O número de refeições sociais servidas pela Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, aumentaram no último ano 88 por cento devido à crise, anunciou o responsável pela instituição.
Segundo o padre Artur Coutinho, o refeitório social daquela paróquia servia em 2011 cerca de dez almoços gratuitos por dia, mas a crise obrigou à ampliação das instalações e ao reajustamento do protocolo com a Segurança Social.
A instituição passou a servir 72 refeições diárias gratuitas, entre almoços e jantares, mas hoje, um ano depois, são mais de 130.
“Registamos um aumento superior a 88 por cento nos almoços e jantares que estamos a servir. São entre 130 a 140 por dia”, explicou o pároco, reconhecendo que o apoio da Segurança Social já não é suficiente para os pedidos que a instituição recebe.
“É muita refeição por dia. Temos tido pessoas da aldeia que nos trazem alimentos e recebemos de donativos de outras pessoas, porque as refeições são gratuitas”, recordou ainda.
Por cada utente, com 30 almoços e 30 jantares por mês, a Segurança Social paga à instituição 206,60 euros mensalmente.
“Começamos a ficar um pouco sufocados com a situação”, admitiu o pároco.
Entre os utilizadores do refeitório social da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima contam-se “muitos casos” de “pobreza envergonhada”, que preferem levar as refeições para casa.
“Mas temos também muitas situações de toxicodependentes, pessoas que vivem sozinhas e outras que não estão integradas na sociedade e que recorrem aos nossos serviços”, sublinhou o padre Artur Coutinho.
Ao abrigo de protocolos celebrados nos últimos meses com a Segurança Social, também a Santa Casa da Misericórdia e a Casa dos Rapazes, na cidade de Viana do Castelo, servem refeições sociais aos mais carenciados.
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