População continua protestos com concentração no centro de saúde e com 4ª Marcha lenta

Depois da vigília de ontem junto ao Centro de Saúde de Valença, marcada pelo aparecimento da GNR, para forçar a saida do local, a Comissão de utentes de utentes volta hoje às manifestações de rua, para mostrar ao Governo que os valencianos não desistem da luta.
Em declarações, Carlos Natal, líder do organismo, garantiu que hoje haverá nova concentração dos valencianos e uma quarta marcha lenta, pondo em hipótese acções ainda desconhecidas.
Carlos Natal, porta-voz da Comissão de utentes que participou numa marcha lenta, que percorreu, ontem ao final da tarde, as ruas de Valença e a via rápida, que liga Valença a Tui. O trânsito fez-se nos dois sentidos, sob o olhar atento das forças de segurança portuguesas e espanholas. Além da caravana automóvel, muitos valencianos concentraram-se, a pé, no centro da cidade, ostentanto as bandeiras espanholas, como forma de agradecimento ao Alcayde de Tui, pelo acolhimento nos serviços de saúde, naquela localidade galega. Ainda, assim a marcha sofreu alguma descoordenação, como confirmou, no final, Carlos Natal, o porta-voz.
O responsável garante que os valencianos não vão enveredar por opções que violem a lei ou ponham em causa a segurança de terceiros, mas adverte que "o povo de Valença não vai desistir". Entretanto, nos protestos fazem-se ouvir já vozes de crítica face ao silencio da autarquia local. Carlos Natal disse que os responsáveis pelo executivo estão a ser comunicados das acções da Comissão de Utentes, mas que continuam sem se manifestar.
De resto, A ministra da Saúde refutou ontem as acusações de que a morte de um homem de 82 anos, em Valença, possa estar relacionada com o encerramento do serviço de urgência local.