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Alto Minho

Sindicato estima fecho de mais de uma dezena de correios na região

31 Maio, 2013 - 08:50

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O Sindicato dos Correios estimou que possam encerrar no Alto Minho mais de uma dezena de estações dos CTT, colocando em causa postos de trabalho e a prestação do serviço público às populações.

O Sindicato dos Correios estimou que possam encerrar no Alto Minho mais de uma dezena de estações dos CTT, colocando em causa postos de trabalho e a prestação do serviço público às populações.

“Em todo o distrito de Viana do Castelo julgámos que o número de estações a encerrar será entre dez a doze. Mas perguntamos à administração e hoje dizem-nos uma coisa e amanhã outra”, admitiu Arnaldo Cavalheiro, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.

O dirigente nacional e membro da comissão de trabalhadores dos CTT marcou presença no protesto que ontem juntou mais de uma centena de pessoas em Lanheses contra o encerramento da estação local dos Correios, uma das três afetadas no concelho de Viana do Castelo.

“Isto é brincar com a população, com os trabalhadores e com o serviço público. É só uma questão de a administração acertar as indemnizações até colocar também em causa os postos de trabalho”, afirmou Arnaldo Cavalheiro.

Em Lanheses, segundo a Junta de Freguesia, o encerramento da estação de correios implicará que os serviços passarão a ser prestados por uma loja de eletrodomésticos, a cerca de 50 metros de distância, solução duramente criticada pelo sindicato.

“Quem é o fiel responsável por uma carta registada ou um valor declarado depositado numa casa de eletrodomésticos, por muito respeito que tenha por essa atividade? Ninguém, obviamente”, apontou o sindicalista.

“Como é que fica garantindo um serviço público numa loja de eletrodomésticos? Paga reformas? Assegura os certificados de aforro? De maneira nenhuma”, enfatizou ainda.

No caso de Lanheses, o sindicato recorda que aquela estação serve a população de freguesias de Viana do Castelo e Ponte de Lima, mas até uma parte do concelho de Caminha, nomeadamente a serra d’Arga.

Contactada pela agência Lusa, a administração dos CTT confirmou a “transferência dos serviços” prestados na estação de Lanheses “para um posto de correio localizado a 50 metros de distância entretanto criado”, estimando por isso um “impacto nulo” desta mudança para a população.

Um posto de correio, explicou a fonte, “é um balcão postal explorado por um parceiro dos CTT, seja um particular ou uma junta de freguesia”, que “recebe formação especializada e é remunerado pelos Correios para esta prestação”. Já uma estação “é uma loja diretamente explorada” pela empresa.

“Todos os serviços postais continuam sempre disponíveis a 100%, incluindo os pagamentos de vales de prestações sociais, a cobrança de faturas e a receção de objetos registados e encomendas, entre outros”, assumiu a administração dos CTT sobre o futuro espaço de Lanheses.

“Esta transferência não implica qualquer perda de postos de trabalho, uma vez que os trabalhadores colocados em Lanheses continuarão a exercer a sua atividade noutras estações nas proximidades”, assegurou a empresa.

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