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Viana do Castelo

Pintura com quase 300 anos em restauro por 11.000 euros pela Misericórdia

6 Maio, 2013 - 14:35

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A Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo vai restaurar uma pintura barroca sobre a “Última Ceia” com quase 300 anos e que integra a coleção da igreja principal daquela instituição, foi hoje anunciado.

A Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo vai restaurar uma pintura barroca sobre a “Última Ceia” com quase 300 anos e que integra a coleção da igreja principal daquela instituição, foi hoje anunciado.

Pintada “por volta de 1720” pelo artista António Oliveira Bernardes, a obra está colocada sobre tela da boca da tribuna do retábulo-mor da Igreja da Misericórdia, considerada um dos principais exemplares do Barroco nacional, ela própria alvo de um restauro que levou dois anos a concluir.

“A Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo não esmorece na sua determinação de continuar a conservar o magnífico património artístico e histórico de que é detentora e que quer devolver ao usufruto dos vianenses”, sublinha o provedor da instituição.

Segundo Vitorino Reis, o restauro desta pintura, com cerca de 20 metros quadrados, vai custar 11.000 euros e será financiada através de uma parceria com uma instituição bancária.

“É uma obra de grande qualidade. Uma vez que a pintura se desenvolve verticalmente, o pintor compôs a cena numa mesa redonda, estando repleta de desafios visuais e jogos de luz, o que atesta a enorme qualidade desta pintura barroca”, disse ainda.

Os trabalhos já foram adjudicados e a instituição prevê a conclusão do restauro “dentro de três meses”, sendo então a pintura “recolocada no retábulo-mor, o seu lugar original, onde poderá ser admirada”.

A Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo voltou a receber, em março, cerimónias religiosas, dois anos depois de encerrada por problemas estruturais.

Desde dezembro de 2010 que aquela igreja, cuja construção foi concluída em 1721, estava encerrada devido ao perigo de derrocada da cúpula principal, que se encontrava fraturada.

A empreitada de reabilitação foi iniciada em junho de 2011 e incidiu, além do reforço da estrutura, ao nível dos históricos azulejos existentes no interior, na consolidação estrutural da capela-mor e do arco cruzeiro e na recuperação da pintura do teto.

Os azulejos, que ilustram as 14 obras de Misericórdia, são uma das relíquias da igreja e foram pintados pelo mestre da azulejaria setecentista Policarpo de Oliveira Bernardes, precisamente filho do autor da pintura da “Última Ceia” que agora também será restaurada pela instituição.

Com estas obras, o templo ganhou ainda uma sala dedicada à Arte Sacra, integrando “parte significativa do acervo artístico da Misericórdia, com magnificas imagens e pinturas”.

Aquela igreja está classificada como Património Nacional e é considerado pelos especialistas um “feérico pequeno museu de ornamentação barroca”.

As obras realizadas no local permitiram o reforço estrutural da cúpula, a recuperação e o tratamento da pedra da fachada, além da reabilitação do claustro e da Capela da Senhora do Bom Despacho e custaram 877 mil euros, comparticipados a 70% por fundos comunitários.

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