A população de Lanheses, Viana do Castelo, vai contestar na quinta-feira, no centro da localidade, o encerramento da estação de correios, cujos serviços passarão a ser assegurados por um privado, disse à Lusa o autarca local.
“Estamos contra esta decisão dos CTT porque esta estação atende em média, todos os dias, entre 150 a 200 pessoas e serve 12 freguesias de Viana do Castelo e Ponte de Lima. Mas falámos sobretudo de pessoas idosas, que não sabem utilizar as novas tecnologias nem conseguem aceder a outras estações”, apontou Ezequiel Vale.
Segundo o presidente da Junta de Lanheses, o protesto está agendado para as 18:30, precisamente em frente à estação dos correios da vila, cujos serviços, garante, “já estão em mudança” para um comerciante de eletrodomésticos ali instalado e que “deverá assumir essas funções”.
Em Lanheses, este será o segundo protesto do género, pelos mesmos motivos, realizado em dois anos e deverá igualmente contar com utentes das localidades vizinhas.
A 15 de julho de 2011, centenas de pessoas de várias freguesias protestaram à porta da estação de correios da localidade e a mudança, que na altura também previa a entrega do serviço a privados, nunca chegou a ser consumada.
Os CTT pretendem reduzir três estações do concelho a postos de correio, sem serviços financeiros, admitindo a sua gestão pelas juntas de freguesia, disse hoje o presidente da Câmara de Viana do Castelo após reunir-se em Lisboa com a administração da empresa.
“O que a administração me informou é que não vão encerrar estações mas pretendem transformar as de Darque, Lanheses e Vila Nova de Anha em postos de correio que fazem todos os serviços à exceção dos financeiros, como seguros ou certificados de aforro”, disse à agência Lusa José Maria Costa.
No final desta reunião, o autarca socialista garantiu que “face à grande insistência” junto da administração, os CTT admitem a possibilidade de a gestão dos postos que resultarão da reclassificação das três estações de correios vir a ser assegurada pelas respetivas juntas de freguesia.
“Vou reunir-me na quinta-feira com os três presidentes das juntas de freguesia afetadas para definir a orientação a tomar e a resposta que vamos comunicar aos CTT no início da próxima semana”, acrescentou José Maria Costa.
Nestes três casos está igualmente em cima da mesa a possibilidade de a gestão passar para privados.
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