Os portugueses são o principal grupo de turistas estrangeiros que visitam Santiago de Compostela durante a Semana Santa e cada vez mais viajam desde Lisboa, disse hoje à agência Lusa um responsável pela delegação de turismo.
“Portugal é o país com o maior número de turistas estrangeiros em Santiago de Compostela durante a Semana Santa. Não temos dados exatos do número de pessoas, mas podemos distinguir dois tipos: os que passam aqui uns dias e aqueles que, por proximidade, vêm a passar o dia e depois regressam aos locais de residência”, explicou Jorge Carregal.
Segundo este responsável do Turismo de Santiago, a Semana Santa é um dos principais marcos turísticos anuais na capital da Galiza e “de ano para ano” a afluência de portugueses “é cada vez maior”, assim como a diversificação das suas origens.
“Até há poucos anos vinham a Santiago de Compostela turistas do Porto e do Norte de Portugal. O incremento que temos registado justifica-se porque agora também são provenientes de Lisboa e da zona centro de Portugal”, apontou.
“Possivelmente são pessoas que antes iam para outros lugares da Europa nesta altura e agora viajam para um destino mais próximo e barato, tal como tem vindo a acontecer no mercado interno espanhol”, admitiu ainda.
A capital galega é conhecida pelo importante património e atividade religiosa, que tem na Semana Santa um dos pontos altos do ano e na Catedral da cidade, onde estão os restos do apóstolo Santiago, ponto central de visita.
Por estes dias são diárias as procissões pela cidade como, na quinta-feira, aquela que é dedicada à “Última Ceia do Salvador”, que alguns registos apontam que se realize desde 1548, ou, no mesmo dia, a do “Jesus Flagelado”.
Na sexta-feira, 06 de abril, Santiago de Compostela acolhe mais quatro procissões e no fim de semana outras três, sempre presenciadas, entre outros atos litúrgicos, por milhares de turistas e devotos, com espanhóis e portugueses em destaque.
“A seguir a Portugal, são os turistas da Alemanha, de França, de Itália e do Reino Unido os que mais nos visitam nesta altura”, concluiu Jorge Carregal.
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