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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 2 e 3 de Março

4 Março, 2013 - 12:16

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Finalmente desfez-se o mano a mano mais longo do campeonato principal do nosso futebol, embora a luta a dois se mantenha neste terço final da competição.

Finalmente desfez-se o mano a mano mais longo do campeonato principal do nosso futebol, embora a luta a dois se mantenha neste terço final da competição. O dragão de pouca chama ficou-se pelo nulo em Alvalade, onde o leão até poderia ter conseguido feito mais proeminente, aproveitando a águia para voar mais alto e de lá ficar a mirar para baixo o dragão perseguidor. Sofreram muito os benfiquistas em Aveiro, mas a vitória magra e algo controversa acabou por fazer esquecer o afastamento do penta na Taça da Liga. A jornada trouxe luta mais animada ainda pelas provas europeias e resta ainda saber até que ponto a vaidade dos arsenalistas não perturbará a prestação em Olhão. Assim, vale a pena ter campeonato e prolongá-lo nestas indecisões, bem até perto do seu término.

Cá entre nós, tal como previsível, o Courense aproveitou a folga do Valenciano e reconquistou, melhor, retomou a liderança à custa do vizinho e rival Campos que não resistiu muito ao ímpeto dos courenses. É certo que esta retoma se deveu à impossibilidade do Valenciano pontuar pela sua folga, sendo que o Courense irá ter a sua pausa também em breve, mas o certo é que há que conquistar os pontos e estes três já moram nas contas dos pupilos de Quim Zé, ontem a comandar desde a bancada.
Em Coura, a equipa local não precisou de sofrer demasiada ansiedade para chegar à vantagem e ampliá-la por três vezes, numa partida plena de picardias com o “imigrante” João Matos a chegar tarde ao campo mas ainda a tempo de exibir os seus vermelhos, pelo menos três vezes e mais uma equivalente, tendo esta como alvo o Presidente dos forasteiros, bem como apontar dois castigos máximos, conferindo ao encontro uma carga emotiva bastante acentuada.
Os principais perseguidores da dianteira acabaram por triunfar, com mais ou menos dificuldades e assim se manterem inalterados os três lugares de Neves, Cerveira e Correlhã, tendo-o feito, os primeiros e o último à custa dum único golo, sendo no caso do Neves uma marca já habitual e consagrada a das vitórias magras, esta conseguida frente ao Távora, ao passo que os cornelianos derrotaram a lanterna vermelha, Vila Franca, enquanto os da vila das artes se desvencilharam com facilidade dos Vitorinos de Piães por quatro a um, de que apenas se tornou mais moroso o surgimento do primeiro tento, único ao intervalo.
Três empates constituíram o desfecho das três partidas restantes, entre as quais a de Moreira do Lima/Vila Fria, com um golo para cada lado, na segunda metade, que assim, a par de Campos, se mantém em lugares de aparente tranquilidade. Igual desfecho aconteceu no Castelense/Bertiandos, com os golos a surgirem na etapa complementar, enquanto no Lanheses/Paçô as emoções foram mais alargadas, desde logo porque a igualdade foi a três, com o visitantes a dominarem a segunda parte e recuperarem a desvantagem de dois golos que tinham ao intervalo. Em face desta onde empática, nada se alterou na parte final da tabela pelo que se continuam a manter as expectativas para daqui a quinze dias.

Na divisão secundária, o líder Darquense não facilitou em Moreira onde triunfou por três a um e manteve o avanço pontual ao Atl. Arcos, que ontem “madrugou” na marcação do único golo ao directo concorrente, Perre, precavendo-se depois ao longo da partida. Claro que da derrota do conjunto vianense tirou benefício o Lanhelas que, embora pela diferença mínima, já que sofreu um golo na segunda metade, venceu em casa da lanterna vermelha Gandra e voltou ao último degrau do pódio, tornando esta fase muito animada, pois vêm aí duelos de gigantes, à medida da divisão.
Pelo Vale, além da derrota do Moreira, houve dérbi no Areal, com partida disputada taco a taco (embora no pelado), entre Raianos e Castanheira, com um triunfo suado dos locais já no “lavar dos cestos” e quando o nulo pairava na mente de todos os presentes. Os três pontos permitem aos monçanenses continuar o sonho em acalentar esperanças de eventual entrada na discussão da promoção, mas a derrota mantém o Castanheira quase a par de Moreira, relativamente próximos na véspera de se defrontarem. Claro que ambos têm já ali pela beira o Chafé que ontem bateu o Caminha por dois a zero e saltou para o antepenúltimo posto, em troca com as Águias do Souto que mais não conseguiram que uma igualdade a uma bola, em seu domicílio, perante os vizinhos de Arcozelo, tendo estes últimos perdido as últimas expectativas e sido mesmo ultrapassados pelo conterrâneo Fachense em resultado do triunfo sobre os vizinhos de Donas, que assim não conseguiram saltar para a metade superior da escada classificativa.

Passemos agora pelo nacional, cuja penúltima ronda deixou ainda as definições sobre os dois lugares da primeira parte e o que será directamente despromovido, a decidir entre Marinhas/Maria da Fonte/Taipas. E deste trio resultou que aquele que estava em pior situação é agora o mais beneficiado para se manter, pelo menos mais algum tempo. Trata-se do Caçadores de Taipas que fez caça grossa na capital do distrito vianense, ganhando o encontro graças a um golo na etapa complementar, colocando-se a si próprio em posição privilegiada, mas provocando enormes estragos ao adversário. Com a derrota, inesperada, o Vianense saiu da zona de conforto e caiu para lugar fora de manutenção, embora ainda falte muito e a esperança na recuperação do posto manter-se-á intacta.
Ora, se é verdade que a tragédia de uns é sorte doutros, os grandes beneficiados da derrota caseira do Vianense foram o Ronfe, que voltou ao segundo posto após triunfo esmagador em Melgaço, onde conseguiu novo recorde da prova, com a dúzia de golos enfiados aos jovens melgacenses, e a Santa Maria que despachou o Marinhas, sem apelo nem agravo, por três a zero, bem como o líder Bragança, agora ainda mais folgado e vencedor desta fase, que não vacilou perante a Maria da Fonte, infligindo-lhe dois golos e colocando-a em situação muito débil para a jornada derradeira.
Restam-nos dois encontros entre “condenados”, apenas com a pequena particularidade de encontrar o titular da lanterna vermelha, entregue, definitivamente no que a esta fase respeita, ao Desportivo de Monção, não obstante o Esposende ter sido derrotado no seu campo por três a um frente ao Merelinense, pois os monçanenses também não foram capazes de evitar mais uma derrota, num dérbi alto minhoto com o Ponte da Barca. Os da terra de Deuladeu ainda estiveram em vantagem ao intervalo, mas o reinício foi arrasador por parte dos barquenses, com três golos em curto espaço de tempo e a reacção local apenas conseguiu encurtar a diferença para a mínima, sendo certo que ainda surgirão mais dois confrontos entre ambos nos próximos dias, com o interesse único de preparar a próxima época.

A finalizar, no Inatel, as coisas também não correram de feição ao Longos Vales, pois não conseguiu desvencilhar-se do Cepões, como seria sua intenção e maravilhoso, e do mal, o menos, que conseguiu evitar o prejuízo total já perto do fim do jogo, conseguindo repor a igualdade à desvantagem do intervalo. É que o seu mais directo seguidor, Adecas, não facilitou e despachou o Deucriste com três golos, reduzindo o fosso de separação aos sanjoaninos para apenas um ponto. Em abono dos monçanenses, a vitória do Cabaços sobre o potencial candidato Anais, reduzindo assim as esperanças a este conjunto limiano, tal como o empate imposto pela lanterna vermelha, Gárcea, em sua casa, frente ao Calheiros. Em suma, o Longos Vales continua a depender exclusivamente de si próprio e teve dupla ajuda extra. Mas dois empates consecutivos… reduziram as hipóteses e tornam obrigatória a inversão destes resultados.
O Limianos também não garantiu, matematicamente, a manutenção, após a derrota sofrida nos Barreiros frente a um Joane altamente necessitado de pontuar, mas é bem provável que a confirmação surja já no próximo fim-de-semana para garantia de algum representante vianense nos nacionais, após a complicação ontem averbada pelo clube da capital do distrito.

Esta efervescência competitiva entre nós abrandará ligeiramente, embora a Taça seja bom substituto, regressando, de novo e em força, para mais duas rondas antes da Páscoa.

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