Paredes de Coura: Câmara e empresários reclamam ao Governo melhores acessos às zonas industriais

Um grupo de empresários de Paredes de Coura,com o apoio da Câmara Municipal, enviou esta quarta-feira ao Governo uma carta aberta na qual exigem melhores acessos rodoviários às zonas industriais do concelho. Em declarações à rádio Vale do Minho, o presidente da Câmara courense, Vítor Pereira, considerou que “acaba por ser uma reivindicação mais do que justa. Numa altura em que os vários empresários de Paredes de Coura estão a criar mais postos de trabalho e a expandir as respetivas unidades industriais, faria sentido da parte do Governo caminhar no sentido em que caminham os nossos empresários. Temos todos de puxar o país para a frente! Não são só os empresários”.
De acordo com dados da autarquia, os parques industriais de Castanheira e Formariz empregam atualmente cerca de 20% da população de Paredes de Coura. “Estamos a tentar fazer valer os nossos argumentos. A União Europeia não está disposta a financiar estruturas rodoviárias no nosso país para o próximo quadro comunitário. No entanto, o Governo tentou que os pequenos acessos a zonas industriais pudessem ser enquadrados no âmbito de competitividade territorial”, explicou o edil courense à Vale do Minho. “Queremos fazer ver ao Governo que não podemos esperar eternamente e que há razões para que se aposte num novo acesso aos parques industriais porque isso é mais do que merecido”, sublinhou.
A carta enviada ao Governo é assinada por quatro empresas, responsáveis por mais de mil postos de trabalho: grupos Kyaia, Doureca, MGI Coutier Lusitânia e ValverIbérica.
Recorde-se que, no passado mês de Janeiro, o deputado socialista na Assembleia da República Jorge Fão questionou o Ministério da Economia sobre as acessibilidades a Paredes de Coura.
Em documento enviado ao Governo, Jorge Fão escreveu que “Paredes de Coura é o Concelho do distrito de Viana do Castelo com piores acessibilidades rodoviárias o que penaliza fortemente as condições de mobilidade de pessoas e mercadorias, estrangulando dessa forma o desenvolvimento económico do concelho e o bem estar da população”.