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Viana do Castelo

Regresso “histórico” das touradas a Viana leva organização a confirmar nova corrida em 2013

20 Agosto, 2012 - 07:44

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Os promotores da corrida de touros realizada, este domingo, em Viana do Castelo, que contou com mais de 2.300 espetadores, afirmaram que foi um “dia histórico” e que o evento vai regressar em 2013.

Os promotores da corrida de touros realizada, este domingo, em Viana do Castelo, que contou com mais de 2.300 espetadores, afirmaram que foi um “dia histórico” e que o evento vai regressar em 2013.

“Hoje é um dia histórico porque foi reposta a legalidade em Viana do Castelo e não vai ficar por aqui. No próximo ano estamos cá outra vez”, afirmou à agência Lusa José do Carmo Reis, da comissão executiva da federação “Prótoiro”, que organizou a corrida.

No total terão assistido à corrida mais de 2.300 pessoas, perante um protesto, a cerca de 50 metros da arena, que reuniu cerca de 300 pessoas e obrigou à intervenção da PSP para evitar confrontos físicos entre aficionados e manifestantes.

“Lamentamos o cenário que aqui foi montado, mas o importante é que hoje caiu a Catalunha portuguesa, desmistificado para o resto do país o que se passava em Viana do Castelo”, sublinhou José do Carmo Reis.

Envergando cartazes com expressões como “Tortura não é arte nem cultura” ou “Tourada só na cama”, os manifestantes, de várias origens e idades, não se cansaram também de gritar “vergonha” a cada “olé” que se ouvia do interior da arena.

Entre os manifestantes estava o ex-autarca Defensor Moura, que em 2009 fez aprovar no executivo municipal a declaração de Viana do Castelo como cidade “antitouradas”.

“É um dia triste mas o que se passou hoje só serve para nos dar mais força. Estou convicto que Viana do Castelo continuará a ser uma cidade antitouradas”, admitiu.

A corrida de domingo permitiu o regresso do cavaleiro António Ribeiro Telles a Viana do Castelo, cerca de uma década depois.

“Estou muito satisfeito, recordo-me quando cá vinha com o meu pai, mas não admito que estas pessoas [manifestantes] venham aqui insultar-me. Hoje chamaram-me nomes como nunca antes me tinham feito e eu exijo respeito”, afirmou o cavaleiro à agência Lusa.

Além de Ribeiro Telles, a tourada, que se iniciou depois da 17:00, contou com a presença de Luís Rouxinol, Pedro Salvador, Duarte Pinto e João Telles Júnior, bem como o matador de touros Luís “Procuna”.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga viabilizou esta tourada ao dar cinco dias à organização para se pronunciar sobre os argumentos do município no recurso que este apresentou.

Na prática, esta decisão permitiu a realização da tourada, na freguesia de Areosa, apesar de a câmara insistir que a instalação daquela arena amovível, para 3.300 pessoas, foi feita em terrenos de “elevado valor paisagístico”, numa “violação grave” do Plano Diretor Municipal (PDM), da Reserva Ecológica Nacional e do Plano de Ordenamento da Orla Costeira.

Além disso, a Câmara, liderada por José Maria Costa, mantém a declaração, aprovada em reunião de câmara a 27 fevereiro de 2009, de “antitouradas”, ou seja não autorizando a realização de qualquer espetáculo do género em terrenos públicos ou privados.

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