três diante do Darquense e benefício de novo desaire do Castanheira, ainda que em sua casa, diante do Anais. Por sua vez, quer o Moreira, em casa, diante do Bertiandos, que conquistou o último lugar do pódio, após triunfo por um a três, quer o Raianos, com derrota averbada tangencialmente, em encontro de cinco golos, em terreno do Ancorense, concluíram uma época pautada por prestações que julgamos aquém do esperado e devido.
O Melgacense havia antecipado a saída de prova com vitória folgada de cinco a zero diante de Gandra e o Fachense também conseguiu cinco diante do Perre, que ainda obteve o ponto de honra. Resta o Âncora Praia que terminou em beleza conquistando três pontos em casa do Cardielense, para conclusão da prova mais extensa da Associação vianense, numa despedida com quarenta e três golos, relativamente superior à média geral mas não tanto assim, já que o campeonato pautou-se por muitos golos, a ponto do campeão ter sido o mais concretizador e obtido precisamente a centena, número redondo equivalente à quantidade sofrida pelo Moreira, ultrapassado ainda por Castanheira e Longos Vales.
Pelo que já fomos expondo, nem valerá a pena reiterarmos a fraca época dos nossos pelos nacionais, pois o que ao longo dela se ia temendo acabou consumado. Restava a esperança no Vianense, mas inversamente à vitória obrigatória em Oleiros, que até começou no horizonte vianense, aconteceu derrota copiosa em cinco a dois e a queda dum “histórico” em pleno distrital. A não ser que… como opina o Alves Marques… se arranje qualquer coisinha.
Acompanhando o Vianense, também Vila Real, que perdeu por mais um em Arões do que havia vencido em casa, Monsaraz, que apenas conseguiu empate insuficiente para bater o triunfo do Nogueirense, e Lourosa, tombado no prolongamento em Sacavém, irão preencher competições distritais na próxima época. E ainda surgirão mais dois dentre os apurados, de que falaremos na próxima.
Opostamente à despromoção, o Fafe deu passo gigantesco rumo à II Liga ao ter vencido, por um a zero, no terreno de Casa Pia, esperando agora em casa a justiça verdadeira que havia merecido na hora normal.
Pincelando as modalidades, o Valença H C lá conseguiu um empate em três golos no arranque da discussão do título, mantendo perspectivas em aberto para a deslocação a Tomar, num resultado absolutamente igual ao que Riba D’Ave conseguiu em Sintra, mantendo toda a esperança de realizar o sonho da subida. Já no campeonato principal, o clássico no Dragão Caixa, apesar de lhe faltar o “sal” teve um condimento amargo para o Benfica, cuja derrota por seis a dois o impede de concretizar a prova sem esse sabor acre, já que ela surgiu ao quinquagésimo primeiro encontro, numa jornada que teve uma igualdade a cinco golos entre Valongo e Oliveirense e dois tragos amargos para H C Braga, derrotado em casa pelo Turquel, sem apelo nem agravo, e nem sequer contou com a total solidariedade da Juventude de Viana, pois não foi além de empate no Pico.
No Futsal, já saudamos, mas reforçamos os parabéns, às valencianas de Zona Fut, pelo triunfo no Torneio Extraordinário, com vitória em horas extras diante da potência Limianos, repartindo os outros por Neiva, em Juniores Masculinos, e Anha, nos Seniores. Na Taça Nacional, o Castanheira averbou mais um triunfo diante das transmontanas de Vila Real e no primeiro “ensaio” das meias da Sport Zone, o Benfica venceu no Burinhosa, praticamente garantindo a final, enquanto o Sporting escorregou em Braga e terá que recorrer à negra para assegurar a final.
A penúltima ronda do Futebol de Sete consagrou mais quatro campeões de série, restando ainda seis para a jornada derradeira.
Na formação distrital e tal como se expectava, Limianos, em Iniciados, e Barroselas, em Juvenis, com os respectivos triunfos lograram os títulos de campeões dos escalões e a presença pelos nacionais, enquanto Vianense B, após recurso a grandes penalidades, diante do Melgacense e Chafé, por expressivos cinco a um, frente ao Campos, arrebataram os Torneios Extraordinários dos mesmos escalões. Em Juniores A e na penúltima, Barroselas garantiu direito à final, enquanto o adversário só será conhecido na jornada derradeira.
Finalmente, pela formação nacional, o Benfica entrou a todo o gás na disputa de Juvenis, com “manita” diante do Braga, enquanto o Porto venceu tangencialmente o Sporting, mantendo-se estes dois conjuntos em luta aberta pelo título de Juniores, a decidir na última ronda, já que nesta ambos lograram empates, com o Porto em casa do Benfica, por um golo, e o Sporting, sem golos no terreno do Belenenses.
Pois bem, a maioria dos campeonatos tiveram o seu epílogo, sendo a totalidade nos seniores. No entanto, a Taça bem merece a nossa presença na semana próxima. Por ela, marcaremos a nossa última aparição. Espere, obviamente, pela sua apresentação lá para Sexta-feira e sua disputa no Domingo, onde toda a concentração se fará em Valença. Com arcuenses e monçanenses. Mas também valencianos. Enfim, com todos nós, amantes do desporto rei. Depois, sim, daremos azo ao Europeu, que esperamos do nosso contentamento. Os princípios, nesta noite domingueira e em momento de encerramento da crónica, prometem. Esperemos que não sejam “políticos” e se fiquem pelas “promessas”, antes cumpram.
Boa sorte, Portugal.