Mais uma voz se ergue contra a intenção do Governo em colocar mais portagens no Alto Minho.
O presidente da Federação Distrital de Viana do Castelo do PS garante estar contra esta intenção, dizendo que esta medida será um “ataque à região”, tornando o “Alto Minho isolado e condenado a uma pobreza ainda mais vincada”.
José Manuel Carpinteira refere que este será “mais um custo” para as pessoas e para as empresas que utilizem a A27 e a A28.
Ciente de que esta decisão vai prejudicar a região alto-minhota, o responsável político apela ao Governo para que repense a estratégia e recue nesta intenção.
“Completamente contra”, sobretudo, numa altura de crise económica, é a posição da Federação Distrital de Viana do Castelo do PS.
Num comunicado enviado à comunicação social, a estrutura política “condena veemente a política deste Governo”, dizendo que o mesmo se mostra “desorientado”.
No documento lê-se ainda que, se os intentos do Executivo forem por diante, “o Alto Minho ficará sitiado, isolado e condenado a uma pobreza mais vincada”.
A direcção da federação acusa, ainda, o Governo de Passos Coelho de “insensibilidade, que roça o desprezo grosseiro por uma população e por uma economia que luta pela sobrevivência”.
De resto, os representantes da Federação Distrital Socialista vão, também, marcar presença na reunião desta tarde, na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima, em Ponte de Lima.
Em causa está um documento que o Governo terá enviado à ‘troika’, sobre o corte anunciado nas parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias, prevendo a introdução de mais 15 pórticos nas antigas vias SCUT (Sem Custo para os Utilizadores), citado por vários órgãos de comunicação social.
Destes novos pórticos de cobrança electrónica de portagens, segundo o mesmo documento, cinco serão instalados no distrito de Viana do Castelo. São os casos da A28 (Viana-Caminha), com dois pórticos, e da A27 (Viana-Ponte de Lima), com três.
Além destes, prevê-se a instalação de mais dois na A28, entre Viana e Porto, antiga SCUT que já é portajada desde Outubro de 2010.
Além de Viana do Castelo, Maia, Aveiro e Porto serão as regiões mais afectadas pela introdução de novas portagens, que poderão gerar até 70 milhões de euros de receitas.