“Prolongamento” referente ao fim-de- semana desportivo de 27/28 de Maio

Tal como era expectável, o Benfica lá conseguiu a dobradinha ao derrotar o Guimarães, nuns tangenciais dois a um, em pleno Jamor e arrebatou a vigésima sexta Taça de Portugal. Desta forma, os encarnados tiveram um corolário de época em apoteose e de forma “abençoada” pois lá diz o velho rifão que “Taça molhada é Taça abençoada”. Ou, por oposição, foram as lágrimas abundantes dos rivais a despedir-se da mesma época de desilusão, frustração e fracasso, embora a procurem justificar com atenuantes erros arbitrais e polémicas decisões de órgãos directivos e disciplinares. É facto que a época, nestes aspectos, foi, de longe, a mais marcante, pela negativa, mas este não é propriamente o momento desse balanço senão de felicitações ao Benfica que, com ou sem auxílios fora das quatro linhas, ainda foi o mais regular e soube gerir de forma menos emotiva e mais racional, menos retórica e mais empenhada e concentrada nos objectivos, donde a Vitória, do Rui do mesmo nome e do clube, acabam por ser inteiramente merecidas. Parabéns, Benfica e agora será só aguardar pelo novo confronto entre estes dois emblemas que ontem se despediram, em nome dos profissionais, no Jamor, e lá para inícios de Agosto se reencontrarão para abertura de nova época que, para não fugir à regra, vai manter as polémicas, acrescida pelo designado sistema de vídeo-árbitro que, pela aragem do que se viu neste jogo da final, não permitirá a marcação de tão elevado número de grandes penalidades, pelo menos favoráveis aos encarnados. Aguardemos.
Ah, entretanto, fez-se justiça, pois seria erro monstruoso Samaris não jogar a final, tão-somente pela ideia magistral dalgum iluminado vir, após o campeonato cessar e na véspera dum jogo tão importante, trazer a lume um soco dado já no longínquo 9 de Abril, antecipando numa semana o castigo severo que vai ter a partir de agora, o equivalente a um mês sem jogar numa praia paradisíaca algures. Cuidavam que já estava esquecido? Sem comentários…
Cá entre nós e embora se não tenha disputado a derradeira jornada de ambas as divisões, na principal e por antecipação, despediram-se Castelense e Valenciano, em partida atípica com nove golos, num triunfo tangencial (cinco a quatro) dos anfitriões que disputarão a nova época na divisão secundária, enquanto Chafé e Neves acertaram as contas nos dezoito minutos em falta, suficientes para os forasteiros ainda conseguirem mais dois golos, alterando o triunfo para zero a três.
Já na divisão secundária se assistiu também, por antecipação, às despedidas da lanterna vermelha, Longos Vales, que concluiu a sua prestação total sem ter saboreado um triunfo que fosse, já que foi vergado pelo Melgacense, em um a dois, que possibilitará ao conjunto de Inês Negra terminar a competição em quarto lugar, aquém do objectivo pretendido. Por outro lado, ficou concluída a jornada penúltima com empate em dois golos no duelo e dérbi entre Cardielense e Darquense, ficando ambos alojados por meados da tabela.
A conta com a manutenção há ainda diversos conjuntos por Portugal Prio, sendo que, na primeira mão duma primeira eliminatória, os “nossos” transmontanos ficaram em condições de poderem discutir o apuramento no jogo de volta, mormente o Mirandela que saiu de Carapinheira sem marcar, é certo, mas também sem sofrer, e ainda o Bragança, não obstante ter sido derrotado em Angra do Heroísmo, por golo solitário que poderá remontar no nordeste, em sua casa. Em vantagem mínima, por um golo, vai o Gouveia até ao domicílio do Atlético, sendo melhor a do Tourizense, pois levou de vencida na recepção ao Aljustrelense, por dois sem resposta.
Entre os ainda profissionais e aspirantes a esse estatuto, partem em vantagem os primeiros, já que o Ac. Viseu venceu na recepção ao Merelinense, por dois a zero, enquanto o Leixões foi ganhar a Praia da Vitória, embora por um só golo, mas sempre vantajoso.
Mantendo-nos pelo futebol mas nos escalões ditos de formação, começamos por assinalar o título de campeão nacional de Juniores por parte do Sporting, para o que bastou empate em um golo na deslocação ao rival Porto, pois o Guimarães também se ficou por empate na deslocação ao Rio Ave, este em dois golos para cada lado, mantendo-se ainda a decisão para a derradeira ronda no terceiro conjunto a despromover, para o qual há ainda cinco candidatos, prometendo uma jornada final escaldante.
No congénere escalão distrital, os quatro conjuntos que jogaram na condição de anfitriões atingiram as meias da prova, embora houvesse necessidade de recurso à lotaria das penalidades em dois deles: na final antecipada, Vianense/Barroselas, após empate em um, e seis cinco a favor dos da capital de distrito; no Ponte da Barca/Neves, após igualdade em três golos, tendo os locais convertido o mesmo número em penalidades, mais uma que o adversário, de fraca pontaria. Correlhã, por dois a um, frente a Ancorense, e Limianos, por dois, diante do Lanheses são os outros apurados para as meias, marcadas por outra final entre Vianense e Limianos, uma vez mais na cidade capital, sendo outro encontro no Municipal da Correlhã.
Com os Juvenis em continuidade na divisão principal, mantendo-se acesa a luta pela permanência, já que o Vianense há muito garantiu o título, despediram-se os Iniciados secundários (salvo conclusão do Desportivo. Monção/Moreira), tal como a fase regular do Torneio com o apuramento de Meadela, após vitória no campo da Cruz, defrontando o Limianos, na final.
Em Futebol de Sete, a antepenúltima ronda definiu o trio de campeões em Infantis, juntando Barroselas, da série B e Atl. Arcos, da série C ao Ancorense, já campeão da A, que perdeu os dois primeiros pontos da temporada com o empate em cinco golos na recepção ao Areosense. Contrariamente, em Benjamins continuam por decidir os dois vencedores, tal como mais dois entre os mais novos (2007) já que apenas a Perspectiva o conseguiu, na Série A.
Dois apontamentos finais para outras tantas modalidades. Em Futsal, tal como se antevia, Benfica e Sporting atingiram as meias-finais, ao segundo jogo, tendo-o conseguido ainda o Braga, embora com recurso à “negra”, onde afastou o Fundão, por expressivos oito a dois, contrastando com a derrota, na véspera e no mesmo recinto. O quarto semifinalista é o Modicus que, também no recurso ao terceiro jogo, afastou o Belenenses que havia conseguido empatar a eliminatória com triunfo no segundo jogo.
Por cá, Lavradores também fez uma espécie de dobradinha, juntando ao Campeonato a Supertaça conquistada frente ao Anha, por tangencial dois a um, prosseguindo os Torneios Extraordinários de Juniores Masculinos, ainda sem vencedor à vista, tal como a Série B de Seniores Femininos onde falta apurar o adversário do Limianos, há muito apurado na A.
Finalmente stiques em actividade louca, como loucura foi o jogo entre o ex-líder Oliveirense e o Porto, concluído com empate em seis golos, sem falta evitável de muita polémica e confusão, mantendo-se a luta pelo título aberta a ambos e obviamente extensiva ao novo líder, Benfica, que infligiu derrota na recepção à Sanjoanense, praticamente despromovida, numa situação também previsível para Valença HC, batido em Barcelos, por cinco a dois, embora ainda estivesse em “graça” com vantagem de um golo ao início da etapa complementar. Está complicada a posição dos valencianos, tanto mais que a Candelária foi ganhar a Riba D’Ave, ficando este par com mais dois pontos na entrada das três rondas finais, podendo ser favorável aos “nossos” o facto de disputar dois jogos no seu recinto.
Uma coisa é certa, nesta divisão principal – faltam três jornadas de enorme expectativa e grandes decisões, quer pelo título, com um clássico Porto/ Benfica já a seguir, quer na despromoção, onde só a Sanjoanense terá destino traçado, contrariamente à divisão secundária, onde na penúltima ronda tudo ficou esclarecido. O campeão Braga segue invencível para a despedida, após triunfo com goleada em Paços de Ferreira, tendo adquirido direito à eliminatória o Infante de Sagres com esse triunfo na recepção ao Famalicense de pouco ou nada valendo a goleada imposta pelo Espinho ao Gulpilhares. Opostamente e não obstante a derrota caseira, por um a cinco, diante de Cambra, Vila Praia mantem-se na divisão, já que a expressiva derrota, em dez a um, da Escola Livre, nos Carvalhos, despromoveu a equipa de Azeméis, que acompanha Taipas e Pessegueirense, ficando a última jornada para cumprimento de calendário.
Já pela nossa parte, esperamos estar de volta completa no próximo, após abrandamento no presente, não para cumprir ritual, pois, se mais não houvesse, teremos um campeão para encontrar. Disso falaremos, mais em pormenor, na Sexta-feira a findar esta semana de grande ansiedade, por cá e por fora, mormente pela expectativa na final da Champions, para vermos o desempenho de Ronaldo e outras vedetas.