Pescadores e Administração do Porto de Mar vão reunir

Pescadores e Administração do Porto de Mar de Viana do Castelo vão reunir-se na próxima quinta-feira para discutir e conhecer as preocupações dos homens do mar, relativamente à alteração do projecto apresentado em Setembro de 2010 e que prevê a construção do novo porto de pesca. Os pescadores e armadores não estão de acordo com as mudanças previstas, afirmando que o projecto prevê a redução da área de atracagem, permitindo uma menor capacidade para receber barcos da cidade e, muito menos, embarcações oriundas de outras regiões. Algumas destas preocupações foram apresentadas, esta segunda-feira, em reunião de Câmara, pelo vereador do CDS-PP, Aristides Sousa, depois de ter consultado os homens do mar. Aristides Sousa fala, também, na falta de "operacionalidade" e de "segurança" que o projecto prevê.
Além destes problemas, o vereador da Câmara de Viana do Castelo aponta, ainda, para a falta de "condições" dos armazéns, onde não está prevista a construção de sanitários, nem o abastecimento de água, situação qe Aristides Sousa classifica de "pouco razoável" e "não aceitável", em pleno século XXI. Contactado, o responsável político diz, também, que os pescadores e armadores deveriam ter sido consultados e informados no decurso da execução do projecto, porque a "experiência" dos homens do mar é, como diz, necessária.
Em reacção, o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa (também presidente da Assembleia-geral do Porto de Mar de Viana do Castelo) mostrou-se "interessado e preocupado" com a constestação dos homens do mar. Aristides Sousa garante, por isso, que serão realizados encontros com os pescadores, a Administração do Porto de Mar e a Vianapestas, a entidade que representa os pescadores, de forma analisar as consequências e o cenário imposto pelo projecto em questão.
O vereador do CDS-PP espera que sejam encontradas as soluções para que a operacionalidade do novo porto de pesca esteja assegurado, de forma a facilitar e a incentivar a actividade de pesca, crucial para o desenvolvimento económico não só de Viana do Castelo, mas também da região alto-minhota. De acordo com dados apresentados pelo responsável político, de 2009 para 2010 houve uma quebra de 10 por cento da quantidade de pescado que deu entrada em lota.