Súmula da jornada de 17/18 Maio

Apesar de se apresentarem como homens de barba rija e terem dado alguma “água pelas barbas” ao adversário, o Rio Ave não teve caudal suficiente para fazer inundar de alegria os vila-condenses e permitiu que o Benfica conseguisse a tripla nas provas internas, fazendo esquecer um tanto ou quanto as mágoas de Turim.
O Jamor vestiu-se em tons de encarnado e, apesar do sofrimento da segunda parte, o Benfica ergueu o terceiro troféu da época, para gáudio dos adeptos e contentamento de Jesus pela primeira conquista dum troféu que conseguiu à terceira.
E pronto, com os parabéns à Águia por mais este título que a nação benfiquista perseguia há dez anos, damos por encerrado o profissionalismo desta época, com imensa felicidade e satisfação por termos visto o “nosso” jovem Hugo Carvalho integrando a equipa de arbitragem do Jamor, esperando e desejando que o sonho de ali voltar, então como chefe da equipa que há-de dirigir uma futura final, se concretize, e damos um prazo de dois dias para os festejos, findos os quais se apela à união em torno da equipa de todos nós, concentrando-nos, em uníssono, na “operação Brasil”.
Em pinceladas por outros desafios de fim-de-semana, iniciamos pela vaga na liga principal, onde o Paços de Ferreira terá agora o factor casa em seu benefício, para evitar a cedência do lugar ao Aves, após o nulo que segurou no campo do adversário. Apesar de jogar em casa, os pacenses são obrigados a marcar sempre mais um golo que os “galináceos”, já que qualquer empate (excepto o nulo) serve aos da Vila das Aves. Nesta próxima Quarta, à noite, eis esse jogo da Champions à nossa maneira para fechar o décimo oitavo duma próxima grande liga, pelo menos em número de jornadas.
No nacional de seniores, o Vianense, que antecipou o jogo derradeiro, não conseguiu impor-se a Santa Maria, pelo que o empate a um consentido lhe não dá garantias do segundo lugar final da série, ficando a depender do desempenho do Fafe na jornada final, não obstante a nula importância do lugar definitivo.
Pela formação, onde passará a residir praticamente o interesse deste final de época, o Benfica juntou mais um título, na última jornada da prova, desta feita no escalão de Iniciados, ao vencer o clássico dos mais pequenos, no Olival, perante o Porto, após uma vitória apertada, único resultado que lhe permitia o ceptro, já que o Sporting conseguiu também um triunfo em Leiria. Resta a disputa do título de Juvenis, lá mais para o mês de Junho, onde tudo está por decidir, pois faltam ainda cinco encontros, relembrando a conquista dos Juniores pelo Braga, que se intromete entre os ditos grandes.
Entrando cá pelo nosso futebol associativo, terminou um dos campeonatos de Juniores mais disputados e interessantes de sempre, com o Neves a cortar a meta na frente, ainda que por uma nesga, já que Limianos e Barroselas “ameaçaram” até ao fim. Dependendo exclusivamente da sua vitória, o Neves não se deixou enervar e bem cedo começou a construir um resultado sólido, alicerçado em cinco golos ao Ponte da Barca, e deixando de estar atento ao desenrolar doutros campos, já que a vitória, qualquer que fosse, lhe chegava para a festa. E só a vitória servia, já que o Limianos, embora o resultado transmita alguma dificuldade, acabou vencedor em Paçô, por dois a três, concluindo a prova em empate pontual com os do Alferes Pinto Ribeiro, valendo a estes a vantagem no confronto directo. O Barroselas tinha menos ilusões, pois dependia de duplo desaire dos adversários, mas a sua parte conseguiu-a sem dó nem compaixão dos vizinhos de Vila Fria, aos quais “brindou” com uma dezena.
De resto, entre os “nossos”, Desportivo de Monção e Cerveira jogaram, nas Caldas, com imensa plateia de motards por perto, um dérbi com lugares definidos à partida, acabando a vitória dos forasteiros por dois a um traduzir a classificação final entre ambos. Já o Moreira, que partia com dois pontos de vantagem sobre o adversário, Ancorense, conseguiu um empate em um golo em casa deste e assim se mantiveram os postos de início da ronda.
Concluído o campeonato de Juniores, estamos a uma jornada de concluir Juvenis e Iniciados, mas com tudo já decidido em ambas as divisões.
Em Juvenis, o campeão Cerveira festejou o título, em sua casa, com empate frente ao Ancorense, tendo o Moreira, totalmente “remendado”, conseguido o mesmo frente ao Correlhã, equipa que averbou o primeiro ponto nesta fase.
Por sua vez, na série de manutenção, o Desportivo de Monção confirmou a permanência ao empatar em Guilhadeses, a três golos, e confirmou a despromoção do Ponte da Barca, que, assim, acompanha o Vitorino de Piães, onde, ironicamente, “celebrou” a descida com vitória efusiva de seis a um. São coisas da bola.
Em Iniciados e no que se refere à participação no nacional, o Ancorense, que já havia garantido o título, fez a despedida ontem perante os seus adeptos com a primeira derrota da época ao trigésimo primeiro jogo, após trinta vitórias em igual número de partidas! Relevância, por isso mesmo, à Perspectiva, responsável por esta pequena maldade!
Nas descidas e apesar da vitória na Tomada, por quatro a um, o Guilhadeses acompanhará o Moreira rumo à segunda divisão distrital já que o Artur Rego também infligiu a primeira derrota, nesta fase, ao Torre. Em troca com estes dois conjuntos, Âncora Praia e Ponte da Barca regressam à divisão principal, confirmando ontem as promoções com vitórias forasteiras em Melgaço e na Correlhã, enquanto o Desportivo de Monção ia colocando o terceiro lugar em risco com nova derrota, quiçá por desmotivação, em Chafé, onde sofreu dois e apenas concretizou um golo.
Finalmente, conforme expusemos na Antevisão, quarenta e duas equipas despediram-se do futebol de sete, mas trinta e seis adiaram o final para o próximo fim-de-semana por causa do Torneio da Euro cidade e em nome da salvaguarda da verdade desportiva que apenas se reporta a uma semana de distância.
Também nós faremos a despedida de época no próximo fim-de-semana, com trabalhinho na tarde de Domingo, na dita festa do futebol distrital, com a disputa da Supertaça, em dia de eleições. Mas ao menos nesse pormenor a nossa Associação manifesta coerência: se mantiveram campeonatos em dia de eleições autárquicas, com bastante mais pessoas em tarefas eleitorais e numa complexidade enorme, porque não disputar uma Supertaça em dia de eleições cujo vencedor já é, atempadamente, conhecido?
Atenção, não confunda, é conhecido o vencedor das eleições, a abstenção, mas não o da Supertaça; essa, hão-de lutar por ela Cerveira e Correlhã, em terras da Nóbrega. Certamente connosco a narrar-lhe as peripécias da partida.