“Prolongamento” referente ao fim-de-semana desportivo de 10/11 de Dezembro

Ainda deve estar para demorar a ressaca do fim-de-semana desportivo e concretamente desse clássico que animou o fim de tarde domingueiro. Nada que não fosse expectável, independentemente do desfecho que viesse a sair desse Benfica-Sporting, de alta voltagem, mesmo que que tudo decorresse dentro da normalidade, quanto mais agora que as decisões arbitrais provocaram picardias e interpretações, obviamente, díspares. Seja como for, estendendo-o para aquém e mormente ante clássico, o fim-de- semana não deixou de ser dos mais emotivos, empolgantes e quiçá dos mais espectaculares em termos de resultados. Tal só foi benéfico para o futebol e modalidades e veio demonstrar a grandeza do desporto como fenómeno de contabilização apenas no final dos jogos.
Animação e emoções foram também o tónico que não faltou, em doses substanciais na jornada undécima do principal campeonato distrital. O líder Arcos, na sua “Coutada”, ia colocando o lugar em risco com o empate consentido diante da Correlhã, que recuperou na etapa complementar a desvantagem da primeira metade, o qual só não complicou mais porque quer Vitorino de Piães na recepção ao Lanheses, onde se registou o mesmo resultado, com ambos os golos a surgirem na etapa derradeira, quer ainda o Cerveira, igualmente no seu ambiente, que nada teve de conforto, melhor não foi capaz que repetir o empate da semana anterior diante do Castelense, com a diferença de nesta partida não se terem visto quaisquer golos. Eis, portanto, três empates entre conjuntos do topo, mantendo-os à distância inicial, embora permitindo a entrada do Vianense no leque, em consonância com o triunfo na passada Quinta-feira frente ao Arcozelo, pela margem mínima e em remontada do golo forasteiro no minuto inicial.
E não entrou também o Neves, que averbou segunda derrota consecutiva, com a agravante desta ter sido na estreia do seu novo “tapete” e perante a turma do Campos, que praticou o brilharete da ronda ao marcar três golos nessa condição de forasteiro, com que superou o par local, aliás numa jornada em que os triunfos caseiros se ficaram pela vitória do Vianense e do Courense, que enfiou uma “manita” à cada vez mais garantida lanterna vermelha, Vila Fria, que não consegue averbar o seu primeiro ponto.
Restam os dois conjuntos da nossa área, com sortes distintas, já que o Desportivo de Monção, apesar de alguns calafrios por culpa própria de não sentenciar a partida, arrancou triunfo em Chafé, com grande penalidade à meia hora de jogo, enquanto o Valenciano, no seu estádio e perante adversário do “seu” campeonato, não foi capaz de segurar uma vantagem tangencial e acabou empatado numa partida emotiva e renhida com meia dúzia de golos. Da desvantagem ao intervalo, por um golo, os locais conseguiram reviravolta até aos três a dois, mas a recta final voltou a penalizar os valencianos que atravessam momento tenebroso, pelo menos enquanto não é reposta a equipa técnica com a saída de Renato Oliveira.
A divisão secundária não fugiu à regra da emotividade desta época e registou inclusive a troca de liderança, em função de nova derrota do Melgacense, com um “mergulho”, em cada parte, nas Lagoas de Bertiandos, em contraste com triunfo precioso do Ancorense em casa do Cardielense, numa partida frenética com registo de sete golos, sendo um a mais para os homens do mar, que assumem, pela vez primeira, a liderança, na véspera da folga dos da terra de Inês Negra, o que pode significar grande momento de viragem da prova. E para complicar a tarefa melgacense, atenção ao Vila Franca que já “morde” os calcanhares depois da vitória caseira, com golo único, frente a Perre e ainda do Âncora Praia que conseguiu precisamente o mesmo resultado dos seus conterrâneos, com a diferença de o ter conseguido no seu ambiente e diante da Darquense.
Bertiandos, com o triunfo diante do Melgacense, e Moreira do Lima, que levou a melhor na recepção ao Lanhelas, com um golo solitário, entraram para a parte superior da tabela, tendo a equipa de Caminha sido “apanhada” pelo Raianos, regressado ao quinto posto, após triunfo esclarecido sobre o Fachense, por quatro a um, cuja derrota lançou os limianos para penúltimo lugar, em permuta com o Moreira que chegou ao primeiro triunfo da época na recepção ao Longos Vales, bastando um só golo, algo madrugador, para vencer este dérbi monçanense e manter os sanjoaninos na lanterna vermelha da prova.
Entrando em Portugal Prio, apraz-nos registar a lufada de ar fresco conseguida pelo Limianos, graças a esse golo em Pedras Salgadas, que lhe valeu três pontos e posicionamento a um único passo deste adversário, que era imprescindível não deixar fugir, e ainda ao Mirandela que foi batido por três a um em S.Torcato, contribuindo também para “animação” dos Limianos. Pior situação para a Barca que não consegue deixar a lanterna vermelha, tendo saído de Oliveira (Santa Maria) vergado a nova derrota, por dois a um, que coloca os famalicenses praticamente apurados para a fase imediata, provavelmente em parceria com o líder Merelinense que manteve a invencibilidade ao conseguir empate a um golo no terreno do Vilaverdense.
Resta um triunfo precioso do Montalegre sobre os nordestinos de Bragança, por dois a um, numa espécie de interesse comum, embora tenha retirado, em definitivo, aspirações brigantinas na ascensão.
Entramos no futebol profissional pela Ledman onde o líder Portimonense, pese o nulo em Matosinhos, se mantém em passeio triunfal, seguido pelas Aves que derrotaram, caseiramente, a União madeirense, por três a um, já que ambos ampliaram vantagem sobre a Cova da Piedade, vergada no “mar” da Póvoa, por dois a um, que lhe custou ainda a parceria com Santa Clara, após triunfo importantíssimo perante o perseguidor Penafiel, em dois a um, que arrastou os penafidelenses ainda mais para baixo, permitindo ultrapassagem da Académica, cujo triunfo caseiro, igualmente em dois a um, diante do Benfica B, já o coloca na casa dos trinta e colada ao par Santa Clara/Cova da Piedade, prevendo-se mais uma prova extra dentre este trio.
Referência ainda ao dérbi minhoto, com os arsenalistas em vantagem por dois tentos sobre os vitorianos, bem como ao clássico entre “B”, com o Dragão a triunfar no reino do Leão, num resultado que os irmanou na tabela.
É claro que a Liga NOS, com o triunfo do Benfica sobre o Sporting, continua sob domínio e tom encarnado e a semana culminou na mais penumbrosa para as bandas de Alvalade, com a saída da Europa e a queda para último lugar do pódio, após ultrapassagem pelo Porto, que voltou a pontapear a crise com quatro golos na cidade da Feira, passando o Dragão para “prata” e empurrando o clube das fogaceiras para lugar de queda, encimando a nova lanterna vermelha, Tondela, em virtude da mudança drástica de “bestial” na vantagem de dois a zero na Madeira, perante o Nacional, a “besta”, nesse encaixe de três golos com que sairia derrotado e permitiria uma lufada a Manuel Machado.
Mantendo-nos ainda pela cauda, por lá vai continuando a morar o Moreirense depois da saída de Chaves vergado a derrota tangencial, já impensada pelo período de ocorrência, mas reconhecidamente antes do apito final do árbitro, tal como por aquelas bandas anda o Boavista, desfeiteado no seu xadrez pelos Conquistadores de Guimarães e ainda Paços de Ferreira, depois de nova derrota no Minho, perante o Arsenal.
A Europa continua propícia ao Braga, após afastamento da mesma na presente época, recuperando o quarto posto, perdido condicionalmente para o rival Vitória, com razoável prestação e triunfo conclusivo diante dos castores, em três a zero, por lá mantendo o Guimarães a posição de destaque, tal como Chaves, embora possa ser ultrapassado pelo Rio Ave que encerrará a jornada na deslocação a Arouca, com estes em pensamento de junção ao adversário. Por estas mesmas bandas, que é como quem diz, meados da tabela, se vão mantendo o quarteto com os pares Belenenses e Setúbal, por terem vencido os dois primeiros encontros da jornada, na recepção a Marítimo e Estoril.
Em Intróito aos “Tamanhos da Bola”, a primeira referência vai para a despedida, no que ao ano civil concerne, da maratona de Futebol de Sete, já que os quarenta e três encontros de Sábado, correspondentes à sétima ronda dos três escalões foram os derradeiros, voltando a competição apenas em 7 de Janeiro. Idem para a formação distrital em Juvenis e Juniores, já que os Iniciados e a formação nacional ainda voltarão no próximo fim-de- semana.
Em Futsal e no acerto do calendário de Seniores Femininos, a dupla vitória de Castanheira, em territórios de Soutelense e Darque, trouxeram as campeãs à liderança, reforçada pelo excelente empate da Zona Fut no pavilhão do Limianos, contrariamente às “canarinhas” de Moreira que continuam na posse da lanterna vermelha, após nova derrota em Ponte da Barca. Em Masculinos foi o Lavradores a manter a liderança com duplo benefício, já que ao seu triunfo, embora magro, nos Amigos das 50TAS, somou a surpresa da ronda no empate em quatro golos do Cerveira na visita a Anha, conjunto que também comada nos Juniores Masculinos, onde, contrariamente aos seniores, esmagou os da vila das artes com dúzia e meia de golos. Na Liga Sport Zone, tudo nas calmas com naturais triunfos de Sporting, com mais três golos que o visitante Modicus, tal como o Benfica se desvencilhou com demasiada facilidade dos Lombos e bem assim o Braga em Vinhais.
Despedida também para o nacional maior de Hóquei em Patins, com o Benfica a passar de ano na liderança, já que somou facilmente a décima vitória, em casa da lanterna vermelha, Sanjoanense, em igual número de encontros e o Porto na vice-liderança ao permutar com a Oliveirense a quem infligiu a primeira derrota. A ronda teve ainda triunfo normal do Sporting em Turquel, bem contrário à derrota de Valença H C, no seu pavilhão, perante O Barcelos, apostado no regresso aos lugares de topo, ficando os valencianos em lugar indesejável e numa situação ainda mais complicada pelo triunfo de Riba D’Ave nos Açores.