Portagens na A28 provocam quebra no comércio e serviços de 49 por cento

A introdução de portagens na A28 provocou quebras acentuadas no comércio e serviços de Viana do Castelo. Os primeiros resultados do barómetro de Confiança Económica de Viana do Castelo são já conhecidos e apontam para uma quebra média global de 49 por cento, tendo o sector da hotelaria e restauração registado uma quebra de 54 por cento, tendo sido "o sector mais penalizado". No geral, 80 por cento dos inquiridos consideram que as portagens tiveram um impacto negativo na sua área de actividade. Os números, revelados pela Associação Empresarial vianense, demonstram, ainda, que mais de 80 por cento dos empresários diz que Viana do Castelo perdeu visistantes e turistas portugueses e espanhóis, durante o ano de 2010, devido à colocação de portagens na antiga SCUT do Norte Litoral. Valores que Luís Ceia aponta como factores "penalizadores" para o desenvolvimento económico na região.
O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo refere que estes resultados serão dados a conhecer à Secretaria de Estado da tutela, demonstrando que há números que comprovam o impacto negativo das portagens no comércio e serviços da região. Luís Ceia diz, ainda, que estes valores servirão para delinear estratégias que possam "mitigar" ou "minimizar" a quebra do sector económico, devido às portagens.
Os dados do Barómetro de Confiança Económica de Viana do Castelo vieram, assim, confirmar o "pior cenário", demonstrando que a introdução de portagens teve impacto negativo no desenvolvimento económico e turístico de Viana do Castelo. Recorde-se que este barómetro abrange empresas de vários sectores de actividade, na área do comércio e serviços em Viana do Castelo. Este instrumento tem, por base, um questionário realizado com critérios científicos e uma margem de erro, abaixo dos 2 pontos percentuais.