Paredes de Coura: Casa do Conhecimento acolhe sessão dirigida aos setores agrícola e florestal

A Casa do Conhecimento de Paredes de Coura acolhe na próxima quarta-feira uma reunião temática dirigida sobretudo a todos os que trabalham nos setores agrícolas e florestais. O evento, organizado pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) em parceria com a Vessadas – Associação de Desenvolvimento Agrícola e Rural das Terras de Coura, conta com o apoio do Município courense. “Esta reunião integra uma série de reuniões que a CAP tem desenvolvido a nível nacional. Com esta sessão, pretendemos convidar instituições que de alguma forma interagem com os setores agrícola e florestal no sentido de abordar assuntos que são do interesse destes dois setores”, explicou à Rádio Vale do Minho a diretora executiva da Vessadas, Helena Ramos.
O programa está dividido em dois painéis. Da parte da manhã, a partir das 10h00, decorrerá uma primeira reunião com a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) do distrito de Viana do Castelo. A sessão conta com a presença, entre outros nomes, do diretor da delegação da ACT de Viana do Castelo, Joaquim Silva. Em cima da mesa vão estar temas como as principais obrigações legais do empregador agrícola; o plano estratégico para o setor agrícola e florestal; a prevenção de riscos profissionais associados aos setores agrícolas e florestais.
Da parte da tarde, a partir das 14h30, haverá um segundo painel onde os participantes vão reunir-se com a Agência Portuguesa do Ambiente. Entre os principais temas em cima da mesa estarão a limpeza dos cursos de água; o licenciamento de pontos de extração de água e a apresentação da plataforma SILiAmb.
Sobre a importância deste tipo de iniciativas, Helena Ramos lembra que “estes setores [agrícola e florestal] estão entre os mais legislados. As obrigações inerentes à atividade são inúmeras e algumas destas obrigações a cumprir enquadram-se nos temas que vão ser desenvolvidos nesta reunião”. A título de exemplo a diretora da Vessadas apontou os riscos profissionais associados aos setores agrícola e florestal. “Os agricultores usam muitos equipamentos, sobretudo máquinas agrícolas, que não raras vezes são responsáveis por lamentáveis acidentes de trabalho como é o caso do trator agrícola”, apontou. “A informação sobre esta matéria nem sempre é de fácil acesso. Desta forma, o agricultor está perante os especialistas no assunto para ouvir e para os questionar sobre dúvidas que possam surgir ou que apareceram no passado”, concluiu Helena Ramos.
De acordo com dados da GNR, mais de 270 pessoas morreram, desde 2013, devido a acidentes com veículos agrícolas. Este ano, a GNR registou, até princípios do passado mês de setembro, 82 acidentes envolvendo veículos agrícolas, que provocaram 52 mortos e 27 feridos graves. Os dados mostram ainda que a maioria dos acidentes acontece em terrenos agrícolas.