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Portagens: Transportadores espanhóis querem fim da cobrança em Portugal

17 Julho, 2012 - 08:12

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A Federação Espanhola de Transportadores (Fenadismer) recusou os novos sistemas de portagem que facilita a cobrança aos estrangeiros nas autoestradas portuguesas e defendeu a sua supressão, insistindo na necessidade de favorecer a cooperação transfronteiriça, noticia a Efe.

A Federação Espanhola de Transportadores (Fenadismer) recusou os novos sistemas de portagem que facilita a cobrança aos estrangeiros nas autoestradas portuguesas e defendeu a sua supressão, insistindo na necessidade de favorecer a cooperação transfronteiriça, noticia a Efe.

Portugal inaugurou ontem, em vários pontos fronteiriços com Espanha, dois novos sistemas de pagamento de portagem na autoestrada para estrangeiros, cujas dificuldades geraram críticas de utilizadores e empresários dos setores do transporte e turismo, dando resposta aos acordos celebrados por Portugal e Espanha na cimeira realizada no Porto, em maio último.

O secretário-geral da Fenadismer, Juan Antonio Millán, declarou à Efe que a associação sempre defendeu a “supressão” das portagens ou, pelo menos, a criação de espaços sem estas cobranças, num raio de cem quilómetros nas zonas transfronteiriças, para favorecer a cooperação entre as partes.

Afirmou ainda que é necessária uma unidade de ação entre Portugal e Espanha para que, como Estados periféricos, solicitem à União Europeia “uma compensação nas portagens para a Europa para facilitar as [suas] exportações”.

Millán insistiu que o que se pretende não são estes sistemas de pagamento “mais ágeis” e classificou a cimeira do Porto como “uma burla” para as pretensões feitas por transportadores, cidadãos e empresários.

“O que fizeram foi materializar a interoperatividade, que implica cobrar a toda a gente, isto é, que ninguém escape e encaixar mais”, justificou.

O dirigente da Fenadismer disse ainda que já foi apresentado ao governo de Madrid “o protesto mais enérgico” pelo que está a acontecer.

Uma reportagem da Agência Lusa, realizada ontem em Castro Marim, identificou que os sentimentos dominantes entre os estrangeiros que procuraram entrar em Portugal pela Ponte Internacional do Guadiana eram confusão, dúvidas e incompreensão, ao serem confrontados com o novo sistema de cobrança de portagens na Via do Infante (A22).

Depois de a Estradas de Portugal ter instalado um novo sistema para cobrança de portagens a estrangeiros, que associa a matrícula a um cartão de crédito (de nome ‘Easy Toll’, em inglês), os turistas que visitam Portugal são encaminhados por sinalética para o parque onde está o posto de controlo aduaneiro luso-espanhol, onde foram instaladas as máquinas que fazem a leitura do cartão e da matrícula.

À chegada ao local, muitos não sabem o que fazer e só com a ajuda de cerca de cinco funcionários conseguem optar por uma das várias modalidades de pagamento, que continuam a merecer críticas dos visitantes, sobretudo espanhóis, como a Agência Lusa constatou no local.

A Via do Infante (A22) é uma das antigas autoestradas sem custos para os utilizadores (SCUT) que o Governo decidiu portajar desde 08 de dezembro. Os responsáveis pelo setor turístico do Algarve e a comissão de utentes daquela via sempre contestaram a medida, que dizem ter provocado uma quebra na entrada de espanhóis e prejudicado a principal atividade económica da região.

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