“Prolongamento” referente ao fim-de-semana desportivo de 12/13 de Novembro

São Martinho fez uma aparição pela ronda do fim-de- semana, mais concretamente no Domingo, trazendo um pouco do seu Verão a uma jornada acalorada, já que recheada de dérbis, prevendo-se e confirmando-se bem quentinha, para não dizer mesmo efervescente. Dá impressão que castanhas e vinho não faltaram, mas os golos e sobretudo os “casos picantes” também se fizeram aparecer para gáudio de uns e amargura de outros. É sempre assim, mas, desta vez, houve factos, que, com probabilidade elevada, reportarão consequências. Falemos daqueles, porque já ocorridos, e esperemos pelos desfechos.
Na divisão de honra vianense, o líder Arcos não dilatou a vantagem para a concorrência por culpa da barra da baliza do 1º de Janeiro que impediu, em plena compensação, a conversão de grande penalidade que desfaria a igualdade em um golo com que terminou a partida em Campos. A vantagem tangencial dos arcuenses, referente à primeira metade, foi anulada no decurso da complementar por banda dos locais, e pela igualdade haveria de terminar este jogo, com a manutenção da liderança pela mesma margem, já que a Correlhã concluiu o encontro caseiro perante o Castelense, com o mesmo resultado, e também com os anfitriões em desvantagem ao intervalo, tal como por empate se ficou a partida entre Arcozelo e Vitorino de Piães, embora este dérbi limiano não tivesse registado qualquer golo.
Estes foram os três empates da jornada, registando-se ainda dois triunfos caseiros, um dos quais favorável ao líder, no encontro de alta voltagem nas Neves onde em partida electrizante, com cinco golos, os locais acabaram por marcar mais um que o Cerveira, na primeira metade, já que na segunda houve empate em dois golos, com os da vila das artes a marcá-los primeiro, sendo o segundo, de grande penalidade, já no dealbar dessa partida frenética em que os anfitriões ainda haveriam de dar a cambalhota, relegando, por ora, os cerveirenses para fora do pódio. A outra vitória caseira foi do Lanheses, também em grande plano, que manteve o Vila Fria na lanterna vermelha, vergado a meia dúzia.
Ora, se a Matemática não falha, a ronda teve três vitórias para forasteiros. Enquanto emblema do “nosso” Vale, saudamos o triunfo do Courense, no Monte Aval, por dois a zero, diante do Távora, que serviu, inclusive, para juntar os dois conjuntos na tabela e possibilitar um pouco de oxigénio aos courenses; registamos também a vitória do Vianense em Chafé, com um golo isolado, mas quiçá precioso para os da capital se não distanciarem em demasia da dianteira e constatamos o primeiro triunfo do Valenciano em terras de Deuladeu, certamente muito saboroso para os valencianos, mas altamente penalizador e comprometedor para os da terra de Deuladeu que, decididamente, não conseguem oferecer uma vitória caseira aos adeptos, e nos quais se compreenderá já alguma falta de paciência, para não falar de esperança. Se perdesse, o Valenciano manter-se-ia no precipício; com a vitória iniciada na primeira metade, com um só golo, e restaurada na etapa segunda através de grande penalidade, poucos minutos depois do empate local, é o Desportivo que se obriga a acautelar para se livrar de entrada no “buraco”, tanto que vem por aí jornada complicada e contará com menos dois atletas, por também em encarnados sofreu dois contra um do Valenciano.
Na divisão secundária, os dérbis, sobretudo estes, contribuíram para distanciamento de Melgacense, enquanto líder, e Ancorense, como mais atrevido na perseguição, que até poderá ultrapassar aquando da folga dos da terra de Inês Negra. Ambos se desvencilharam nos dérbis, embora com maior dificuldade o Melgacense, já que o Moreira só foi batido por um golo e deu réplica abundante, ao passo que o Ancorense ganhou aos maiores rivais, do outro lado da estrada, Âncora Praia, por três a um, e já dista, pelo menos, meia dúzia de pontos à concorrência agrupada em bloco. Neste bloco, a rondar a dúzia de pontos, mantém-se o Moreira de Lima, apesar da folga, já que os cinco imediatos não conseguiram melhor que empates. Por esse resultado, em um golo cada, se ficaram Lanhelas e Vila Franca, em encontro bem equilibrado e disputado, e bem assim Perre e Anais, mantendo-se no leque da dúzia os limianos, e ainda Bertiandos/Cardielense, com igualdade em dois golos, que possibilita aos vianenses a manutenção na casa dos dois dígitos de pontos, enquanto os das Lagoas estão à beira da chegada a essa cifra.
Do rol dos sete (da dúzia ou proximidade) inclui-se ainda o Darquense que conseguiu a maior diferença na jornada ao “despachar” o Fachense por cinco a um, que não constituiu, porém, o maior número de golos/jogo, pois esse registou-se no dérbi monçanense entre Longos Vales e Raianos com um mano a mano até aos três a três, pese a vantagem inicial de dois a zero dos forasteiros e o desperdiçar de grande penalidade dos anfitriões, mas com mais pujança dos visitantes, na recta final, que ainda averbaram mais dois golos, mantendo os sanjoaninos na cauda da tabela.
O início da descida para a meta, em Portugal Prio, trouxe um misto de esperança e desilusão, já que a lanterna vermelha, Ponte da Barca, apesar de continuar em posse desse título, alcançou o primeiro triunfo diante dos transmontanos de Bragança, por dois a um, afastando-os dos lugares promocionais, mas o Limianos, perdendo no seu domínio, por um a zero, diante do Torcatense, entrou para companhia da Barca, situando-se agora este par vianense nos dois lugares de despromoção, em permuta com Mirandela que levou de vencida os vizinhos de Pedras Salgadas, por três a um.
Na dianteira, Merelinense mantém a liderança com triunfo caseiro magro de golo único diante de Montalegre e a Oliveirense acompanha-os no posto imediato, já que foi à Cruz do Reguengo, vencer o Vilaverdense, também por um a dois, e atrasar este conjunto na luta pelo cimo da tabela.
Duas notas mais soltas ainda pelos futebóis, sendo a primeira para as jogadas de antecipação no futebol profissional, na Ledman Liga Pro, com maior dose de felicidade para Cova da Piedade, pelo triunfo folgado em Fafe, aproveitando também a Académica para lograr os três pontos diante do Leixões, com um golo ainda na primeira meia hora de partida. Já Santa Clara voltou a desaproveitar terreno caseiro ao consentir nulo diante de Freamunde que está próximo de ser apanhado pois a lanterna vermelha, Olhanense, voltou a vencer e desta ocasião o Vizela, a quem atrasa na luta pela dianteira.
Outra nota pela formação nacional, pois embora se tivesse disputado uma ronda completa dos três escalões distritais, assistimos à conclusão da primeira fase de Iniciados e Juvenis, uma fase “sui generis” marcada pelo campeonato a uma só volta. Em Juniores C, ao triunfar na recepção ao Rio Ave, ainda que com um golo único, o Moreirense entrou no lote dos apurados para a segunda fase de subidas, juntando-se ao trio Guimarães, Braga e Famalicão. Já nos B (Juvenis), o Guimarães, como previsível, venceu o Varzim e juntou-se a Braga, Rio Ave e Palmeiras, apurado com o empate em um golo diante do Merelinense.
No Intróito aos “Tamanhos da Bola”, pese a referência ao futebol de formação já mencionado, frisamos em Futsal a deficiente qualidade de piso de alguns pavilhões, que, às primeiras chuvas, ficaram impraticáveis, obrigando a adiamentos de Refoios/ Nogueirense, em Juniores e Piães/ Ponte Barca, em seniores femininos, mantendo-se nesta prova os Limianos na liderança pelo triunfo folgado em Darque, seguido por Castanheira, vencedor no dérbi com Moreira, por oito a três, e de Zona Fut que, tangencialmente, derrotou Deucriste. No jogo grande em Masculinos, Ancora e Amigos de Sá ficaram por empate em três golos, mantendo-se o trio já que Lavradores também empatou diante do Refoios, com mais um golo para cada lado.
Na Liga Sport Zone, o Benfica suou para marcar mais um golo que o Fundão, suficiente para continuar na dianteira, seguido de perto por Sporting, com triunfo caseiro diante do Porto salvo e do Braga que, também no seu pavilhão, venceu, pela normalidade, o Burinhosa.
Finalizando pelos stiques, na divisão secundária, o Infante de Sagres descobriu o caminho da liderança a sós, pelo robusto triunfo nos Carvalhos, já que o Espinho conseguiu dar tantas “picadas” quantas recebidas em troca dos Pacenses e foi agarrado pelo Braga, vencedor no Marco de Canaveses, por cinco a três. Por sua vez, a Vila Praia, no seu rinque, consentiu o primeiro ponto do Pessegueirense, a quem a vitória até escapou por um triz.
Entre os grandes desfez-se o quarteto, com a derrota copiosa, por sete a três, do Sporting em Barcelos, pois o “galo” parece ter acordado, enquanto seguem na frente Porto, que ainda manteve a Candelária lado a lado na primeira metade, contando até quatro, mas descolou na segunda até aos dez, Benfica, com margem também folgada em Tomar e Oliveirense que saiu de Valença com os três pontos e três golos, mas os locais ainda chegaram a dois e ficaram perto da surpresa. Nesta ronda, menção ainda ao triunfo da Juventude de Viana diante do novo primodivisionário Riba D’Ave, sem argumentos para combater os sete locais.
E claro, não poderíamos terminar por hoje sem essa referência ao clube de todos nós pela conquista de mais três pontos rumo ao Mundial, com esses quatro a um diante dos Letões (cuidado, não tem “i”!). Parabéns,
Portugal, agora que já nos passou o susto.