Súmula da jornada de 15/16 de Novembro

Olhando, no rescaldo de mais um fim-de-semana desportivo, para os números finais que os marcadores traduzem nas competições distritais, quase nos apetece “meter uma cunha” ao seleccionador nacional para observar os artilheiros dos nossos campeonatos, no intuito de ensinarem os seleccionados a marcar mais golos. É que à magreza – uma vez mais – do golo solitário da vitória sobre a Arménia, opuseram-se, novamente, os nossos artilheiros do principal campeonato com a média exacta de três golos/jogo, totalizando as duas dúzias nos oito encontros da jornada número nove.
E já que falamos no campeonato da primeira divisão, o Neves mantém a liderança da prova mas divide-a agora em parceria com o Atlético dos Arcos, já que foi o único entre os cinco primeiros a obter uma vitória, e de forma expressiva, por quatro golos sem resposta, com dois em cada metade, à equipa de Vila Fria, a primeira a não conseguir dois dígitos de pontos, situada entre os quatro últimos e já a cinco pontos dos imediatos.
No decurso dos noventa minutos do jogo, o Neves chegou a estar fora da liderança, mas também esteve largos minutos isolado, acabando no meio-termo, ou seja, na liderança partilhada. Por outras palavras, esteve em desvantagem por um a zero, no final da primeira metade, beneficiou dum reinício desastroso do Valenciano, que sofreu dois golos nos primeiros cinco minutos da etapa complementar, mas acabou por conseguir o empate já no declinar do encontro e assim se manter como par perseguidor, ao lado do Courense que também averbou um empate caseiro frente ao Ponte da Barca, como um golo para cada lado e ambos conseguidos nos derradeiros quarenta e cinco minutos.
Correlhã e Desportivo de Monção encerram o grupo dos seis primeiros, graças a duas vitórias tangenciais, embora obtidas em diferentes condições. A dos monçanenses foi conseguida no seu reduto frente ao promovido Perre, que, além de aguentar o nulo até ao intervalo, ainda chegou provocar sensação durante dois minutos, quando conseguiu o golo do empate a um, sol de pouca dura pois escassos minutos os monçanenses recolocaram a vantagem em dois a um, no que viria ser resultado final. Ao invés, o Correlhã venceu fora de casa, mas teve que se esforçar na recta final da partida, em Moreira de Lima, para inverter a desvantagem de dois a um e conseguir um dois a três finais, que, em caso de triunfo no jogo em atraso, coloca os cornelianos no terceiro posto da tabela, mantendo-se os moreirenses na lanterna vermelha, como único conjunto sem pontuar.
O encontro entre Melgacense e Paçô foi o único que terminou da forma como começou, apenas em termos de resultado, já que numericamente, ambos concluíram com menos um atleta, e os da terra de Inês Negra não conseguiram aproveitar a soberana oportunidade concedida por uma grande penalidade em seu favor, faltariam escassos dez minutos para concluir a partida.
Restam dois encontros com duas vitórias em posições inversas, surpreendendo sobremaneira o triunfo do Vitorino de Piães em Lanheses, em mais um jogo de cinco golos, com os limianos a voltaram a espalhar seu “veneno” fora de portas, considerando-se normal a vitória do Castelense, no Beira-Mar, sobre o Campos, por dois a um, adiando os do 1º de Janeiro a estreia em triunfos para nova oportunidade e colocando-se no minicampeonato a quatro, conjuntamente com Perre, Vila Fria e Moreira do Lima, em luta pela fuga aos lugares indesejados.
Quase mais um golo por jogo foi conseguido na divisão secundária, sobretudo mercê de três “chapas cinco” obtidas, em condições caseiras, por Chafé, Bertiandos e Arcozelo. E se os números obtidos pelo Arcozelo frente às Águias do Souto, que apontou também o seu ponto de honra, não transportam algo de surpreendente, já os cinco a zero com que o Chafé brindou o Távora em nada abonam a equipa do Monte Aval, relegada para longe dos postos de decisão, ao contrário dos anfitriões que mantém luta interessante na frente da tabela. Simultaneamente, o desnível parece também acentuado em demasia no Bertiandos/Castanheira, embora a normalidade apontasse para triunfo caseiro.
Voltando-nos agora para os dois jogos que envolveram equipas do topo, saldou-se por igualdade o encontro em Vila Franca, opondo esta equipa da liderança com o Raianos. De nulo ao intervalo, o Raianos adiantou-se e a equipa da terra das rosas conseguiu salvar-se da derrota já na entrada para a compensação, mantendo-se, assim, ambos invictos, pese o Vila Franca ter sido apanhado na dianteira pela turma do Moreira, que vai continuando em alta, agora com mais um triunfo caseiro por três a zero, sobre o Gandra, com golos compassados e de forma a desenrolar o encontro com aparente acalmia.
Três jogos restantes e igual número de vitórias caseiras, sendo mais surpreendente a do Fachense sobre a equipa B do Vianense, mormente pela diferença de dois golos, caindo dentro da normalidade o triunfo do Darquense perante o Caminha, por dois a um, e bem assim o desfecho do dérbi caminhense, com a vitória magra do Ancorense sobre a lanterna vermelha, Lanhelas, que ainda não foi desta que almejou a tão esperada vitória ou ao menos o tão desejado ponto.
Passando pelo nacional de seniores, da ronda que marcou o início da segunda volta, apenas o Cerveira não embarcou na onda dos empatas e sem contemplações brindou os vizinhos Limianos com três golos sem reacção e ainda se deu ao luxo de desperdiçar uma grande penalidade ou se olharmos pelo prisma oposto, os forasteiros terão que agradecer a Litos o facto de a “coça” não ter sido maior. Assim sendo, a equipa da vila das artes ganhou em todos os campos e está bem mais perto dos lugares de acesso à subida que dos opostos, ou pelo menos a amealhar pontos que poderão vir a ser preciosos.
Os quatro empates deixaram os clubes nas mesmas posições na tabela, com vantagem pontual para os que estavam na frente, mas com resultados mais optimistas para os que jogaram na condição de visitantes. Fafe e Bragança, tal como Mirandela e Vilaverdense, ficaram-se por nulos, repetindo os primeiros o resultado do jogo oposto, ao passo que neste último jogo, os minhotos perdem no confronto com os transmontanos.
Pedras Salgadas e Vieira, bem como Vianense e Santa Maria empataram por um golo, sendo a vantagem no confronto favorável aos ora visitados, mas os pontos mais saborosos foram para os visitantes já que lhes proporcionaram um não distanciamento aos que seguem na sua frente.
Apontamentos finais para mencionar o regresso do Freamunde ao comando da II Liga, em face dum golo apontado em Ponta Delgada e beneficiando do empate em dois da Oliveirense no dérbi com o vizinho Feirense, bem como do apuramento de Boavista e Rio Ave para a terceira fase da Taça da Liga, apesar dos vila-condenses terem sido obrigados a recorrer à lotaria das grandes penalidades. Já o Penafiel se ficou pela eliminatória pois foi impotente para remontar os dois golos de desvantagem trazidos da Covilhã.
Em Hóquei em Patins, o nosso Valença H C conseguiu triunfo por dois a zero em visita a Cucujães, mantendo-se no lote dos terceiros, que o mesmo é dizer, no grupo da esperança nos melhores postos, enquanto no principal campeonato Dragões, Águias e Leões continuam em bom patinar, seguidos bem de perto pela nossa Juventude vianense, destoando apenas o campeão Valongo que, apesar de, no seu recinto, ter marcado sete, não evitou outros tantos dos açorianos da Candelária e a queda para o meio da tabela.
Finalizamos com Futsal Feminino, de pouca afeição para a nossa área de abrangência, já que a campeã Castanheira perdeu o trono ao sair derrotado, ainda que pela margem mínima, em casa do Soutelense, que assim garante o título da primeira volta, enquanto o Moreira perde também terreno na luta pelo quarto posto ao ser derrotado igualmente por quatro a três em Ponte da Barca.
No entanto, ainda nem chegamos a meio. Mas não se poderá continuar a desperdiçar terreno, que é como quem diz, pontos. É com eles que se constroem os campeões. E nós queremos aplaudir alguns.