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Desporto

Súmula da jornada de 11/12 de Outubro

13 Outubro, 2014 - 09:51

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Recorde os principais momentos desportivos deste fim de semana.

Não há meio de perdermos esta mania de andar sempre a considerar a “lógica” do futebol e de só admitirmos as surpresas após o seu surgimento. Ora, o passado fim-de-semana foi um daqueles em que se tornou evidente a “ilógica” e as surpresas acabaram por acontecer onde menos se esperariam.
Olhemos, primeiro que tudo, para o Manuel Lima, para esse dérbi mais nortenho, entre Desportivo de Monção e Melgacense, cujo desfecho só foi conhecido quase hora e meia depois dos restantes e deixou muitas interrogações em quantos procuravam obter a respectiva informação. A meia surpresa do nulo ao intervalo transformou-se em frustração total para os anfitriões e euforia para os visitantes que acabaram por levar os três pontos da terra de Deuladeu. Tardou o golo local, por volta de meados da etapa complementar, mas quando se esperava o desmantelamento dos forasteiros, eis que a cartolina encarnada mostrada a Mini, serviu de tónico aos melgacenses, que mesmo ao cair do pano, já então empatados em número de atletas, consumaram a reviravolta no marcador, espalharam a euforia entre as suas cores e desalojaram os monçanenses do topo, tendo-os alcançado e ultrapassado mesmo, em face desta vitória.
O mesmo resultado de um a dois teve registo em mais dois campos, nesta ronda quarta. Em Vila Fria, precisamente com o Valenciano a fazer o mesmo feito que a equipa da terra de Inês Negra, apenas com a diferença do golo dos vilafrigidenses ter sido obtido ainda na primeira metade e a remontada dos visitantes, essa sim, na segunda parte, ter sido iniciada por uma grande penalidade convertida por Francês. Também o Atl. de Arcos regressou aos triunfos, pela mesma marca anterior, embora diferente ritmo de marcador, no campo Beira-Mar, perante um Castelense sem as credenciais da época passada.
A liderança voltou a ser um exclusivo do Paçô, que até nem entrou bem no jogo, consentindo um golo do Vitorino de Piães, logo aos minutos iniciais. Os arcuenses conseguiram ir para o balneário empatados, o que lhe provocou ânimo para a etapa complementar onde chegaram à vantagem de três a um, consentindo ainda mais um tento, mas confirmando a vitória pela margem mínima. Saliência ainda para o encontro entre Ponte da Barca e Correlhã, no municipal barquense, com sabor a desforra da Taça, tendo o encontro sido decidido em favor dos anfitriões graças a uma grande penalidade assinalada por Nelson Cunha, mantendo-se os locais, com esta vitória, na perseguição ao líder e vizinho da outra margem.
Goleadas nos outros dois encontros com equipas do Vale do Minho, ambas a jogar em seu ambiente, saborosa para o Courense que enfiou uma mão cheia à lanterna Moreira do Lima, mas amarga para o Campos que foi batido pelo Neves com três golos apontados na segunda metade do encontro. Resta o confronto entre os vizinhos Perre e Lanheses, com mais uma vitória para os forasteiros (que alcançaram cinco em oito jogos) ainda que tangencial, numa partida com cinco golos, entre os vinte e oito totais.
E se na divisão principal se desfez o par da liderança, formou-se um na divisão secundária, em face da vitória de Vila Franca em Gandra e do empate no Monte Aval, entre Távora e Raianos. Este último era o cartaz da jornada, tanto que teve honras de árbitro dos nacionais e constituía um verdadeiro teste a ambos, que assim, se mantém invictos na prova. Um a um foi o desfecho em Távora, com os locais a marcarem na primeira metade e os visitantes a restabelecerem a igualdade, na segunda, através de grande penalidade. Já o Vila Franca venceu em S. Martinho, em mais uma vitória de um a dois, concretizada ainda na primeira metade, conduzindo a equipas das “rosas” ao topo da tabela, ainda invicta, tal como o par anterior.
Por falar em invencibilidade, há mais duas equipas que ainda não sofreram amargos de derrota, embora em circunstâncias algo distintas. Uma é o Moreira, com a sua juventude a efectuar uma bela prova, tendo infligido o primeiro tropeção ao Chafé, numa vitória indiscutível, com cinco golos apontados, dois na primeira e três na segunda, contra apenas dois sofridos, um em cada metade, o primeiro dos quais também de grande penalidade, na altura a estabelecer a igualdade. A outra é o Arcozelo que ontem foi às terras de Âncora triunfar por dois a zero, com golos na etapa derradeira, sendo esta, porém, a primeira vitória dos limianos. Não foi o único a obter o primeiro triunfo, pois foi imitado por Castanheira, com a equipa courense a triunfar em Rebordões frente às Águias do Souto, em mais um triunfo de um a dois – sem dúvida, o resultado mais repetido da tarde – que lhe possibilitou a fuga da lanterna vermelha, entregue ao seu adversário de ontem e aos lanhelenses, que voltaram a não (com)vencer, no seu campo, diante do Bertiandos, que obteve vitória por duas bolas sem resposta. Por sua vez, o Darquense, o outro conjunto em estreia nas vitórias, levou de vencida, em casa, a equipa do Fachense, no segundo jogo com mais golos, já que apontou quatro dos seis do encontro.
Resta falar do Caminha/Vianense B, saldado por um empate em um golo, numa jornada que ficou apenas a um tento da divisão principal, já que nesta se concretizaram vinte e sete. Numa como noutra, mantém-se as boas pontarias.
E que dizer do nacional de seniores numa tarde também ela repleta de surpresas e alguns calafrios. O Vianense redimiu-se dos meios desastres anteriores e foi triunfar a Fafe, alterando a desvantagem de um a zero ao intervalo para mais um a dois em seu favor, retirando a liderança ao adversário, embora lhe permita a companhia. E ambos acabaram por ganhar alguns pontos, mesmo o Fafe com a derrota, pois os transmontanos melhor não conseguiram que empatar e empatar-se. Em branco ficou o dérbi em Mirandela, entre os locais e os vizinhos de Pedras Salgadas e por igualdade se ficou ainda o Bragança, que, em sua casa, não foi capaz de levar de vencida a lanterna vermelha, Vieira, que não só conseguiu o primeiro ponto, como marcar o primeiro golo. Aliás, dois, o que parece denotar ainda maior sensação.
Nos dois encontros caseiros dos conjuntos vianenses, outras tantas derrotas, complicadas numa prova com o actual formato. O Limianos sofreu um golo, ainda na primeira metade, e não teve arte nem engenho para modificar as coisas perante o vizinho Vilaverdense. O Cerveira não conseguiu tirar partido da vantagem numérica, bem razoável, já que à entrada para o intervalo, os forasteiros de Santa Maria sofreram duplo golpe avermelhado.
E foi com nove que os de Galegos chegaram à grande penalidade, que lhe valeu o primeiro dos dois golos e a redução da diferença de atletas para apenas uma unidade. Enfim, tirando o emblema da capital do distrito, uma tarde negra para Limianos e Cerveira, que baixaram aos três degraus do fundo, com o Vieira apenas a fechar a escada.
Uma pincelada breve pelas modalidades, para expressar algum conforto no Valença H C pois não obstante a pausa no calendário, o seu quarto lugar não foi beliscado e pode recuperar ainda mais aquando da folga dos colegas. Mas os resultados deixaram bem vincado o equilíbrio grande na prova. Como aliás, na principal nacional, já que o Dragão se viu “apertado” em magro triunfo sobre “Os Tigres” e, tal com na jornada inaugural deixou antever no confronto com o Benfica, o Sporting está confirmado como “grande” e o triunfo esclarecedor de quatro a um, sobre o campeão Valongo, é prova irrefutável.
Com o Basquetebol distrital nos primeiros “cestos”, sem grande prenúncio ainda, destaca-se um fim-de-semana em pleno para as nossas equipas femininas de futsal, com Castanheira a “cilindrar” o Arcas, por vinte e um sem resposta, a Zona Fut a conseguir brilhante triunfo em Neiva, por quatro a dois, e até o Moreira teve exibição de gala, em Darque, onde conseguiu marcar cinco golos.
O futebol profissional ficou-se por alguns acertos na II Liga, mas as emoções supra referidas bastaram para o frenesim semanal da “febre” de bola (cuidado ao soletrar a expressão). Que desejamos se prolongue na noite de amanhã em plena cidade de Copenhaga. Apesar da derrota, a esperança pode ter renascido em Paris.

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