Secretário de Estado garante que construção do 2º ‘patrulha’ será retomada a curto prazo

O secretário de Estado da Defesa garantiu, esta setxa-feira, que a construção dos ‘patrulhas’ para a Marinha, nomeadamente o NRP Figueira da Foz, por concluir há um ano, será retomada “a curto prazo”.

A garantia de Paulo Braga Lino foi transmitida durante uma visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), onde assistiu à tomada de posse da nova Comissão de Trabalhadores da empresa.

O NRP Figueira da Foz, o segundo da classe Viana do Castelo, integra uma encomenda aos ENVC – por parte do Ministério da Defesa ainda sob liderança de Paulo Portas – de oito Navios de Patrulha Oceânica (NPO), cada um com um custo de 50 milhões de euros, para substituir as corvetas, já com várias décadas ao serviço da Marinha.

O primeiro ‘patrulha’, NRP (Navio da República Portuguesa) Viana do Castelo, foi entregue em abril de 2011 e já soma 1.500 horas de serviço no mar, enquanto o segundo deveria ter chegado em setembro do mesmo ano.

Contudo, a construção, relatam os trabalhadores, está “praticamente parada”, alegadamente por falta de recursos financeiros para adquirir material e fontes da empresa garantem que serão necessários entre seis a oito milhões de euros para a sua conclusão.

“Esses navios terão, necessariamente, que ser concluídos. Quer para cumprimento de contratos, quer porque são navios fundamentais para a Marinha. A curto prazo retomaremos esse processo”, sublinhou Paulo Braga Lino.

Os novos ‘patrulhas’ construídos pelos ENVC, também com desenho próprio da empresa, têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e uma tripulação de 38 elementos, além de poderem transportar um helicóptero Lynx.

Concebidos como navios militares não combatentes, estes NPO serão utilizados para fiscalização, proteção e controlo das atividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar, além de prevenir e combater a poluição marítima.

Além deste primeiro par de ‘patrulhas’, os ENVC também já adquiriram vário material para iniciar a construção do segundo par, do mesmo género mas especialmente preparados para o combate à poluição marítima.

Atualmente, Portugal tem ao serviço seis corvetas, distribuídas pelas classes Baptista de Andrade e João Coutinho, com entre 30 a 40 anos de operação.