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Presidenciais

Presidenciais/Oficial: Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República

24 Janeiro, 2016 - 20:58

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Marisa Matias, com um resultado surpreendente, alcançou 10,1% dos votos.

[atualizada 23h20]

Marcelo Rebelo de Sousa é o novo presidente da República Portuguesa. O professor e ex-comentador televisivo venceu as presidenciais deste domingo com 52,1% dos votos. No segundo posto ficou Sampaio da Nóvoa, que alcançou 22,8% dos votos a nível nacional. Marisa Matias, com um resultado surpreendente, obteve 10,1%. Já Maria de Belém não ultrapassou os 4,2% dos votos.
No distrito de Viana do Castelo, Marcelo arrasou. Venceu em todos os concelhos. No panorama distrital, o novo presidente da República alcançou os 57% dos votos. Sampaio da Nóvoa obteve 22%. Marisa Matias, considerada também uma das vencedoras da noite, conseguiu no Alto Minho 7,6% dos votos. O quarto lugar no distrito foi conquistado por Vitorino Silva (Tino de Rans) com 3,8% e só depois aparece Maria de Belém com 3,3%.
Nos seis concelhos do vale do Minho, a vitória mais expressiva de Marcelo ocorreu em Monção. O professor arrebatou 61,5% dos votos contra 22,3% de Sampaio da Nóvoa. Em Melgaço, o novo presidente conseguiu também um triunfo esmagador (57,7%) mas a abstenção neste concelho voltou a bater recordes: 71%.

“Corrigir injustiças que a crise agravou”

No discurso de vitória, Marcelo deixou várias medidas que pretende aplicar como Chefe de Estado. “Fomentar a unidade nacional. Um país como o nosso, a sair de uma crise económica e social profunda, não se pode dar ao luxo de desperdiçar energias e de alimentar crispações desnecessárias e contraproducentes”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa que faz intenções ainda de “reforçar a coesão social pessoal e territorial. Por imperativo da Constituição de por e por convicção pessoal serei politicamente imparcial, mas não deixarei de ser em termos sociais empenhado e atuante olhando preferencialmente para os mais pobres”. O novo Chefe de Estado promete ainda “incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos, sociais e culturais”. A concluir, Marcelo defendeu que “temos de crescer de forma sustentada, de gerar emprego, de corrigir injustiças sociais que a crise agravou. Mas temos de fazer tudo isto sem comprometer a solidez financeira pela qual tantos portugueses se sacrificaram ao longo do tempo”, sublinhou.
Nascido em 1948, Marcelo Rebelo de Sousa é professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Além da carreira como professor, foi também jornalista. Dirigiu os jornais «Expresso» (1980-1983) e «Semanário» (1983-1987). Mais tarde ganharia notoriedade no comentário político, primeiro na TSF, com «Exame» (1993-1996), depois na televisão, colaborando no Jornal Nacional(atualmente Jornal das 8), da TVI (2000-2004 e, novamente, 2010-2015) e com «As Escolhas de Marcelo», na RTP1 (2005-2010).
Na política, Marcelo aderiu ao PSD logo após a sua fundação, em maio de 1974. Foi o primeiro presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa (1975-1977) deste partido. Em 1990 encabeçou a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido derrotado por Jorge Sampaio, que se candidatou com o apoio do PS, do PCP e de “Os Verdes”. Foi presidente do PSD entre 1996 e 1999.
Em 1994, foi distinguido como Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Em 2005 recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. O seu nome foi atribuído à Biblioteca Municipal de Celorico de Basto.

[Fotografia: Direitos Reservados]

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