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Desporto

Súmula da jornada de 11/12 de Abril

13 Abril, 2015 - 10:33

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Regressamos da pausa pascal com a Primavera em força, o calor a apertar e o funil (das competições) a estreitar e tudo começa agora a complicar-se para aqueles que ainda mantêm ambições, quer nas alturas, quer para evitar as profundezas. Tudo caminha para a meta e são cada vez em menor número os que se perfilam para a cortar na dianteira e cada vez se torna mais difícil para uns tantos entrar com o controlo aberto. Vamos por partes.
Dissiparam-se algumas dúvidas na principal divisão vianense, entre as quais se firmou a certeza que nas últimas cinco rondas haverá apenas dois candidatos à vitória final: Neves e Arcos. Ambos jogaram em casa, ambos triunfaram e afastaram-se dos perseguidores de tão maneira que a luta ficou lhes reservada. Os arcuenses facilmente se impuseram ao Valenciano, com dois golos na primeira metade e só quando dispunham de três de avanço permitiram o tento de honra dos fronteiriços. Por sua vez, o Neves teve maiores dificuldades em bater o Piães, que chegou ao intervalo com empate em um golo como resposta ao avanço local; porém, os anfitriões só dentro do quarto de hora final é que voltaram à vantagem e suspiraram apenas ao apito final de Jorge Brito.
Para a descolagem deste par, contribuiu, decididamente, o empate averbado no Manuel Lima, entre Desportivo de Monção e Ponte da Barca, com quatro golos, numa alternância de marcador e vantagem dos barquenses, ao intervalo, em face da grande penalidade decretada pelo árbitro. Já agora nos encontros que, tal como este, apenas serviam para defesa da honra e luta pela melhor posição na tabela, há que registar o triunfo do Courense sobre o Paçô, por três a um e a igualdade em um golo averbada entre Lanheses e Correlhã.
Frisando os três jogos da luta tenebrosa pela manutenção, a conclusão é evidente: resta uma pugna gigantesca a três – Melgacense, Perre e Campos – e quem sabe se até desnecessária! Obviamente há que aguardar também pelos desfechos do CNS. Todavia, em normalidade, apenas um deles poderá manter o escalão.
A salvo, ficaram Moreira de Lima, que esmagou o Campos, por concludentes quatro a zero, em jogo de particular incidência, com os locais reduzidos a nove, desde bem cedo, com a particularidade de as duas expulsões terem sido aos guarda-redes; e ficou também liberto o Vila Fria, graças ao triunfo em Melgaço, magro, de um a zero, mas suficiente para dominar o denso nervosismo dos locais que nem uma grande penalidade foram capazes de concretizar, e nem dispondo ainda de mais de uma hora conseguiram marcar! Contrariamente a estes, o Perre deixou a lanterna vermelha após triunfar em Castelo de Neiva, por um a zero, numa ronda em que se concretizaram apenas vinte e três golos, com quatro conjuntos em branco.
Se dúvidas existissem quanto ao campeão da divisão secundária, cremos que a vigésima quinta jornada as dissipou por inteiro, pelo menos em termos de concretização de subida por parte do Chafé. No entanto, a lanterna vermelha, Águias do Souto, seu adversário, ainda aguentou a primeira metade sem sofrer golos, mas a complementar trouxe três e a ampliação da distância face à derrota caseira do Vila Franca frente ao Vianense B.
O empate a um ao intervalo foi insuficiente para as “rosas” conseguirem pontuar, já que os forasteiros furaram por duas vezes as redes do Visconde da Barrosa, numa situação de que se aproveitou o Arcozelo, vencedor do Castanheira, com a facilidade de cinco golos sem resposta, e a ascensão, de novo, a lugar de subida.
Reportando-nos aos restantes encontros, na luta para o “miolo” da tabela, o Raianos, primeiro extra quarteto da frente, não conseguiu melhor que empatar em Bertiandos, com dois empates parcelares em um golo, mesmo assim bem melhor que o Moreira, em risco de baixar alguns degraus, depois de nova derrota perante o Caminha, ainda mais expressiva que a anterior, já que cifrada em um, na segunda parte, contra três, conseguidos na primeira. Fachense e Távora perfilam-se, de igual modo, em boas perspectivas, conseguidas que foram duas vitórias, previsíveis, como foi a dos limianos sobre o Lanhelas e a dos tavorenses, em Darque, equipa com muitas limitações. Seis golos em Darque, com os forasteiros a marcar em duplicado e apenas três na Arcela, com os locais em vantagem pela margem mínima. Prestação positiva teve também o Ancorense com vitória sobre o Gandra, com um único tento apontado.
Escaldante apresta-se, de igual modo, a luta pela manutenção no CNS. O Vieira adquiriu o estatuto de lanterna vermelha e após a mão cheia sofrida em Galegos de Santa Maria, parece talhado aos distritais. Mas não poderá ir sozinho, se se consumar a despromoção. Quem lhe fará companhia? Ou então quem se prestará a descer? Limianos, Cerveira e Santa Maria estão agora empatados entre si! Que bela confusão, porque os da vila das artes triunfaram sobre o Vianense e os limianos saíram derrotados de Vila Verde. Jogo frenético e reacção excepcional dos cerveirenses, conseguindo virar um resultado em desfavor de dois a zero, já na segunda parte, para um triunfo por três a dois sobre o conjunto da capital do distrito, contrariando, sobremaneira, o ditado que “ninguém é profeta na sua terra”, quando aplicado ao Quim Zé. E que terá sucedido ao Limianos que, vencendo ao intervalo, por um a zero, na Cruz do Reguengo, “encaixou” quatro na etapa complementar!?
Vai ser tenebrosa esta luta a quatro, parecendo que Vianense e Vilaverdense estarão fora destas contas, tal como salvos estavam e continuam os transmontanos de Bragança e Pedras Salgadas, depois de se neutralizarem no jogo da ronda, sem terem marcado e, obviamente, nem sofrido.
Na série de subidas, fica tudo como à partida para esta ronda, após empates entre os quatro primeiros, tendo-o conseguido em branco Fafe e Famalicão e em dois, Sousense e Varzim, com excepcional recuperação dos gondomarenses. Assim sendo, o Famalicão continua principal candidato e o Varzim aspira também, com os fafenses a perder a carruagem. O Salgueiros, único a triunfar, sobre o Cesarense, também já não irá a tempo, continuando os últimos postos reservados a Vildemoinhos e Mirandela, em face do nulo entre ambos, no S. Sebastião, na capital das alheiras.
Pelo futebol profissional, na II Liga, tivemos permuta de posições entre Chaves e Tondela, em resultado do empate dos flavienses no Benfica e da vitória dos beirões na cidade berço. Com os seus triunfos caseiros, U. Madeira e Feirense estão na corrida nas oito rondas em falta que prometem emoções a rodos.
Na Liga principal, com as vitórias do quarteto da dianteira, começam a ficar sentenciadas as posições, com excepção dos dois primeiros que, cada vez mais se conjugam, para resolução dentro de quinze dias, na “Catedral”. O Benfica deu chumbo pesado nos estudantes coimbrões, arrumando bem cedo alguma dúvida perante o campeão dos empates, ditando lei do mais forte, e o Porto respondeu, quase em simultâneo, com triunfo claro em Vila do Conde. Mas se a Águia desfez cedo todas as dúvidas, já o Dragão ainda sofreu calafrios em certo período na etapa complementar em que chegou a pairar o seu afastamento do título, vislumbrando-se o empate dos vila-condenses.
Na luta europeia, Sporting, Braga e Belenenses cumpriram objectivo proposto, tendo alcançado três vitórias, embora mais expressiva a dos arsenalistas, já que caseira, com quatro golos, e tangenciais, as dos lisboetas, com os azuis em Arouca, num golo único, e dos leões com Bonfim, num triunfo por dois a um muito sofrido. É claro que estes triunfos se opuseram a tentativas desesperadas de salvação dos adversários, com particular incidência no Penafiel, cuja chicotada de nada valeu para evitar a goleada em Braga. Há que juntar a este a vitória do Nacional sobre o Gil Vicente, num electrizante encontro com cinco golos e triunfo tangencial.
Diremos que Gil Vicente e Penafiel, com estas duas derrotas, estão com um pé sem segurança, são os mais sérios candidatos à queda, estando de prevenção Arouca e Setúbal, para poder substituir algum deles.
Duas pinceladas finais, sendo a primeira para mencionar a presença dum quarteto de luxo na disputa da Taça de Portugal, em Hóquei em Patins. O Sporting levou a melhor sobre o campeão Valongo, no jogo mais equilibrado, confirmando-se o favoritismo de Benfica, Barcelos e Oliveirense. Que empolgante “final four”!
A outra para saudar os Lavradores – os do paço do Lima – pela brilhante conquista da Taça Distrital de Futsal em Seniores Masculinos. Caminha foi apenas palco, embora um dos seus representantes – Riba Âncora – tivesse merecido honras de final e difícil cedência do troféu, conseguido com um único golo de vantagem.
Exposto o essencial, atentos os contornos, como alguém diria: “até daqui a oito dias”, de novo, escaldantes, em temperatura climatérica e sobretudo desportiva.
Ah, apesar do nosso clubismo individual, boa sorte Porto, perante esse monstro bávaro.

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