Os pescadores do rio Minho declararam, na safra da lampreia deste ano, quase 20.000 capturas, um aumento face a 2011 que não reflete o período de seca que afetou o caudal daquele curso de água internacional.
Segundo os números provisórios avançadas hoje à Agência Lusa pela Capitania de Caminha, os cerca de 350 pescadores portugueses que operam no rio Minho com 215 embarcações declararam a captura de 19.846 lampreias entre 01 de janeiro e 21 de abril.
Na safra de 2011, essas capturas declaradas pelos pescadores nacionais às autoridades marítimas ascenderam a 18.173.
“Houve um período de maior quebra durante a safra, fruto do caudal do rio. Mas depois melhorou, já para o final”, explicou o comandante da Capitania de Caminha, Mamede Alves.
Aquela Capitania é responsável pela fiscalização da atividade ao longo do rio Minho, que através de embarcação só é permitida ao longo de 35 quilómetros, entre Caminha e Monção. No troço até Melgaço, é apenas permitida a utilização de pesqueiras.
O “reduzido” caudal que o rio apresentou no primeiro trimestre do ano chegou a levar a Capitania a admitir efeito na quebra de capturas que então se registava, tendo em conta que “por haver menos água doce a ser descarregada no mar, diminuindo assim o efeito de chamamento da espécie na foz” e como tal com “menos lampreia a subir o rio, para desovar”.
“Os números que temos de 2012 indicam um aumento das capturas, declaradas, e que os pescadores têm de cumprir. A questão é saber se aquelas que não são declaradas, porque não conseguimos controlar tudo, não terão descido, mas não temos forma de saber”, admitiu Mamede Alves.
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