A circulação na ponte metálica de Valença vai ser totalmente cortada nas noites de terça e quarta-feira, no âmbito da empreitada, em curso, de reforço e reabilitação das fundações, anunciou hoje fonte da Refer.
As interrupções vão acontecer entre as 22:00 e as 03:00 (horas de Lisboa), período durante o qual será assegurado o controlo e encaminhamento do tráfego, com apoio de policiamento, nos pontos de desvio de cada uma das margens – Portugal e Espanha -, para a ligação alternativa, a nova Ponte Internacional do rio Minho.
Segundo fonte da empresa pública que gere a rede ferroviária nacional, esta interrupção é justificada com a “montagem das armaduras das vigas na zona dos encontros”.
As obras de reforço e reabilitação da centenária ponte internacional entre Valença e Tui (Galiza) deverão condicionar até setembro a circulação automóvel naquela estrutura, que desde março está a ser feita “de forma alternada, gerida com a utilização de semáforos”, explicou a mesma fonte.
Esta obra, adjudicada em dezembro por 3,5 milhões de euros, prevê o reforço e reabilitação das fundações da ponte e deverá decorrer durante um ano.
Os trabalhos contemplam a reabilitação de quatro pilares da ponte, que será ainda dotada de dispositivos de controlo dos movimentos longitudinais, da substituição de todos os aparelhos de apoio e do reforço e reabilitação das alvenarias da estrutura.
A ponte internacional de Valença, com 125 anos, assegura as ligações rodoviárias e ferroviárias entre Valença e Tui (Galiza) e é constituída por uma superestrutura em viga metálica de treliça, de rótula múltipla, com cinco tramos contínuos.
A ponte é propriedade conjunta da Refer e da empresa Estradas de Portugal, bem como dos organismos públicos espanhóis Administrador de Infraestructuras Ferroviarias (ADIF) e Dirección General de Carreteras.
O presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, já tinha explicado à agência Lusa tratar-se de uma empreitada sem qualquer cenário de urgência.
“Pelo que fui informado pela Refer, a ponte está segura, não corre qualquer risco. São daquelas obras que se fazem de 50 em 50 anos”, explicou, sublinhando a grande utilização ferroviária da travessia, sobretudo na ligação entre Vigo (Galiza) e Leixões.
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