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Norte

Presidente da CCDR-Norte admite falta de eficácia de último programa operacional

27 Março, 2013 - 08:18

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O presidente em exercício da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Neves, admitiu que “a região falhou” durante a execução do Programa Operacional ON.2, que “não terá tido a eficácia que devia”.

O presidente em exercício da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Neves, admitiu que “a região falhou” durante a execução do Programa Operacional ON.2, que “não terá tido a eficácia que devia”.

“A região falhou, o ON.2 (Programa Operacional Regional do Norte] é apenas um instrumento que a região teve disponível ao longo destes sete anos e estamos a chegar ao fim do ciclo de programação (…), mas o certo é que quem falhou foi a região, todos falhamos”, afirmou à agência Lusa o atual dirigente da CCDR-N, à margem de uma conferência sobre o futuro da região norte.

Para Carlos Neves, “o ON.2, que é um programa operacional gerido na região e desenhado pela região, foi um instrumento que não terá tido a eficácia que devia, porque senão os resultados provavelmente teriam sido melhores”.

“O investimento foi muito relevante para as estatísticas, mas menos relevante para o impacto e para a riqueza gerada por esse investimento”, assinalou o presidente em exercício da CCDR-N, acrescentando: “Gastou-se bem dinheiro, gastou-se mal dinheiro, gastou-se dinheiro que podia ter sido melhor gasto e, sobretudo, não se gastou dinheiro onde ele devia ser gasto”.

Já a pensar no próximo programa operacional, com o horizonte 2014-2020, Carlos Neves considerou que uma “caça às bruxas” em busca dos possíveis culpados “em nada beneficia a região”, pelo que o importante agora é “construir uma estratégia regional e o respetivo plano de ação de inovação regional”, que deverá estar desenhado “até ao verão”.

Carlos Neves reiterou que a região tem capacidade para “continuar a gerir com competência” os fundos estruturais “tal como fez no passado”, mas “com uma outra inteligência” e uma “outra estratégia”, que seja mais orientada para o futuro.

“É este o momento de ser competentes em desenhar esse mesmo Programa Operacional Regional, com a inteligência necessária e suficiente para que em 2020 olhemos para os resultados e estejamos satisfeitos. Porque hoje não temos que estar muito satisfeitos, por razões diversas”, referiu.

O dirigente considerou mesmo “fundamental” conseguir fundos comunitários para o próximo Programa Operacional, lembrando que “os fundos comunitários representam, pelo menos no atual contexto, cerca de 50% do investimento público”.

Para 2020, Carlos Neves defendeu uma “região mais rica, mais produtiva e mais desenvolvida”, para o que são necessárias “opções diversas” das feitas no passado “e que foram altamente consumidoras de recursos financeiros”.

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