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Desporto

Súmula da jornada de 1/2 de Novembro

3 Novembro, 2014 - 08:54

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Recorde os principais momentos do fim-de-semana desportivo.

Vivemos o fim-de-semana de Santos. E se é verdade que há santos, não o é menos que também há demónios. Eis o pensamento que nos assola nesta época, também a nível desportivo, pois houve por aí uns diabos à solta que tornaram outros em verdadeiros “santinhos”.
Acabaram-se os invictos no principal campeonato vianense. A última réstia, que se chamava Valenciano, deixou esse atributo, na tarde de ontem, em pleno municipal da Correlhã. Os cornelianos, que ainda se não tinham afirmado no que vai de época, agigantaram-se e impuseram a primeira derrota aos comandados de Rogério Brito, em face da qual deixaram a liderança, agora em posse do trio perseguidor, já que todos venceram os encontros caseiros.
De vantagem ao intervalo, com um só golo, o Correlhã garantiu um triunfo sobre o ex-líder, pois conseguiu voltar a marcar já na recta final do encontro desfazendo, em definitivo, a igualdade que então havia sido conquistada pelos forasteiros. Como se previa, do trio que espreitava a liderança, não acabou por ganhar um senão todos e assim a nova liderança é constituída pela “troika” Neves, Courense e Atl. Arcos, tendo cada qual marcado dois golos, em suas casas, e garantindo três triunfos perante Paçô, Campos e Ponte da Barca, respectivamente. Tal como se antevia, a vitória menos difícil pertenceu ao Neves, que construiu o resultado de dois a zero ainda na primeira parte, acabando os outros dois encontros por resultarem na diferença mínima já que houve um golo para cada conjunto visitante. No Courense/Campos, registava-se uma igualdade a um ao intervalo, prolongada até à entrada dos minutos finais, momento em que os locais se adiantaram no marcador; já o Atlético de Arcos vencia ao intervalo e ampliou, no decurso da etapa complementar, para dois a zero, sendo que a equipa barquense reduziu, com o seu ponto de honra, em período de compensação, fechando uma quinzena amarga, com duplo desaire, que a atirou para meados da tabela.
Vida difícil para Zé Pequeno, que se viu ultrapassado também pelo Lanheses, que confirmou o favoritismo caseiro perante o vizinho Vila Fria, a quem infligiu dois golos sem resposta, bem como pelo par do alto Minho, composto por Melgacense e Desportivo de Monção, em face de suas vitórias caseiras. No Manuel Lima, os monçanenses continuaram a carregar o nervosismo para dentro das quatro linhas, apesar de manterem apurado o ponto de mira aos ferros, já que a trave lhes voltou a devolver mais uma grande penalidade não concretizada, embora nesse momento já o único golo do encontro tivesse subido ao marcador. Em Melgaço, marcaram-se sete golos, meia dúzia dos quais na etapa derradeira, com os locais a garantirem um triunfo claro por cinco a dois, sem que antes tivessem sentido um arrepio quando o Perre, em três minutos, conseguiu anular a vantagem dos dois golos melgacenses, valendo a estes a ponta final avassaladora.
Resta falar em mais um dérbi limiano, que opôs a lanterna vermelha, Moreira de Lima, ao vizinho Piães. Três golos na partida, dois dos quais forasteiros, contribuíram para os moreirenses se manterem na cauda, sem qualquer ponto, ao passo que o adversário, único a ganhar fora, galgou para o meio da tabela. Assim se distribuíram os vinte e quatro golos da ronda, numa média exacta de três por jogo, com a particularidade de todos os anfitriões terem facturado e sete deles haverem vencido em seus domicílios.
Na divisão secundária, não se desfez o par nem o trio da dianteira, apesar dos dois conjuntos monçanenses se terem ficado apenas por um golo cada. O Raianos marcou aos primeiros segundos na Arcela, e esse tento de Jojó haveria de, teimosamente, permanecer até final, somando os monçanenses o terceiro triunfo consecutivo de forma tão magra, mas que lhe vão garantindo, por ora, a liderança, em parceria com Vila Franca, que, ao ritmo desejado foi andando até aos quatro a zero com que “depenou” as Águias do Souto, mantendo-as em voo raso, junto ao solo. Por sua vez, o Moreira, tal como o par da frente, mantém-se invicto e ontem somou mais três pontos com um golo de Vitó à entrada do quarto de hora final da partida.
Na peugada do trio invicto à sétima ronda, seguem sobretudo o Chafé, que ontem, num jogo prolongado pela lesão do guardião visitante, apontou um único golo ao Gandra, que lhe valeu os pontos do encontro, e ainda o Vianense B, que, em sua casa, obteve a goleada da ronda ao impor cinco a um ao Castanheira, equipa que continua em dificuldades lá pelos postos de fundo da tabela.
Dos três desafios restantes, começamos por focar o Darquense/Lanhelas, com triunfo caseiro em dois a zero, permitindo algum fôlego aos locais e a parceria de lanterna vermelha aos lanhelenses que ainda não aprenderam a pontuar, triunfando ainda em casa o Arcozelo por claros três sem resposta do Caminha e concluímos com a segunda vitória forasteira da jornada, a cargo do Távora, que foi triunfar às Lagoas de Bertiandos por quatro a dois, resultando efeito positivo da “chicotada psicológica”.
Não terá havido combinação com os primodivisionários, mas o certo é que nesta ronda se marcaram igualmente vinte e quatro golos, pesem duas vitórias forasteiras contra apenas uma nos ditos grandes.
No nacional de seniores, não terá sido por acaso que canalizámos as atenções para o Rafael Pedreira, onde o Cerveira escreveu “história” na prova ao impor a primeira derrota ao Pedras Salgadas, único até então invicto. Na segunda metade, o Cerveira desfez, em seu favor, a igualdade a um registada logo aos minutos iniciais da partida, enquanto o Vianense conseguiu essa mesma igualdade no decurso da segunda metade e trazer um ponto desde a capital do nordeste transmontano, da cidade de Bragança, até à capital do distrito, o que já nem foi mau de todo. Por sua vez, o Limianos não obteve efeito da “chicotada” e Jaime Matos não evitou a derrota em Mirandela, a quem bastou um golo apenas para ascender à liderança, já que beneficiou doutra igualdade em um golo verificada no Vilaverdense/Fafe, com vantagem local na primeira parte e reposição dos visitantes na etapa complementar.
Finalmente, novo empate, embora em dois golos, no jogo entre clubes da associação bracarense, com o Vieira quase no limiar da primeira vitória, não fosse uma grande penalidade salvadora, nos instantes finais, para Santa Maria evitar uma derrota caseira, eventualmente muito complicada a anteceder a jornada que marcará metade desta fase.
Finalizamos no futebol profissional num fim-de-semana em que leões e leõezinhos viraram “anjinhos”, por causa de demónios à solta em Guimarães e na Tapadinha. Os leões maiores não resistiram à força dos conquistadores de Guimarães, que no seu castelo, se mostraram imperiais e os derrubaram com três tiros, impondo-lhes a primeira derrota, enquanto os leõezinhos, na manhã de Domingo, ainda pareciam assustados e não evitaram uma mão cheia de golos por banda do Atlético, uma saudade de tempos idos.
Ora, com o Sporting a atrasar-se na corrida nos primeiros lugares, Benfica e Porto, juntamente com Vitória SC, aproveitaram para se distanciar, já que também águias e dragões alcançaram vitórias, nos seus recintos, não sem alguns calafrios, nomeadamente dos encarnados que apenas concretizaram um golo, uma preciosidade de Talisca, e se expuseram, em demasia, à hipótese de sofrer, sendo que os azuis e brancos também só se tranquilizaram na parte final com uma obra de arte do génio de Brahimi.
Foi, por isso, uma ronda negra para as bandas de Alvalade, que viu os castores pacenses ultrapassá-los, após vitória robusta sobre os sadinos, podendo ser ainda mais dramática se o Belenenses encerrar a ronda com triunfo. E não foi mais dura pois o Braga não foi aprovado, com distinção, no exame de Coimbra, ficando-se por um mero Suficiente, traduzido no empate em um golo. E no fundo, praticamente tudo na mesma, pois o “galo” ainda não conseguiu cantar, nem no seu “poleiro” e os penafidelenses deixaram fugir os canarinhos da linha.
E lá entramos nós nos grandes contrastes. Agora que o tempo vai arrefecer, os campeonato vão, pelo contrário, aquecer e de que maneira! Depois do “limpinho, limpinho” será que vem aí o “quentinho, quentinho”!?

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