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Desporto

Súmula da jornada de 25/26 de Abril

27 Abril, 2015 - 09:24

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Confira os principais momentos do fim-de-semana desportivo.

Lembrei-me do “ponto de rebuçado”, ligando a alegoria da doçaria ao futebol, tendo como referência as cinco da tarde deste Domingo. Chegava o momento culminante dum longuíssimo período de efervescências, entusiasmos crescentes, parangonas garrafais, nervos esfrangalhados, rodopio de atropelos para chegar a tempo ao pequeno ecrã, emoções em catadupa, o momento do apogeu quando, finalmente, Jorge Sousa se preparava para apitar na Luz. Tudo estava suspenso daquelas duas horas, longuíssimas para uns e fugazes para outros.
Duas horas volvidas, pairou um pouco uma certa frustração que o futebol provocara. E então que tinha havido tantos jogos às pinguinhas, com o único intuito de mirar a partida na Luz! Tanta euforia para um clássico que nem um golo teve para cheiro e amostra. É verdade que os nulos também fazem parte da bola, é certo que algumas vezes até fazem jeito, mas, com sinceridade e em posição neutral, esperava bem mais e sobretudo bem melhor do “clássico dos clássicos”. Em todo o caso deverá servir os objectivos da equipa da Luz e quando muito mantém alguma ligeira adrenalina sobre as duas próximas rondas.
Deixemos, por agora, o clássico, pois muitos outros motivos de interesse se espalharam pela distrital e nacionais. Na “nossa” principal divisão, Arcos e Neves continuam o mano a mano após os triunfos caseiros, embora com ligeiras perturbações. O Neves só reagiu na etapa complementar, pois não concretizou grande penalidade na inicial, mas ainda em tempo de marcar três, e o Atlético ainda passou, nessa mesma etapa, por um calafrio chamado igualdade em um golo, mas o “salvador” dos três pontos lá acabou por surgir e manter o emparceiramento. E agora, sim, independentemente do desenrolar da próxima ronda, o título estará em disputa na Coutada, à penúltima ronda.
Os “baixos” tiveram emoções a rodos e momentos inadequados a cardíacos. O Perre, único do trio a jogar fora, conseguiu um feito ao impor igualdade a dois em Moreira do Lima, o “bronze” da segunda volta, mas baixou dois postos até à lanterna vermelha, pois certamente não contava com triunfos dos seus parceiros. Mas conseguiram-nos. E que triunfos, do Campos e mormente o do Melgacense, nos dois únicos jogos que se mantiveram no horário oficial. Dois a zero foi a marca do Campos ao Ponte da Barca, com um golo em cada metade, aliviando um nadinha o sofrimento, ao contrário do Melgacense que contou com o adversário e as adversidades, onde nada saía bem, nem sequer a concretização de grande penalidade a poucos minutos do final, acabando a fortuna por sorrir na derradeira jogada, que, apesar de nada garantir, pelo menos mantém intactas a esperança e a confiança.
No “cumprimento de calendário”, madrugou o Desportivo de Monção a jogar e a marcar ao Vila Fria, mas este conjunto não deixou terminar o encontro sem marcar também o seu tento de igualdade, deixando adiantar-se o Courense que foi superior ao Valenciano, no dérbi, e por isso venceu por dois a zero, terminado a ronda com o resultado mais volumoso em Castelo de Neiva, onde foram conseguidos cinco golos, quatro locais e apenas um de honra – o penúltimo – para o Paçô, numa das jornadas mais magras com apenas vinte e dois golos.
Consumou-se, como esperado, o título da divisão secundária por parte do Chafé após o triunfo, tangencial, por dois a um, em S. Mamede de Friestas, casa emprestada ao Raianos, na véspera da inauguração dos melhoramentos no seu recinto, independentemente do Arcozelo ter vencido o jogo da jornada frente ao Vianense B, que aspirava a subida, da qual foi arredado com duas grandes penalidades que Bruno Nunes não deixou passar em claro, embora contra vontade dos forasteiros. E o triunfo do Arcozelo foi mais saboroso conjugado com o empate em três golos do Vila Franca nas Lagoas, em Bertiandos. Não se pense, no entanto, que a situação está confirmada, porquanto a equipa das “rosas”, além dum jogo a menos, espera sanção pelos incidentes na Tomada.
Nos jogos “despidos” de densidade psicológica, realce ao dérbi caminhense, com cinco golos e vitória tangencial da turma da sede do Concelho, Caminha, em Venade, diante do Lanhelas, bem como o expressivo triunfo por cinco a um do Távora, na praia de Âncora, que conduziu a turma arcuense à ultrapassagem do Raianos, tendo também a turma monçanense sido apanhada pela conterrânea de Moreira que, sem dificuldades, “depenou” as Águias do Souto com meia dúzia de beliscadelas.
O dérbi limiano entre Fachense e Gandra foi favorável aos anfitriões, por três a um, tendo o Darquense conseguido idêntico feito, embora com mais um golo apontado ao Castanheira, que não descolará do fundo, em ronda bem mais produtiva que a principal já que registou a interessante quantia de trinta e nove golos!
Passando ao CNS, foi proveitosa a colheita do Cerveira que conseguiu enfiar três ao ex-líder Bragança, sem que lhe tenha sido possibilitada a saída de lugar de despromoção directa, em virtude do triunfo de Santa Maria frente ao outro conjunto transmontano, esta por dois a zero, e face ao empate em dois golos no dérbi vianense, na capital, donde resultou um ponto precioso aos Limianos, situados na zona das tarefas extras. É óbvio que a salvação precisa de mais, mas teria ficado inacessível, mormente para os da vila das artes, sem estes pontos. Bom sabor provocou a vitória expressiva do Vilaverdense frente à lanterna Vieira, que ficou em situação muito periclitante na tabela.
Proveitosa foi ainda a jornada para o Famalicão que se distanciou rumo à II Liga após triunfo em Mirandela, onde um golo bastou para evitar a presença do Varzim, ali por perto, já que os poveiros não conseguiram desatar o nó aos Viseenses que obrigaram ao nulo final. Assim sendo e após a vitória do Fafe sobre o Salgueiros, que afastou a “alma” salgueirista, acendeu-se a luta pela segunda posição entre fafenses e poveiros, espaçados por um ponto, Sousense e Cesarense, na tranquilidade e na calma, “acertaram” num empate a dois.
A II Liga já entrou pela casa dos quarenta e dispõe de cinco oportunidades para decidir a ascensão de dois emblemas. Tondela e Chaves, que se encontravam, à partida, nos dois lugares dourados, neles se mantêm em virtude de dois triunfos caseiros sobre Portimonense, por quatro a dois, e Aves, também com dois de diferença, mas com a “passarada” em branco. E ampliaram o pecúlio em mais um pontinho pela derrota caseira do Feirense diante do rival Beira-Mar, saltando a Covilhã após triunfo em Braga.
Na Liga NOS e abstraindo-nos do clássico, começamos por baixo para assinalar a mais que provável despedida do Penafiel, na Madeira, onde foi derrotado pelo Nacional, tornando-se mais embrulhada a designação do “companheiro” de viagem, em função do triunfo do Gil Vicente em Coimbra, da derrota caseira do Arouca diante do Paços de Ferreira, que ainda mantém aspiração europeia, e do empate em branco entre Boavista e Setúbal, que colocou o quarteto – Académica, Arouca, Setúbal e Gil – com quatro pontos de diferença. Maravilha!
Na luta europeia, por enquanto poucas alterações, já que Braga e Belenenses repartiram golos e pontos, em um para cada lado, o mesmo que conseguiram Rio Ave e Guimarães e precisamente os mesmos números também Estoril e Marítimo, restando para hoje o Moreirense/Sporting, a fechar uma jornada que contou, para já, cinco empates.
Primeira pincelada final para o Inatel, em ronda também marcada por empates, sendo um deles o da equipa sanjoanina de Longos Vales que não se deixou abater em Cabaços onde mora um dos líderes. Um a um foi o resultado dos monçanenses e empate em três golos obtiveram Anais e Cardielense, registando-se apenas uma vitória tangencial do Cepões sobre a lanterna vermelha, Adecas. Quatro equipas e dois pontos de diferença para as três rondas finais, impedem antevisão de campeão antes da derradeira ronda.
Segunda pincelada mista, com o Limianos a sagrar-se campeão dos Benjamins mais novos e o Campos a sair vencedor do Torneio Extraordinário de Juvenis, além de outras decisões importantes na formação distrital e nacional, a convergirem para os títulos, destacando-se dentre elas o triunfo dos Sub 19 do Porto sobre o rival Benfica por três a zero, abrindo boas perspectivas aos dragões para a conquista desta prova.
Último pincel sobre o Hóquei em Patins, numa jornada propícia ao Valença H C, realçando, desde logo, o triunfo sobre a Juventude Pacense, por sete a quatro e beneficiando do confronto entre Cambra e Ac. Espinho, mantendo boas hipóteses para as quatro rondas finais. Vamos acreditar, valencianos, que a principal competição de Hóquei está bem perto. Difícil é deitar-lhe a mão. Mas há que tentar, porque o pior “não é não conseguir, mas sim não tentar”.

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