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Viana do Castelo

Secretário de Estado anuncia novas obras em zona "crítica" de Castelo de Neiva

14 Janeiro, 2012 - 10:28

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A Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN) vai avançar durante o primeiro semestre de 2012 com duas novas obras de consolidação costeira em Castelo de Neiva, Viana do Castelo, orçadas em cerca de 900 mil euros.

A Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARHN) vai avançar durante o primeiro semestre de 2012 com duas novas obras de consolidação costeira em Castelo de Neiva, Viana do Castelo, orçadas em cerca de 900 mil euros.

"São obras a norte e a sul dos molhes, identificadas como zonas de risco", anunciou hoje o secretário de Estado do Ambiente.

Pedro Afonso Paulo, de visita a Castelo de Neiva, verificou a conclusão das obras de "emergência", para consolidação da duna, entretanto realizadas pela ARHN e que permitiram salvaguardar três habitações que estavam ameaçadas pelo avanço do mar.

Esta intervenção, orçada em cerca de 190 mil euros e classificada pela ARHN como de "emergência", arrancou a 11 de novembro e decorreu durante 40 dias e envolveu a criação de uma proteção frontal com enrocamento de pedra, com mais de quatro toneladas, numa extensão de 80 metros.

"Permitiu salvaguardar as três habitações em risco", através de uma "solução robusta, capaz de conter o avanço do mar", descreveu a ARHN.

De visita ao local, Pedro Afonso Paulo anunciou a intenção de lançar mais duas obras naquela zona, de reabilitação e manutenção de esporões, a norte e a sul, espaços atualmente "degradados", numa "zona critica", conforme descreveu a ARHN.

"Estamos a estudar a intervenção e é nossa intenção avançar no primeiro semestre. São obras orçadas entre 800 a 900 mil euros e que vão decorrer durante cerca de 10 meses", acrescentou o governante.

Além de Viana do Castelo, o secretário de Estado do Ambiente passou ainda por Moledo, Caminha, onde anunciou que até ao início do segundo trimestre deverá arrancar outra intervenção de consolidação e restauro do cordão dunar, também parcialmente destruído pelo mar.

A recuperação "duradoura" da duna de Moledo, Caminha, avaliada em 337 mil euros (mais IVA), envolverá métodos inovadores para "mitigar o impacto paisagístico", segundo fonte da ARHN.

Esta situação acontece praticamente em frente ao Forte da Ínsua, alguns metros a norte do local onde em fevereiro uma situação semelhante ameaçou um moinho convertido em habitação.

A água esteve perto de outras habitações, além de ter destruído um guarda-corpos do paredão em cerca de trinta metros.

A intervenção que será realizada em 2012, cujo projeto é da autoria do especialista Veloso Gomes, prevê "três ações diferentes, mas complementares", a começar pelo "tamponamento do topo da estrutura da defesa", com a colocação de betão ciclópico na extremidade Norte da estrutura aderente construída nos anos 40 do século passado.

Será realizada ainda a reconstituição da duna, "dotando-a de um núcleo artificial resistente", uma ação descrita como "inovadora" e que consiste na "colocação de tubos de geotêxtil de grande dimensão", entre os três e os sete metros, de cor amarela ou ocre, preenchidos com areia e capazes de reter o material sedimentar.

"Serão colocados perto da arriba ao longo de cerca de 330 metros e deverão ser cobertos de areia de forma a mitigar os impactes paisagísticos", acrescentou.

Prevê ainda deposição de areia entre a zona entre-marés e o cordão dunar, "reconstituindo um perfil próximo do anteriormente existente".

Segundo Pedro Afonso Paulo, o ministério do Ambiente está a "monitorizar" um total de 16 pontos críticos da costa portuguesa e entretanto já fez aprovar candidaturas a fundos comunitários para dez intervenções.

FONTE: LUSA

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