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Viana do Castelo

REFER prevê testes na ponte Eiffel este verão para corrigir buracos no piso

16 Maio, 2012 - 16:48

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A REFER admite realizar, no verão, “ensaios e testes” no pavimento rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo, previstos desde outubro do ano passado, mas ainda por concretizar devido às condições atmosféricas.

A REFER admite realizar, no verão, “ensaios e testes” no pavimento rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo, previstos desde outubro do ano passado, mas ainda por concretizar devido às condições atmosféricas.

A informação foi transmitida hoje à Agência Lusa por fonte oficial daquela empresa pública, que associou a necessidade de a operação, justificada com a degradação do piso daquela travessia, decorrer com “bom tempo” e “determinadas temperaturas”, além da obrigatória ausência de humidade.

“Sob pena de inviabilizar os testes ao novo material que pretendemos realizar, condicionando os resultados desses testes. Temos tudo pronto para fazer essa operação no próximo verão”, explicou a mesma fonte.

A informação surge depois de a autarquia de Viana do Castelo ter solicitado informação à REFER sobre a intervenção no degradado piso rodoviário da ponte Eiffel.

“Está previsto realizarem-se ensaios no pavimento do tabuleiro rodoviário da ponte Eiffel com vista a definir uma alternativa eficaz à solução aplicada e que garanta um melhor desempenho nas condições reais de circulação”, lê-se na resposta enviada pela REFER à Câmara de Viana do Castelo.

No documento, a que a Agência Lusa teve hoje acesso, a empresa assume que estes ensaios, com um novo tipo de piso em alternativa ao atual, que se encontra totalmente esburacado, chegaram a estar agendados para outubro passado.

“No entanto, e devido às previsões meteorológicas, que estimavam aguaceiros, tiveram que ser cancelados. Apesar de neste inverno ter ocorrido pouca precipitação, pelo facto de as temperaturas terem estado bastante baixas, considerou-se que não estavam reunidas as condições necessárias para executar os ensaios de forma credível”, explicou a fonte.

Nesta resposta, a REFER garante, ainda, que quando a “temperatura aumentar, estarão reunidas as condições para a execução destes ensaios”.

O objetivo passa por “realizar ensaios e testes no pavimento rodoviário da Ponte Eiffel, com aplicação de soluções, em estudo, em determinados módulos do tabuleiro”, operação que deverá desenrolar-se durante uma semana, obrigando a constrangimentos na circulação automóvel.

O tabuleiro rodoviário é da responsabilidade da REFER e desde 2007, altura em que foi alvo de uma grande intervenção de reabilitação de 15 milhões de euros, que os problemas no piso persistem, com vários buracos e o piso descascado.

“Embora com adequadas características técnicas para a função pretendida, [o piso] veio a revelar um deficiente comportamento, com fissuração e descolamento em algumas zonas. Com o objetivo de reparar as deficiências, a REFER recorreu à garantia técnica de obra, tendo o empreiteiro reposto, por duas vezes, uma camada de desgaste do pavimento”, explicou a empresa.

Admite que, quase cinco anos depois, “o problema persiste” e por isso, para “determinar as causas de tal comportamento anómalo e encontrar uma solução para o mesmo”, solicitou à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) “um estudo, análise e ensaio de caracterização daquele material”.

“Identificando possíveis erros de aplicação ou a sugestão de outros materiais para a camada de desgaste, caso o aplicado se revelasse, de todo em todo, incompatível com o tipo de tráfego da ponte”, acrescentou a fonte.

Com o conhecimento das conclusões do estudo, “espera a REFER estar em condições de calendarizar as intervenções que se entenderem por convenientes”, concluiu a fonte.

Com 133 anos de existência, a ponte Eiffel de Viana do Castelo chegou a fechar à circulação, totalmente, durante 21 meses, para vários trabalhos de reabilitação da estrutura e pilares.

No fim da operação, o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino, admitiu que a ponte estava em condições de resistir “mais cem anos”.

A travessia sobre o rio Lima está classificada como Património Municipal, sendo única no país devido à existência de tabuleiros sobrepostos – permitindo o trânsito ferroviário no inferior e rodoviário no superior – e dos “cotovelos” nas duas margens.

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