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Desporto

Súmula da jornada de 16/17 de Janeiro

18 Janeiro, 2016 - 08:44

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Neste fim-de-semana, a nível distrital, houve Taça e quase “aconteceu” Taça, durante algumas partidas, embora nos desfechos finais não se tenham verificado casos de plasmar ou merecedores de parangonas jornalísticas, tal a previsibilidade entre os apurados, salvo mais ou menos golos, maiores ou menores dissabores ou contratempos ao logo das partidas. No entanto, “Taça” parece ter havido pelas bandas de Alvalade onde o futebol ficou muito aquém da verborreia projectada e de muitas atoardas lançadas no “espaço”, sem direcção, mas com destinatários bem evidenciados. Enfim, dá impressão que o nosso futebol precisa desses desvarios e impropérios para se afirmar. O que não deixará de ser lastimável.
Vamos então à Taça onde não se poderá falar, verdadeiramente, de “tomba gigantes” porque, de facto, o Arcozelo, com um pé na principal divisão distrital, eliminar, em seu reduto, Vila Franca, não constituirá surpresa, antes a constatação que a equipa limiana poderia fazer um bom campeonato entre os maiores. Nem a “marca” de três a zero constituirá quaisquer facilidades ou menos valia dos da terra das rosas, antes a supremacia manifestada pelo Arcozelo que até poderá vir a causar mais sensações nesta prova.
Sendo o único clube de escalão inferior a deixar para trás um de estatuto superior, nem por isso deixarão de merecer algum destaque a resistência do Bertiandos, que apenas sofreu um golo na Correlhã, diante dum potencial candidato ao troféu e vencedor há duas épocas, bem como a oposição forte do Cardielense, que no seu terreno complicou a vida ao Valenciano, apurado tangencialmente e só se livrou de sustos com o apito final do árbitro, e ainda Perre e Lanhelas que complicaram as vidas caseiras de Paçô e Campos, os quais só se salvaram em prolongamento, no caso dos arcuenses, ou mesmo na lotaria das grandes penalidades, no 1º de Janeiro, único recinto onde se tornou necessário recorrer a este último recurso para decisão da partida. Neste leque de “pequenos” a fazer frente a “maiores”, mérito ao Raianos que só no último minuto permitiu a passagem do Vitorino de Piães, a quem ultrapassou duas vezes no marcador e esteve quase a ganhar dois de vantagem, mas não conseguindo, acabou por lhe ser fatal, sofrendo o terceiro golo que valeu a eliminatória.
Além de Vila Franca, acabaram por ficar arredados mais dois clubes da primeira divisão, por obrigatoriedade, tendo o Cerveira voltado a vencer o Chafé, igualmente por margem de quatro golos, com a diferença dos forasteiros desta vez terem ficado em branco, e o Lanheses voltou a derrotar o Courense, tal como no Domingo passado, embora desta por apenas um só golo e conseguido à entrada da compensação.
Entre clubes da divisão secundária, embora não surpreenda a eliminação do Âncora Praia, em Távora, talvez os quatro a um finais não estivessem em perspectiva, o mesmo não dizendo dos dois a zero com que o Fachense saiu vencedor em Longos Vales, obtendo o resultado na primeira parte, tal como não seria expectável, apesar de tudo, que o Moreira, que até esteve em vantagem e chegou à igualdade em dois já na etapa complementar, em Melgaço, terminasse com encaixe de uma dezena de golos e apenas com nove atletas em acção, complicando ainda as próximas partidas.
E mais golo menos golo, a normalidade imperou nos cinco desafios restantes, pois o Castelense triunfou por quatro a zero em Anais, num resultado absolutamente idêntico ao do Atl. Arcos, em sua casa, diante do Ancorense, tendo ainda vencido o Ponte da Barca, também em seu domicílio, a equipa de Gandra, embora por menos um golo. O Desportivo de Monção, que até jogou bastante tempo em inferioridade numérica, venceu por três a um o Darquense e houve sete golos em Vila Fria, sendo cinco para a equipa local diante da lanterna vermelha secundária, Castanheira.
Assim sendo e por ordem decrescente das tabelas, Barca, Cerveira, Monção, Valenciano, Vila Fria, Piães, Correlhã, Arcos, Castelense, Campos, Lanheses e Paçô, pela divisão principal, acompanhados pelo quarteto Arcozelo, Távora, Fachense e Melgacense, da secundária, prosseguem a rota da Taça, rumo aos oitavos.
Voltando-nos agora para os campeonatos, por Portugal Prio, nada ficou definido no que concerne aos dois lugares dourados e tudo ficou adiado até Sábado na derradeira ronda, em função do empate a dois golos em Bragança, que a turma de Pedras Salgadas ali impôs, aliado ao triunfo magnífico do Limianos, por dois a um, diante do rival Vilaverdense, baralhando as contas e dando a si ainda uma réstia esperançosa, embora ténue, pois fica dependente de dois outros resultados, concretamente de Bragança e Vilaverdense que apenas dependem de si próprios.
No lado da manutenção, o Vianense apanhou um pouco de oxigénio no triunfo diante do Neves, por quatro a zero, confirmando o vizinho na lanterna vermelha e saltando para o “borbulhar” na linha de água, em permuta ao precipício com o Argozelo, depois da derrota dos “mineiros” diante do Marítimo B, por dois a zero. Também os da terra quente de Mirandela venceram, por três a um, o Camacha, mantendo-se os transmontanos a distância relativa e deixando o quarteto – Camacha, Vianense, Argozelo e Neves – numa luta titânica numa segunda fase tenebrosa, embora ainda haja mais ponto e meio a tentar na ronda final desta fase.
Pelo futebol profissional, na II Liga, o Chaves, com um golo solitário diante da Covilhã, manteve o seu posto de primeiro promovível, agora seguido pelo Gil Vicente, pois o “galo” deu quatro bicadas no rival e vizinho Braga e já reparte o “galho” do “poleiro” com o Freamunde, que não se assustou no encapelado mar da Póvoa e obrigou o Varzim a “naufragar” duas vezes. Encerram, por agora, o quinteto dos promovíveis, o Feirense que não se safou na Vila das Aves e sofreu uma “bicada”, permitindo a junção do Portimonense que, contrariamente, foi a Viseu e marcou um golo que lha valeu três pontos. Realce ao triunfo do líder Porto B diante dos açorianos de Santa Clara, mantendo os seis pontos de avanço aos flavienses e, inversamente, à entrada do Benfica B na zona de despromoção depois da derrota mínima, sobre a hora, em Penafiel, com quem permutou o posto.
E agora NOS, numa liga em efervescência e após uma jornada que trouxe um novo termo à prova: RAIVA. E não uma qualquer, senão de Leão! A jornada esteve sobre o predomínio do vermelho e até a lanterna dessa cor colaborou imenso, com o ponto arrancado em Alvalade ao Sporting que ficou irado e em disparate por todo o lado não tolerando o empate diante do Tondela, que o deixa à mercê do Benfica, já a morder os calcanhares do leão depois do triunfo suado e difícil diante dos “canarinhos” do Estoril. O estado febril do leão só baixou ligeiramente na noite de Domingo, quando o Porto apanhou uma “indigestão” com uma “entrada” de “frango à Iker” ali para as bandas de Guimarães, que o fez baixar entre três a cinco pontos de cotação.
Para sobressair o vermelho, o Braga consolidou o quarto posto, na Choupana, onde o nevoeiro, desta vez, ficou à porta, vencendo o Nacional pela tangente em partida de cinco golos, com empate em tons de encarnado e beneficiando da igualdade imposta pela Académica ao Paços de Ferreira e mormente dos desastres caseiros de Rio Ave e Arouca que foram surpreendidos pela mesma bitola de um a dois diante de Belenenses e Moreirense, respectivamente.
Encarnadíssimo foi ainda o dérbi madeirense entre Marítimo e União, com estes a triunfar no Caldeirão por um a zero e deixarem os conterrâneos feitos em oito. Falta apenas uma partida para concluir a primeira das dezassete rondas da etapa segunda da prova e no Boavista/Setúbal reside um triplo interesse, em função dos restantes desfechos: início obrigatório da pretensa salvação boavisteira ou condenação precoce dos mesmos axadrezados; reentrada dos sadinos na luta europeia ou permanência em abertura da segunda parte da tabela; confirmação de jornada atípica e exepcional com um único triunfo ao domicílio, como o é, por ora, do Guimarães, de “Sério” Conceição, diante do seu “futuro” Porto.
Concluímos apenas com uma leve pincelada final, num fim-de-semana praticamente sem Hóquei em Patins e isenta de Basquetebol, com uma jornada morna pelo Futsal e o fecho da primeira volta em Futebol de Sete. Pela formação nacional, cumprida a penúltima ronda de Juniores da II Divisão, continua por apurar o “companheiro” do Chaves rumo à segunda fase, contrariamente à principal divisão em que tudo está decidido embora restem duas rondas por disputar. Já na formação distrital e como focamos na antevisão, o nulo registado no desfecho de Juniores Cerveira/Barroselas manteve ambos os conjuntos igualados na tabela, à espera que algum tropece em detrimento do outro, conferindo vantagem ao Barroselas se o mano a mano se mantiver.
Ponto final até Domingo. É que, uma vez mais, lá teremos que conciliar votos com golos. Nos primeiros, cada um tem direito ao seu; nos golos, veremos quem marca mais, que sempre será preferível a sofrê-los.

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