Paris: Emigrantes a residir na capital francesa sentem-se mais seguros

A tranquilidade está de regresso aos emigrantes do Alto Minho a residir e a trabalhar em Paris. “Apenas se vê mais alguma segurança nas ruas mas, de resto, todos estão a fazer a vida com normalidade”, contou à Vale do Minho Octávio Chaves, um monçanense com 70 anos de idade a viver na capital francesa há mais de meio século.
Recorde-se que dois homens armados atacaram no passado dia 7 de Janeiro redação do jornal satírico francês ‘Charlie Hebdo’, em Paris. Causaram 12 mortos. Os suspeitos foram depois abatidos pela polícia durante as buscas. Uma semana após o massacre e no mesmo dia em que o ‘Charlie Hebdo’ voltou às bancas, a Al-Qaeda na Península Arábica reivindicou o ataque contra o jornal satírico francês. Entretanto, a própria Al-Qaeda já prometeu novos ataques em França num vídeo colocado na internet e detectado pelo serviço norte-americano de vigilância de sítios islâmicos na internet. “Não me sinto muito preocupado. Nem eu e acho que nem os meus vizinhos e amigos que são também de Monção e de outros concelhos do distrito de Viana do Castelo. Os franceses têm sempre uma agilidade muito grande nesses assuntos. Eles puseram imediatamente todas as forças policiais a vigiar escolas, bancos, estações de comboios, avenidas e outros locais onde circula muita gente”, contou o septuagenário. “Penso que será muito difícil acontecer um novo atentado aqui em França. Para isso suceder, eles terão de esperar que este seja esquecido. Só depois é que poderão planear outro”, referiu Octávio Chaves.
A França continua em alerta máximo. Refira-se que, no total, são 10 mil militares que estão a reforçar a segurança em pontos parisienses mais vulneráveis a ataques terroristas.