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Viana do Castelo

Passivo dos Estaleiros de Viana agravou-se para 281,4 ME em 2012

31 Maio, 2013 - 12:59

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O passivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ultrapassou os 281 milhões de euros (ME) em 2012, com a empresa encerrar as contas registando prejuízos operacionais superiores a 8,7 ME.

O passivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) ultrapassou os 281 milhões de euros (ME) em 2012, com a empresa encerrar as contas registando prejuízos operacionais superiores a 8,7 ME.

Os números constam do último relatório e contas dos estaleiros, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, e indicam que a 31 de dezembro de 2012 o passivo total da empresa tinha crescido 11%, face a igual período do ano anterior, para mais de 281,4 ME.

Além disso, os ENVC apresentaram em 2012 um saldo operacional negativo, no exercício, de 8,795 ME. Este resultado, já aprovado pelo acionista único Estado – que tutela aquela empresa pública através da holding das indústrias de Defesa Empordef -, compara com os mais de 22,6 ME de prejuízos de 2011.

Para esta redução contribuiu o aumento dos serviços prestados pela empresa. A faturação no ano passado foi de 30,8 ME, o dobro de 2011 (15,1 ME).

Contudo, este valor só foi atingindo com os 25,7 ME da venda, à Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa, do projeto básico do futuro Navio Polivalente Logístico (NavPol) da Marinha, incluindo especificações técnicas desenvolvidas pela empresa.

Trata-se de uma das contrapartidas entregues pelos alemães da HDW pela venda dos dois submarinos a Portugal e a sua aquisição aos ENVC foi justificada pelo Governo com o processo de reprivatização da empresa, iniciado em 2012, e face à necessidade de manter o projeto na esfera pública.

Sem este encaixe, a faturação dos ENVC estaria resumida a 1,5 ME da construção naval, verba relativa à conclusão dos patrulhas para a Marinha, e a 2,9 ME da reparação de 21 navios.

Com a atividade de construção praticamente parada em 2012, a reparação naval contabilizou também um dos registos mais reduzidos da história recente da empresa, com uma quebra de 11 navios face a 2011, que compara ainda com as 41 reparações realizadas em 2010.

A reparação naval tinha rendido aos ENVC, em 2011, cerca de 8,4 ME, mais dois milhões do que a construção naval (6,4 ME) no mesmo período.

Durante o último ano foi lançado o processo de reprivatização dos ENVC, abandonado pelo Governo já em 2013 face à investigação de Bruxelas aos apoios públicos concedidos à empresa.

Em alternativa será aberto um concurso para a subconcessão dos terrenos e infraestruturas, em paralelo com o encerramento dos ENVC.

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