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Alto Minho

Russos estendem proposta pelos estaleiros de Viana até março

5 Fevereiro, 2013 - 08:53

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O grupo russo RSI Trading confirmou o prolongamento por mais um mês da validade da proposta vinculativa para compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas admite “preocupação” com a “degradação” da empresa.

O grupo russo RSI Trading confirmou o prolongamento por mais um mês da validade da proposta vinculativa para compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mas admite “preocupação” com a “degradação” da empresa.

O representante em Portugal do grupo russo afirmou à agência Lusa que a RSI Trading “estendeu até ao início de março” a “validade” da proposta formalizada em novembro de 2012, e que entretanto expiraria, sublinhando que a nova data “não é um prazo-limite”.

“Estamos na corrida e vamos continuar. Mas esta incerteza não é nada positiva e vemos com preocupação a degradação das condições da empresa e da força anímica dos trabalhadores”, explicou Frederico Casal-Ribeiro.

Esta prorrogação foi apresentada ao Governo há cerca de 15 dias e o representante do grupo russo admite que, “do lado do Estado português, é preciso saber se as condições do negócio se mantêm”.

A agência Lusa tentou obter uma posição sobre a eventual prorrogação da validade da proposta apresentada pelos brasileiros da Rio Nave, mas sem sucesso.

Além do impasse no processo de reprivatização, que deveria ter sido concluído em dezembro, a preocupação prende-se com o contrato rubricado em 2011 entre os ENVC e a empresa de petróleos da Venezuela, por 128 milhões de euros, e que deverá ser “renegociado” pelo governo português com as autoridades de Caracas, segundo o grupo russo.

Em novembro foram selecionados para a última fase da venda dos estaleiros, com propostas vinculativas de compra de 95% do capital social da empresa, dois grupos, de capitais russos e brasileiros.

O processo ficou entretanto parado devido a pedidos de esclarecimento apresentados pela Comissão Europeia ao governo português, alegando dúvidas na atribuição de apoios estatais aos ENVC entre 2006 e 2010.

Além de garantirem uma solução para o ferryboat “Atlântida”, construído nos ENVC e rejeitado pelo Governos dos Açores, o grupo RSI Trading admite que a empresa, hoje com 625 trabalhadores, poderá a breve prazo ultrapassar a casa do milhar.

“Os estaleiros já tiveram mais de mil trabalhadores. Penso que esse número pode facilmente vir a ser de novo alcançado no médio prazo. É uma consequência normal do aumento do nível de encomendas e da produtividade”, afirmou, em 2012, Frederico Casal-Ribeiro.

Lembrou que a RSI Trading “conta” com os atuais trabalhadores dos ENVC, até porque, “aumentando a capacidade produtiva dos estaleiros”, será “uma consequência natural aumentar a mão-de-obra e os níveis de empregabilidade”.

Em caso de vitória neste negócio, o grupo russo pretende avançar com um plano de modernização para permitir “um aumento da produtividade e competitividade dos estaleiros”, reconhecendo, por outro lado, “o elevado ‘know-how’ dos trabalhadores”.

A empresa RSI Trading integra a Corporação Financeira da Rússia, do magnata Andrei Kissilov, e a entrada no concurso da reprivatização dos ENVC insere-se nos planos de expansão do grupo.

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