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Desporto

Súmula da jornada de 21/22 de Maio

23 Maio, 2016 - 09:47

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

O encarnado foi a cor predominante na época desportiva prestes a findar. O pretérito fim-de- semana confirmou-o, com a continuidade da festa do Benfica, na noite de Sexta-feira, na conquista de mais uma Taça da Liga, agora via CTT, diante do Marítimo ainda mais “moribundo” que as versões anteriores. Meia dúzia de golos numa final, para um mesmo lado, é sinal de pouco equilíbrio competitivo, mas os encarnados não têm culpa que adversários coloquem pouco empenho na prova. Seja como for, a Águia é rainha duma prova que alguns já dizem ter sido concebida para si, com duas ligeiras excepções num rosário de nove já disputadas.
E a festa continuou em tons de encarnado, agora mais orientada para Norte, após a conquista da Taça de Portugal por parte do Sporting de Braga. Cinquenta anos depois, os agora guerreiros do Minho conquistaram, no Jamor, a Taça de Portugal, diante do Porto, no recurso à marca das grandes penalidades, com Marafona a merecer bem um gole especial. É verdade que não há campeões [vencedores] sem sorte e nos noventa minutos regulamentares, o Braga não terá sido melhor, mas o Porto é que teve a culpa nas “ofertas” que, uma vez mais, iam voltando a aterrorizar os bracarenses que, tal como há um ano, perderam a vantagem de dois golos, embora recuperados na lotaria das grandes penalidades.
No meio desta festa, mormente entre as gentes do Norte, cabe-nos, porém, uma reprovação veemente à total independência e absoluta isenção dos jornalistas que, televisivamente, fizeram a transmissão do acontecimento desportivo: mais equilíbrio para o mesmo lado era impossível e convenceram-nos mesmo que só uma equipa deveria estar em campo. Parabéns pela excelente cobertura desta final dos Campeões com uma equipa lusa e outra terceiro-mundista! Enfim…
Aqui fica o registo para os anais, com a conquista da Taça, que quase pareceu “decretada” para o Presidente Marcelo, que, cinquenta anos depois de “invadir o campo”, fez entrega da Taça ao clube da sua simpatia, logo nos princípios de mandato.
Cá entre nós também houve Taça, não a final mas o apuramento, que ditou um clássico de velhos tempos: Monção e Arcos serão os conjuntos em luta pela posse do troféu e ambos garantiram o direito à disputa da final fora de seus domínios. Os arcuenses, com um golo em cada parte, foram à Correlhã afastar os cornelianos e praticamente confirmar a presença na Taça de Portugal, até porque dispõem de duas hipóteses para o conseguirem. Já o Desportivo de Monção necessitou de horas extras para carimbar o passaporte, em Lanheses, onde chegou a ter vantagem, mas os locais empataram a contenda ainda dentro dos primeiros quarenta e cinco minutos, conseguindo um prolongamento onde os da terra de Deuladeu obtiveram o tento que os guindou à possibilidade de conquistarem a segunda Taça, adquirirem o direito a participar na Taça de Portugal e evitar dois confrontos consecutivos entre Arcos e Lanheses. Assim, em 5 de Junho, num campo algures, reedita-se um clássico doutras eras: Desportivo/Atlético (outrora de Valdevez).
Por antecipação do fecho de calendário, que não de época para o campeão Ponte da Barca, o conjunto barquense fechou a prova com empate caseiro na imposição das faixas de campeão, diante do Vitorino de Piães, com um golo para cada conjunto, registando-se também empate, mas sem golos, na despedida do Moreira do Lima da prova e do escalão, perante o Chafé, um resultado que deixa perspectivas para o Desportivo poder saltar pelo menos um lugar na classificação final da prova.
Ainda por antecipação no fecho de época e na divisão secundária, Melgacense e Gandra encontraram-se no Centro de Estágios e perante a fragilidade total dos limianos, sem a totalidade de atletas e sem técnico, os da terra de Inês Negra despediram-se com “la manita” duma época que, apesar de tudo, acabou por não corresponder aos objectivos propostos.
A nível de futebol de seniores, ainda uma pincelada para os play offs de Portugal Prio. Numa primeira mão pouco fértil em golos, mormente para o Vianense que, jogando em casa diante das Águias de Moradal, não conseguiu concretizar, ficando-se por um nulo pouco confortável para o segundo encontro, onde terá que vencer em casa do adversário nem que seja pela lotaria das grandes penalidades. A mesma situação verifica-se, praticamente, entre Lourosa/Sacavanense, com a diferença única de empate em um golo. Com maior vantagem, parte o Nogueirense, pois desfruta de dois golos de vantagem diante do Atlético de Monsaraz, enquanto os transmontanos de Vila Real venceram, pela tangente, o Arões, em dois a um, vantagem que poderá ser anulada.
Entramos nas outras modalidades, conforme hábito, pelo Hóquei em Patins, com enfoque na “final four” da Taça de Portugal onde pontificará um quarteto de luxo, quiçá quatro grandes conjuntos: Benfica e Sporting, os quais se desvencilharam, com facilidade, na Parede e nos Carvalhos; o Porto que nem imaginaria tantas facilidades em Paço D’Arcos, onde aliás havia perdido para o campeonato, contrariamente agora que triunfou por cinco golos sem resposta; O C Barcelos que veio a Valença triunfar por seis a três, mostrando que é, efectivamente, um dos grandes emblemas do hóquei luso.
Passando pelo Futsal, Anha e Neiva confirmaram a presença na final do Torneio Extraordinário de Juniores Masculinos, enquanto nos Seniores Femininos tal tarefa será entregue a Limianos e Zona Fut, embora falte uma ronda para conclusão da fase regular, que não para as valencianas. Na modalidade, saliência ainda para o triunfo de Castanheira na Taça Nacional de Seniores Femininos diante do Lourosa, bem como a confirmação da presença de Benfica e Sporting nas meias da Liga Sport Zone, onde defrontarão Burinhosa e Braga, respectivamente, ambos apurados pela “negra”.
À oitava e antepenúltima jornada de Futebol de Sete já registamos um terço de vencedores de séries (cinco em quinze possíveis), embora nenhum pela nossa área de abrangência.
Voltando ao futebol de onze e na formação distrital, com a realização da última jornada das II Divisões, confirmaram-se as presenças de Vianense e Melgacense na final do Torneio Extraordinário de Iniciados, pertencendo a Chafé e Campos a final em Juvenis. Nos campeonatos, o título de Iniciados foi para o Areosense, que subirá ao escalão principal juntamente com o Valenciano, vencedor do dérbi empolgante perante o Fontourense. Quanto a Juvenis, ao campeão Courense junta-se o Ponte da Barca na promoção, ficando as decisões da I Divisão, quer em Iniciados, quer em Juvenis, para as duas últimas rondas, apesar do Limianos ter o título nos Sub 15 praticamente garantido.
Finalizamos pela formação nacional, com menção ao título de campeão de Juniores da II Divisão por parte do Vitória de Setúbal, garantido com o nulo em Chaves. O título maior ficará, a partir de agora, que faltam duas jornadas, em disputa entre Porto e Sporting, mercê dos seus triunfos e concretamente dos leões em Vila do Conde, tendo o Benfica sido afastado, em definitivo, pela derrota caseira diante do Belenenses.
É assim que todas as épocas terminam – alegria para uns, desilusão para outros. Há, porém, uma enorme satisfação em todos que o fim-de- semana nos proporcionou – a conquista do título de campeões da Europa em Juvenis, também na lotaria das grandes penalidades, diante da poderosa Espanha. Parabéns, jovens lusos, e que o vosso exemplo seja seguido pelos maiores na competição europeia que se segue, agora que estão finalizadas internamente. Profissionalmente falando, já que entre nós ainda por cá andaremos mais alguns dias pelas decisões da Taça e Supertaça.

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