De há um ano a esta parte, o executivo de Vila Nova de Cerveira tem sido ‘atacado’ através das redes sociais, com palavras como “corrupção”, “fraude”, “compadrio”, apontando casos e situações internas da autarquia. Uma situação semelhante à que se vive há já algum tempo no concelho vizinho de Caminha, com o conhecido caso “Maria Antonieta”.
São vários os perfis falsos criados nas redes socias a levantar “suspeitas” sobre o modo de atuação do executivo liderado há seis mandatos pelo socialista José Manuel Carpinteira, nomeadamente visando contratos, e ajustes diretos.
Este é um caso que já vem sendo comentado há alguns meses no concelho, mas que agora ganha novos contornos quando, na última assembleia municipal, o deputado socialista Cândido Malheiro, chamou a atenção para aquilo que classifica de uma “situação que denigre a imagem do concelho”, solicitando ao presidente da assembleia e da câmara uma participação ao Ministério Público contra desconhecidos.
Cândido Malheiro diz que “não se pode meter a cabeça na areia”, e não tem dúvidas que este caso tem uma conotação política, pelo fato de dentro de um ano decorrerem as eleições autárquicas 2013.
Mais grave, segundo este deputado municipal, é o fato de os alegados autores destas acusações terem “profundo conhecimento” do que se passa no executivo.
Cândido Malheiro fala num “autêntico lavadouro que não pode nem deve ser resolvido nas redes sociais”. O deputado apela por isso às pessoas que tenham conhecimento de situações ilícitas para que as denunciem nas instâncias próprias, e não criem um mau ambiente num município “sadio”.
Cândido Malheiro interveio publicamente para que seja feita uma participação ao Ministério Público. Mas avisa que não vai deixar cair no esquecimento este assunto, e se a situação se mantiver igual, na próxima assembleia apresentará uma proposta “mais concreta e susceptível de votação”.
O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira confessa ter algum conhecimento daquilo que classifica de “onda de cobardia”. No entanto, José Manuel Carpinteira diz-se de “consciência tranquila”, referindo que o seu executivo é “transparente” e divulga todas as suas actividades.
Quanto a uma possível queixa-crime, o autarca socialista garante que quando se sentir visado, sabe que tem instrumentos judiciais para atuar. De resto, apela a quem se sentir lesado, que participe estas situações.
Perfis falsos nas redes socias a lançar “calúnias” sobre executivo cerveirense está agitar o concelho. A Assembleia Municipal pede a visados que denunciem ao Ministério Público.
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