Os primeiros sinais são de pouca lampreia no rio Minho. O registo foi avançado ao Jornal de Notícias (JN) pelo presidente da Associação de Pesca Profissional do rio Minho e Mar, Augusto Porto.
Consequência evidente desta escassez, os preços do ciclóstomo estão ainda muito lá por cima. Oscilam entre os 50 e os 60 euros, segundo aquele responsável.
Para dar a entender o quão escassa e cara está a lampreia, Augusto Porto lembrou ao JN que “no ano passado abriu com a lampreia a 35 euros”. Considerado já um ano caro. Depois o preço disparou devido à escassez.
Para quem possa ainda ter a ideia de que muita chuva e cheias são boas para a abundância de lampreia, Augusto Porto desmistifica.
As fortes chuvas dos últimos dias engrossaram o caudal do rio e isso pode estar a impedir o ciclóstomo de entrar a partir do mar.
“Achamos que o excesso de água doce no mar pode ter influência. Faz com que a lampreia não procure água doce no rio. Neste momento, é água doce a mais”, explicou ao JN.
Quanto ao meixão, o cenário ainda é pior e o pescador teme que possa mesmo não haver pesca este ano.
Recorde-se que a lampreia do rio Minho é uma das iguarias mais apreciadas na zona raiana do distrito de Viana do Castelo. Todos os anos, os concelhos do Vale do Minho dedicam atividades que visam promover o ciclóstomo e a respetiva restauração.
Promoções integradas na iniciativa Lampreia do rio Minho – Um Prato de Excelência. Trata-se de um projeto da ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho, em parceria com os seis municípios do Vale do Minho – Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira -, e que visa a promoção de um recurso local com forte impacto na economia local – a lampreia – tornando o Vale do Minho um destino gastronómico de excelência.
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