O Sindicato dos Professores da Zona Norte realiza, até 27 de novembro, 50 plenários nas escolas da região com a ambição de recolher assinaturas para evitar a aprovação do Orçamento do Estado tal como está.
Os oito dias de “ação, luta e protesto” do sindicato arrancam na terça-feira em Penafiel e terminam dia 27, em Mirandela e Bragança, depois de passarem por Ponte de Lima, Viana do Castelo, Fafe, Monção, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Famalicão, Braga, Póvoa de Varzim, Chaves e Vila Real.
“Vamos fazer 50 plenários sindicais para esclarecimentos e para a assinatura de uma Resolução”, declarou Lucinda Dâmaso, vice-presidente do Sindicato de Professores da Zona Norte (SPZN), em conferência de imprensa, hoje realizada no Porto.
Segundo o presidente do SPZN, João Dias da Silva, “esta é uma fase decisiva” para evitar que o Orçamento do Estado seja “aprovado da forma em que está” e é hora de lutar para evitar os cortes que coloquem em causa a “qualidade da Educação dos portugueses”.
“Este Orçamento do Estado não responde a princípios de equidade social e prevê uma austeridade excessiva que se vai traduzir em recessão. E nós queremos fazer sentir a opinião dos professores da zona Norte através desta campanha”, declarou.
João Dias da Silva asseverou que este não era o caminho.
“Queremos que se saiba e que se sinta que nós dizemos que este não é o caminho e que não é o caminho também a receita da redução das responsabilidades sociais do Estado em termos de serviços públicos, particularmente como está anunciado ao nível da reforma do serviço público, que tem um único objetivo: redução de custos dos serviços públicos em quatro mil milhões de euros”.
Segundo o SPZN, esta redução no serviço público vai ter impacto negativo na “qualidade do serviço público da Educação”, designadamente na revisão curricular imposta, que é “inconsistente” e “insuficiente” para garantir mecanismos de sucesso.
Depois dos 50 plenários sindicais e da recolha de assinaturas, o Sindicato dos Professores da Zona Norte vai entregar, no dia 27, o abaixo-assinado “Precisamos de Outras Políticas” no Ministério da Educação e Ciência.
A iniciativa de protesto dos professores exige “recursos para combater o abandono escolar”, “meios para promover o sucesso escolar”, “respostas educativas de qualidade” e “medidas para promover melhores qualificações dos portugueses”.
O SPZN não concorda com as medidas de redução no apoio aos alunos, com a maior dimensão das turmas, menor diversidade de disciplinas, menor financiamento na formação de adultos e menor financiamento para o ensino superior.
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